Os ultraliberais portugueses ficam incomodados quando os tratamos por esse nome. Dizem que são apenas liberais. Mas não são. Uns sabem disso, outros não.
A julgar pelo que dizem e escrevem, a maioria deles nunca leu John Stuart Mill, nem outras referências maiores do liberalismo clássico. Não lhes passa pela cabeça que a doutrina liberal foi usada para justificar a educação pública, universal e gratuita. Para defender impostos progressivos, ou a reforma do direito sucessório (leia-se, impostos sobre as heranças), ou a reforma da propriedade fundiária (leia-se, reforma agrária), ou a protecção do ambiente.
Também não sabem que Beveridge e Keynes foram apoiantes de sempre da causa liberal, defendendo por isso (e não apesar disso) a protecção social universal, a expansão do investimento e do emprego público, a repressão dos especuladores financeiros ou um Estado interventivo no combate aos ciclos económicos.
O que eles conhecem do liberalismo baseia-se em leituras ocasionais dos divulgadores de Hayek, do que ouviram nos encontros do Instituto Von Mises (uma organização doutrinária internacional, activa em Portugal) e noutros círculos, onde também aprendem as técnicas de assédio nas redes sociais.
Entre os ultraliberais portugueses há também quem conheça na perfeição a diferença entre uma coisa e outra. Mas preferem manter o equívoco, por razões óbvias: o que na verdade defendem não atrairia mais votos do que o PURP e faria corar de vergonha muitos dos que neles votaram.
Tal como os racistas e xenófobos gostariam de ser chamados de populistas, os ultraliberais gostariam que os tratássemos por nomes mais civilizados. Não lhes façamos esse favor. Numa sociedade democrática têm direito a defender o que entendem, no respeito pela Constituição. Nada mais do que isso.
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37 comentários:
Chamar os nomes aos bois
Parabéns
ultra-
(latim ultra, além de, do outro lado de)
prefixo
Elemento que significa além de, extremamente, excessivamente.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa,https://dicionario.priberam.org/ultra
Se os liberais que cita defendem, por exemplo, "a expansão do investimento e do emprego público", o que defenderia um ultra-liberal de acordo a definição de ultra?
Não seja mau,também se aceita ideólogos de um sistema em falência técnica sem soluções credíveis.
Inteiramente de acordo.
Parabéns ao Ricardo Paes Mamede
Apesar de perceber e concordar com a intenção expressa, os próprios termos, quando não os conceitos, também mudam ao longo do tempo. O liberalismo então deve ser dos conceitos com mais interpretações à face da terra. Certas e/ou erradas. Ainda há pouco tempo lembro-me de ter lido um artigo na imprensa que pedia para não confundir o neo-liberalismo económico com o liberalismo. Julgo que clássico. Quando a própria doutrina neo-liberal quando aparece a seguir ao crash apelava a mais regulação por parte dos estados. Só muito mais tarde é que o termo reaparece conotado com a escola de Chicago. O que eu acho sobretudo surpreendente tem mais a ver com o post anterior do Ricardo. Com as consequências do último crash que todos conhecemos ainda tão recente como é que é possível a eleição para a AR deste tipo de selvagens? Pelos vistos o mais recente catedrático deste país está a fazer escola.
É um tempo de contradições.
Quantos da multidão que se diz socialista não faz de conta que ignora o que isso significa quanto à liberdade e a prosperidade dos povos.
Quantos dos que se dizem progressistas se identificam com regimes que asseguram nenhum progresso económico ou social.
Num país de esquerdalhos a direita é sempre extrema e o liberalismo é sempre um excesso, porque se o for menos passa por desvio de esquerda!
Por falar em bancos.
O que por cá se passou foi que os bancos bombaram as políticas expansionistas da esquerdalhada, e os bancários e a boyada politiqueira mamou à vara larga!
Já agora...
Uma excelente frase a "completar" e a corrigir a frase da Margaret Baronesa Thatcher
Discordo, Ricardo Paes Mamede, o termo a aplicar a estes coisos é libertários de Direita (eu sei, isto conspurca uma palavra nobre, mas no mundo anglo-saxónico o nome pegou). Provavelmente, têm 'A Revolta de Atlas' à cabeceira.
Mas não apenas não estudaram a História do Liberalismo Clássico, como também não estudaram a do Liberalismo Português que convenhamos, era muito interventivo, na linha do 'Socialismo para Ricos'. Coisa que aliás, esta gente provavelmente também é...
Assim, proponho mesmo que os tratem por Socialistas Caviar, daqueles que acham que o Mercado só é bom para outros...
Já que eles usam o termo 'Socialista' como um termo genérico a roçar o insulto para designar aqueles que discordam deles, o melhor pagar-lhes da mesma moeda...
Quem será o mais recente catedrático do país que está a fazer a escola para o multinick pimentel guerra?
Já "marxismo" e "comunismo" são e serão, sempre, sinónimos de estalinismo, gulag e Chernobyl.
Jaime Santos está particularmente jaime santos.
Agora quer substituir a designação precisa ( e muito bem aplicada), por uma que lhe sirva os preceitos ideológicos ( os dele) e lhe proteja a ideologia ( a neoliberal)
"paulo guerra" pimentel ferreira vai noutra direcção
Primeiro começa por um "apesar de perceber e concordar com a intenção expressa, os próprios termos, quando não os conceitos"
para depois vir dizer que não
O mesmo "guerra" multinick aonio pimentel ferreira expressa um choradinho em torno no neoliberalismo.Ou do liberalismo.Ou do que diabo seja.
Então o neoliberalismo a seguir ao crash era tão doce, tão fofinho. Ah mas é preciso não confundir o neoliberalismo a seguir ao crash com o neoliberalismo conotado com a escola de Chicago
Um foi a seguir ao crash. O outro foi conotado com a escola de Chicago. Bem depois. Do crash. Da escola de Chicago tinha sido antes
São uns incompreendidos estes ultra
Estas "anedotas" idiotas só podem mesmo ter uma origem.
Essa mesmo, de mister multinick
Excelente post de RPM.
Como é impossível ao tal "guerra" multinick manter um registo de mais do que duas linhas sem dizer barbaridades e como o tema trazido ao debate lhe é manifestamente incómodo, o que resta ao mesmo multinick "guerra"?
Fugir para outro post.
Assim desta forma tão à multinick pimentel ferreira:
"O que eu acho sobretudo surpreendente tem mais a ver com o post anterior do Ricardo" blablabla e mais blablabla
Confirmam-se assim duas coisas:
-Estamos em presença do tal mistermultinick.
-Este post foi um tiro certeiro no barco de três canos dos ultra-liberais
Talvez, a desprotecção social universal, o fim do investimento e do emprego público, a liberdade total aos especuladores financeiros ou um Estado inexistente ou nada interventivo no combate aos ciclos económicos.
Há ainda mais uma nota
Alguém, gosta de dicionários. Sobretudo daquele priberam.
A precisão tem coisas tramadas.
Por acaso Ricardo Paes Mamede utiliza a palavra ultraliberal sem hifen.O hífen é um sinal diacrítico de pontuação usado para ligar os elementos de palavras compostas.
Ora bem. A palavra ultra tem, entre vários significados, o de radical.
Um liberal excessivamente radical ( e neste caso denunciado no post, um liberal excessivamente radical, ainda por cima ignorante e desonesto)
A classificação como ultra não pressupõe a generalização da condição de ultra a todo o vocabulário usado por quem quer que seja
Claro que isto faz parte da lógica e a lógica vê-se estrangulada quando há engraçadinhos que tentam brincar com as palavras deste jeito, para ver se passa
Voltemos ao post:
Um ultraliberal é um tipo que vai para além da "a expansão do investimento e do emprego público". Um tipo que, de acordo com o conceito de ultra, assume o fim do investimento e do emprego público. Como bom ultra
E como bom ignorante e desonesto
Iliberal????
Olhe que não, olhe que não
Vê-se por esses tremores semi-histéricos
O Liberal está a incutir muito respeito á esquerda. Parecem-me verdadeiramente assustados. O que é estranho já que é a direita instalada que se deve sentir ameaçada. F. Louçã estava com cara de enterro na noite das eleições, porquê? A eleição do Livre? Do Partido Liberal? Ou o desfazer da «sua» geringonça? Do Ventura não acho que fosse.
A comunicação do P. Liberal é arrogante e de algum excesso. Obviamente é para se afirmar. As pessoas envolvidas são tudo menos extremistas, e se estou correto vão mostrar-se moderados, o que pode vir a provocar um terramoto político dentro de alguns anos, mas é a direita quem deve ter mais receio.
Um votante do P.Liberal, mas atento...
Silêncio que vamos ouvir um responso:
"É um tempo de contradições"
Quantos da multidão não faz de conta que ignora o que isso significa blablabla liberdade e a prosperidade dos povos?
Quantos dos que se dizem progressistas se identificam com regimes blablabla progresso económico ou social?"
Parece ou não parece um beato duma igreja de bolsonaro a pregar a verdadeira luz aos incréus?
A oração continua:
"Num país de esquerdalhos a direita é sempre extrema"
O país de esquerdalhos inclui os amigos do beato? O Cavaco, o Durão, o António Borges, o Passos Coelho?
Mas isto é mesmo direita ultra liberal
(Agora o que faz um conhecido amante de Salazar, dos discursos "lúcidos e claros" deste e de algumas das suas partes anatómicas, vir defender a honra perdida do liberalismo é que à primeira vista causa espanto
Depois lembramo-nos das relações fraternas entre ambos, os ultra e os do Estado Novo e fica tudo bem mais claro)
O mesmo jose, agora sem ser em registo de pastor evangélico:
"Por falar em bancos."
Mas alguém falou em bancos?
Pobre jose. Parece que está mesmo perturbado. Tem a lição estudada e tem que despejar o entulho em qualquer lugar?
A farsa continua. Jose dixit:
"O que por cá se passou foi que os bancos bombaram as políticas expansionistas da esquerdalhada, e os bancários e a boyada politiqueira mamou à vara larga!"
O vocabulário é o oposto do utilizado enquanto pastor. Um pouco mais escabroso.
O que une estes dois tipos de vocabulários?
Só me lembro de um desnorte completo. Ou a claudicação das faculdades mentais
Jose dixit:
"O que por cá se passou foi que os bancos bombaram as políticas expansionistas da esquerdalhada"
Ah, os malfadados bancos.
Mas coloquemos jose depois das eleições de Out de 2019 contra jose em 2013.
Como ele todo lampeiro protegia os "negócios bancários". A palavra ao jose de 2013:
"É evidente que o negócio bancário é dos mais endividados pela sua própria natureza operacional. Por outro lado é obrigado a manter capital e reservas em valores apreciáveis; e deve ter lucros".
Muitos lucros
E a boiada, perdão boyada, dos banqueiros,gestores,administrações dos bancos é que mamaram mesmo à vara longa(segundo o dicionário de jose)
E continuava jose no seu papel de branqueador de ladrões de alto coturno:
"E sabes porque é que os credores impõem o financiamento dos bancos?
Porque mais confiam neles do que nos políticos sujeitos ao vozeirio abrilesco para quem tudo foi obra de demónios capitalistas e que só por isso é que o regabofe não pode continuar."
Estávamos em 2013
E em relação às famíglias que recuperaram o seu poder económico graças à colaboração da boiada, perdão, boyada do jose
"Sabe porque é que essas antigas famílias regressaram ao poder económico?
Umas indeminizações ajudaram, mas no essencial têm crédito porque são credíveis – ia dizer que sabe gerir e honram os seus compromissos, mas honra já vi que é coisa em grande descrédito!
Percebe-se como o discurso vai mudando com a mudança dos ares do passismo-caceteiro para este período
( e também se percebe porque jose fez aquela fita histérica para lhe rasurarem o seu passado)
Temos então o das 19 e 46
O Liberal está a incutir muito respeito á esquerda.Mas é a direita quem deve ter mais receio.E estão assustados. A esquerda. E a direita tem medo porque pode sofrer um terramoto político. E então a cara de enterro do Louçã? Deve ser pelo livre? Ou pelo partido liberal? Ou pelo Ventura? Será pela morte do PAF?
E depois temos a comunicação do liberal.Arrogante.Algum excesso.Mas são tudo menos extremistas.Moderados.Já não são arrogantes. Nem excessivos. Talvez sejam extremistas?
Eis o que diz um votante dos ultra liberais. Se todos forem como ele temos aqui a prova que estes ou são tontinhos ou se fazem de tontinhos. A modos que do outro tonto que por aqui anda.
Reumindo (sem insultos desnecessários):
Ir para além da expansão do investimento e do emprego público é assumir o fim do investimento e do emprego público.
Tem lógica.
P.Liberal ou I.Liberal? Atenção!
A biografia não autorizada parece estar em processo de organização.
Convém não esquecer 'há corruptores porque há corruptos, e no Portugal abrilesco tenho os segundos como os promotores da corrupção'.
Esta comparação com os liberais novecentistas é completamente anacrónica e demais idiota. Estima-se que a carga fiscal por essa altura não ultrapassava os 10%. Hoje vai nos 35%.
A iniciativa liberal é o bloco de esquerda da direita, muito fortes na comunicação e nas redes sociais, com um conjunto de medidas feitas para aparecer em força nos media e para vender, mas se um dia estivessem no poder, a grande maioria das medidas que defendem não seriam exequíveis, seriam mais um Siriza de direita ou de esquerda conforme o prisma.
Ricciardi era também um nome querido para jose
Irá a tribunal defendê-lo. E ainda lhe dedicará um poemazinho sobre a inocência dos corruptores
E sobre o amor aos discursos claros e lúcidos de Salazar e sobre outras partes do dito
O 25 de Abril foi tramado para estes. O poder económico refez-se. Os viúvos vivem assim
Ainda bem que falas no Siriza, parece que o Sr. R.P.M tem algo a dizer sobre o assunto.
Ohhh amigo Ricardo,
Esses mesmo que dizes que não leram este ou aquele livro, tb não leram nada sobre o manifesto comunista e a definição de NOVO HOMEM que irá estar liberto da opressão do homem sobre o homem. Sabem no entando que a implementação dessa doutrina está patente em regimes totalitários como URSS, Cuba, China ou Coreia do Norte de ontem todos querem fugir.
Uma das primeiras acções de Mao na China para atingir essa ideia do NOVO HOMEM foi acabar com as cozinhas em casa, desta forma os "camaradas" iriam ter senhas e comer em cantinas ao inves de sentados à mesa com a familia. Isso não podia ser porque à mesa se conversa sobre assuntos e se conspira contra o estado.
Essas mesmas praticas foram implementadas por todos o mundo que adoptou a cultura de esquerda e os ensinamentos de Marx.
Deixa-me perguntar: Se essa ideologia é tão magnifica e fantastica, porque é que o governo tem que ter armas apontadas aos seus proprios cidadãos para não falarem abertamente ou para não entrarem e sairem quando quiserem?
Os extremos se tocam e em paises em que a doutrina escolhida foi o fascismo, aconteceu a mesma coisa.
Uma esquerda moderada e sem radicalismos absurdos, bem como uma direita a seguir os mesmo propósitos é ideal.
Nada de radicalismos ... e viva a democracia...
Repare-se na forma de actuar
O que insinua este tipo que se apresenta com o nickname de Vitor Pereira?
Que forma de actuar é esta, assim entre a coscuvilhice duma vizinha e a ponta da má língua de quem não tem coragem de dizer mais do que estas insinuações à ultra liberal?
Quem reúne estes predicados?
Na forma de actuar, na conquista do espaço mediático, na sua condição (não) ética, na sua postura (in)cíva?
Pois é, esse mesmo.Um tal de mister multinick,cujo nick vitor pereira já foi identificado inequivocamente como sendo o de joão pimentel ferreira
Chamem-lhes ultra liberais. É o que eles são
(E este tem mais um bom conjunto de adjectivos).
Os corruptos como promotores da corrupção?
Qual terá sido o amigo ou os amigos apanhados como corruptores, para assim tentar jose dar-lhes a bênção solidária de classe?
(Quando começaram a aparecer os primeiros relatos indesmentíveis que Ricardo Salgado estava metido em"negócios" muito pouco claros, a primeira reacção de jose, cheia de ternura e de cumplicidade, foi esta:
"se roubou foi porque foi roubado"
Estava dada a bênção aos de alto coturno.
Qual será a ignorância do jose para tentar esconder que em Portugal a figura de corruptor é punível legalmente e não há promotores que valham aos corruptores para esconder a pulhice do seu gesto?
Qual será a ignorância de jose para não saber que o corrupto de ontem é o corruptor de hoje e vice-versa?
Ora ide lá perguntar aos terratenentes dos banqueiros, que jose trouxe aqui desta forma tão pressurosa, numa tentativa para despejar mais ódio sobre Abril e de dar uma de branqueamento sobre os tipos que dominam Portugal
Chamem-lhes ultraliberais, é o que eles são
Paulo pinto vem tentar lavar a face dos ultra liberais papagueando a tralha mediática dos mesmos ultra
Até as cozinhas de Mao Mas é a eles que Portugal privatiza a nossa riqueza
Assim um “ não me toques” que radicais são mesmo os outros. E os ultras apenas responsáveis por quase toda a trampa do mundo
Onde já vimos o mesmo paleio?
As armas apontadas aos seus cidadãos?
É uma injeção atrás da orelha? E as armas que disparam a tudo o que lhes faça frente? Assim bombas e napalm e urânio empobrecido e de fragmentação? E tudo na paz do Senhor. Sem radicalismos e em direcção ao precipício
E não lhes chamar ultra liberais que eles são mesmo ultras e não querem que se saiba.
Nas cozinhas fala-se contra o Estado? E conspira-se?
Ahahah
E na cama com Mises?
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