terça-feira, 22 de outubro de 2019

Consulta

Uma pessoa vai ao médico e sai de lá com a tensão arterial alterada.

Ouve queixas sem parar e sente-se impotente para alterar as coisas, ao mesmo tempo ansioso para espalhar a palavra. "Isto não pode continuar assim".

Porque a situação descrita é a de que, por detrás do biombo, tudo está a desarticular-se sem que o Governo queira resolver o problema, manietado que está a defender outras causas que não a colectiva.

Foi mais ou menos assim: Só abrem centros de saúde onde não há serviços privados. Por isso, a situação está resolvida no norte e no centro do país, mas não em Lisboa, ao redor de Lisboa, Setúbal e no sul. Os médicos não querem ir para o interior porque, ao contrário do passado, não há uma carreira que os obrigue a ir para lá, dando-lhes mais pela exclusividade. Ficam com 1200 euros. Estamos a formar pessoal para ir para fora, e isso passa-se inclusivamente no privado. Não aprovam carreiras, não lançam os concursos, bloqueiam as entradas. Nas urgências, o pessoal do quadro tem sobretudo mais de 55 e até 60 anos e depois vêm os de fora, contratados a empresas, a ganhar várias vezes mais. "Chega-se a dizer: 'Se ganhas mais, faz tu'". Cria-se um mau ambiente entre o pessoal. Não pode ser por acaso que isto continua. Nas urgências, não há médicos radiologistas a partir das 20 horas: se for preciso, não há. Tem de ser por ecografia, mas não é a mesma coisa. Não se apanha o que se precisa de apanhar. Ou então é esperar para o dia seguinte. E se for alguma coisa grave? Isto é pensado. De cada vez que juntam hospitais, reduzem serviços. Nas maternidades, de cada vez que falta pessoal para operar, avisam a tutela que vão fechar. E a tutela lá resolve o problema. "Um faz de conta". E as pessoas não sabem. Os administradores chegam-nos a dizer que a culpa é dos médicos, mas depois são promovidos e vão para outro hospital, sabe-se lá por que cambalacho maçónico. Uma corrupção pegada. O Governo tentou arranjar pessoas para a secretaria de Estado porque o Francisco Ramos não podia ficar depois da entrevista que deu ao Expresso a dizer que só não era ministro porque deu uma queda. Mas todos foram recusando porque impuseram condições que não foram aceites. Então vai a Jamila... Este é o ponto a que chegámos!

E poderia continuar sem fim, se ele não tivesse de dar consulta.
- E não se pode fazer nada? - enquanto media a tensão.
- Devia, mas como? Os mais velhos só querem sair. Os mais novos têm medo de que a sua carreira seja afectada caso se manifestem. Isto não tem saída.

Mas alguma coisa tem de ser feita. Foi com este espírito que as gerações jovens, nos anos 70, começaram a pensar na sua vida. "40 anos e tal de fascismo?! Não pode ser mais!" E foram para a rua contra o regime.

24 comentários:

Anónimo disse...

Concluído vivemos numa sociedade podre e corrupta , que as elites e os governos, e não só, fazem o que lhes vai na ganância e na defesa dos seus interesses políticos, familiares e amigos...

Geringonço disse...

Mas continuemos a esperar que o Partido "Socialista" comece a governar para a população portuguesa e não para o "Europeísmo"...


Esperemos mais um pouco... agora é que as coisas mudam...

Paulo Rodrigues disse...

Portugal tornou-se alimento das oligarquias, com o "alto" patrocínio da U.E., que apenas deixa aos governo nacionais a hipótese de aumentar impostos e/ou de entregar os serviços públicos aos mesmos de sempre e a alguns novos, vindos de fora.

Entregamos a soberania a uma organização kafkiana, mais próxima dos métodos da máfia que de um estado de direito (que nunca foi nem pretende ser) e que - claro está - está a fazer "bom" uso dessa soberania.

A nossa economia, típica do 3º mundo, encontra-se manietada pelos interesses dos agiotas alemães e franceses, sempre de braço dado, desde o século XIX.

Estamos a caminhar para o modelo americano da saúde. Sistema que não serve a população, mas que gasta mais, per capita, que os países onde os sistemas públicos são de excelência.

Anónimo disse...

A submissão à divida publica é uma espécie de eugenia, quem mata mais é promovido.

Anónimo disse...

Concordo em absoluto com o comentário de Paulo Rodrigues, excelente comentário, mas não é só na saúde que esta degradação está presente, em todos os domínios da vida há uma enorme regressão, os impostos estão a ser utilizados para aprofundar as desigualdades ao invés de equilibrar a sociedade. O autoritarismo e o poder do dinheiro fazem-se sentir de forma óbvia já não há um plano colectivo para a sociedade o que há é a expropriação dos que estão em melhor condição de serem expropriados.

Anónimo disse...

"depois vêm os de fora, contratados a empresas, a ganhar várias vezes mais"
A solução seria pagar aos de dentro várias vezes mais, mas isso ia agravar as desigualdades salariais na saúde (face a enfermeiros, auxiliares, ...) ou na AP (face a professores, polícias, ...).
E agravar as desigualdades salariais não pode ser, ainda que do ponto de vista da despesa global até se pudesse poupar dinheiro (diminuindo a contratação externa).
Em alternativa, pode-se proibir a medicina privada e obrigar todos os médicos a trabalhar no público ao salário oferecido atualmente. Parece-me a melhor solução socialista: a prioridade é garantir menor desigualdade salarial na saúde e na AP.

Anónimo disse...

Um excelente, muito excelente post

Anónimo disse...

Ê pena ter que denunciar. Apesar deste paleio todo rebolucionario de paulo Rodrigues,este não é outro que mister multinick em funções

Precisa urgentemente de arranjar outro nick que lhe sirva os intentos presentes e futuros

E saí-lhe esta discursata tonta e tola, cheia de lugares comuns, pintada com o que o pobre coitado acha que deve ser a posição de alguém que não é ultra.

Uma espécie de Cavalo de Tróia a trabalhar para.

Aprecie-se entretanto a manta de retalhos de Pimentel ferreira. Faltou- lhe falar dos crimes dos liberais sociais e da posição rebolucionaria de Passos coelho

Mesmo sem esforço consegue-se perceber que este tipo é uma fraude

JE disse...

Este é um grande post

Que motiva logo um esforçado esforço para o "apagar"

Vejam-se as tentativas do nosso conhecido "paulo rodrigues", um dos nicks de joão pimentel ferreira. Ei-lo, a propósito do tema da saúde, tentar dar uma de verdadeiro lutador dos índios cá do sítio

Mas desta forma tão tão que mete dó

Primeiro fala nas oligarquias. E depois fala na UE. E depois em impostos. Aqui a coisa começa a demonstrar ao que vem, com esse disparate da UE apenas deixar aos governos nacionais a hipótese de aumentar impostos.

Cheira ou não a tralha pafista?


Mas paulo rodrigues retoma o fio. Não ao que se debate, mas sim ao que ele quer mostrar.

E voltamos para a costela dita de "esquerda" de pimentel ferreira. E temos mais um desvio, agora para Kafka .Trata-se de uma "organização kafkiana ( como?) mais próxima dos métodos da mafia. (Este ignorante nunca leu Kafka. Tal como nunca leu Voltaire).

Nas próprias palavras do sujeito:

"Entregamos a soberania a uma organização kafkiana, mais próxima dos métodos da máfia que de um estado de direito (que nunca foi nem pretende ser) e que - claro está - está a fazer "bom" uso dessa soberania.

Temos patinagem artística do paulo rodrigues.
Temos assim que isto está mais próximo do que um estado de direito. Estado de direito que nunca foi. Nem pretende ser. E que claro está a fazer bom uso dessa soberania

Quem é que por aqui tem destes desconchavados mentais?

JE disse...

Mas "paulo rodrigues" não se dá por vencido. Retoma o seu fio condutor. Ainda sem falar no tema do post, quer mostrar mais credenciais.De verdadeiro lutador de pilhéria ambulante.

E temos mais um debitar de uma vacuidade tonta, a leste do post e com aquela tinta com que se disfarça a ignorância funda

"A nossa economia, típica do 3º mundo, encontra-se manietada pelos interesses dos agiotas alemães e franceses, sempre de braço dado, desde o século XIX."

Estas lições de história da tralha neoliberal a debitar o aprendido de cor nos blogs por que se arrasta dá nisto.A economia que temos, dá uma volta pelo terceiro mundo e pela manietação. Pelos agiotas, pelos alemães e pelos franceses. E vai desde o século XIX...

Esta coisa quer-se fazer passar por outra coisa.Infelizmente não dá para mais, o que esta coisa faz, para se assumir como coisa que de facto não é

E chegamos ao último parágrafo. Finalmente "paulo rodrigues" chega à saúde. Com essa pobreza confrangedora, com estes modos de Madalena, perdão mafalda arrependida, tão delicodoce para que não se note que ele falou mal dos seus interesses privados


Mas joão rodrigues não vem só. Como é hábito em joão pimentel ferreira trás um clone para bater palmas. O " anónimo " das 15 e 35 que "Concorda em absoluto com o comentário de Paulo Rodrigues".

Mais um para a tralha dos nicks. E mais um a fazer a farsa sobre os impostos desta forma tão reveladora:
"há uma enorme regressão, os impostos estão a ser utilizados para aprofundar as desigualdades ao invés de equilibrar a sociedade"

E continuará,lastimando-se pelos impostos,em vez de se debruçar sobre o que se debate:
"o que há é a expropriação dos que estão em melhor condição de serem expropriados."

Isto não parece mesmo o discurso aldrabão e mentiroso de qualquer pafista em campanha eleitoral? Sobre o tema predilecto da tralha neoliberal,em busca de mais isenções fiscais e de menor carga fiscal para as verdadeiras fortunas deste país?

JE disse...

João pimentel ferreira em roda livre:

"depois vêm os de fora, contratados a empresas, a ganhar várias vezes mais"
A solução seria pagar aos de dentro várias vezes mais blablabla e mais blablabla"

Não, a solução não era pagar aos de dentro várias vezes mais. Era cortar a teta aos privados e utilizar o dinheiro várias vezes a mais (pago a estas empresas) para o melhoria do SNS,incluindo a remuneração mais condigna aos seus profissionais


(Das desigualdades salariais estamos nós fartos, bem como das tentativas da canalhada de dividir os trabalhadores, atirando-os contra os outros. Um sacana sem lei que por aqui andava, um tal "pedro", abjectamente racista , era useiro e vezeiro nestas manobras. Dissolveu-se quando foi desmascarado como mister multinick)
.

JE disse...

"Fluxo financeiro que sai do público para ir para o privado. Fluxo profissional que fez e faz uma sangria de pessoal para o estrangeiro ou para os privados. O número de camas que diminuiu nos hospitais públicos e aumenta nos privados. A degradação/não renovação de equipamentos hospitalares. As consequências de tudo isto ao nível do serviço público. Por isso é chegado o momento de ser claro e não ser ambíguo. Uns são pelo serviço público, universal e gratuito baseado no SNS, outros são pela abertura aos serviços privados. Entre 2010 e 2015, (INE) a despesa nos hospitais públicos diminuiu c. de 268 milhões de euros; no mesmo período o Estado pagou aos hospitais privados mais c. 162 milhões de euros e já pagara mais c. 65 milhões de 2006 a 2010.

Relativamente a áreas em que os serviços públicos estão ou deviam estar equipados e não ter que pagar a terceiros, o Estado em 2016 pagou c. de 143 milhões de euros em análises clínicas. Acrescente-se que, dos grandes grupos desta área só um se mantém em mãos nacionais e portanto as mais-valias dos outros saem para fora. Ora no período de governação que foi até 2011 houve um forte investimento nos laboratórios hospitalares exactamente para serem suficientes não só para cada hospital como para os cuidados primários da área.

Em Radiologia, em 2016, pagou-se c. 88 milhões de euros a serviços privados, em Medicina Física e Reabilitação 68 e em endoscopias gastroenterológicas 36 milhões de euros (estas aumentaram mais de 16 milhões de euros em dois anos). No total o Estado, gastou em 2016 em pagamentos externos só de meios auxiliares de diagnóstico 364 milhões de euros. E em hemodiálise em 2017 pagou 257 milhões de euros. Frisa-se que se está a falar de serviços hospitalares e de meios de diagnóstico privados e não estão aqui incluídos nem medicamentos, nem outros retalhistas, nem serviços de construção, nem transportes. Estamos a falar da parte do orçamento da saúde com que o Estado alimenta os privados, que com ele deviam concorrer. Também não estamos a falar dos pagamentos da ADSE aos privados, outra fonte indispensável à manutenção destes. Os números são sempre indigestos para a leitura. Mas é de números que estamos a falar e é por causa dos mesmos números que os grupos económicos investem sem grandes preocupações"

JE disse...

A canalhice continua:

"Em alternativa, pode-se proibir a medicina privada e obrigar todos os médicos a trabalhar no público ao salário oferecido atualmente. Parece-me a melhor solução socialista: a prioridade é garantir menor desigualdade salarial na saúde e na AP."


Ninguém defende a proibição da medicina privada. Tal "notícia" só pode partir dum gerador de fake news, como bolsonaro ou um dos seus bispos. Coisas rascas e sem princípios

E não, não é a melhor solução.Nem sequer é socialista. Isto é apenas o espantalho do medo tal como já o tentaram usar com a injecção atrás da orelha.

Uns são pelo serviço público, universal e gratuito baseado no SNS. Outros pelos negócios privados da saúde.

Pode assim pimentel ferreira estar descansado. À trampa das negociatas privadas com a saúde tem que se sobrepor o direito à saúde e à dignidade

E pelos vistos tal só será possível com um outro modelo social. Com um modelo socialista, que não os arremedos idiotas, grotescos e gordurosos de quem diz barbaridades à ultra liberal, em tom de Mises com tiques de bolsonaro

Paulo Rodrigues disse...

O minion JE anda a trabalhar muito (o descalabro eleitoral do cds custa a engolir...).
Se for como é hábito, deve receber uns cêntimos por post.
O melhor é pedir aumento aos oligarcas que serve.
A vida custa, até para os minions.
Tenho que reconhecer que os minions amarelinhos do filme são mais fofinhos que os amarelinhos do cds: falam como labregos.

Anónimo disse...

"Não, a solução não era pagar aos de dentro várias vezes mais. Era ... melhoria do SNS,incluindo a remuneração mais condigna aos seus profissionais"

Se a remuneração a pagar aos médicos de dentro for apenas "mais condigna", mas menos do que os "contratados a empresas, a ganhar várias vezes mais", então os médicos vão continuar a preferir sair.

Anónimo disse...

A burrice tem nome. E assina liberal

Bora lá ler a parte cortada sobre o cortar a teta dos privados e utilizar o dinheiro para melhorar o SNS

A pergunta impõe-se. É só burrice ou aqui há também manifesta má fé?

Jose disse...

O último parágrafo é um poema.
Esses jovens antifascistas (quem foi para a rua foi a tropa) estão de há muito a chefiar a desgovernança!

Há tanto 'serviço' público inútil, superpovoado, prateleira para boyada, que onde ele se justificava há escassez.

Mas a esquerdalhada toda se arrepia se lhe falam em reformas estruturais, só reclamam por mais emprego público e mais saque aos pagantes do regabofe.

Anónimo disse...

O pagante do regabofe foi o povo português

Que atirou os desmandos da canalhada fascista

Aquela que mandava matar e morrer em África

Anónimo disse...

Pobre pimentel travesti Mafalda Paulo Ferreira

Lolol. Agora faz-se passar por crítico do CDS?

Ahahah

E ainda por cima labrego?

Pobre travesti holandês. Assim não vai lá

JE disse...

É uma pena

Mas o pobre paulo rodrigues pimentel ferreira arruma as botas e arma-se naquilo que aí está patente

O discurso de rebolucionário da treta esfumou-se.

E acena desta forma idiota com CDS expondo-se desta forma tão larvar.


Ele falou em "labrego", não foi?

JE disse...

Jose tem ciúmes de pimentel ferreira.

Este é um quase-quase poeta erótico. Jose também quer ser poeta. Há muito que não dedica uma ode a um terratenente

E ei-lo a falar em poemas.

"Mas alguma coisa tem de ser feita. Foi com este espírito que as gerações jovens, nos anos 70, começaram a pensar na sua vida. "40 anos e tal de fascismo?! Não pode ser mais!" E foram para a rua contra o regime".

Este é o parágrafo referido.

Um poema?

Este tipo não está bom da cabeça. Parece que se está a aproximar do quase-quase erótico ,com estes gostos tão embotados

JE disse...

Vejamos então o motivo da preocupação literária de jose

Não terá gostado jose que as gerações nos anos 70 tivessem vertido no cano de esgoto, o que ao esgoto há muito devia ter pertencido

E invoca a tropa. E diz que, quem foi para a rua foi essa mesma tropa ( e diz mais asneiras mas já lá vamos)


Pobre jose. A tropa era feita de jovens. Os jovens capitães de Abril. Salgueiro Maia nem tinha 30 anos.

Mas para jose a tropa é aquela tropa fandanga que andava com o ventre a bater nas mesas, onde se amesendavam nos almoços da legião.

Jose até teve uma epifania quando viu esses seus heróis decrépitos e vetustos, no beija-mão à canalha residente. Antes de Abril,claro. Sossegava-o e estava em linha com o seu apego à ordem, perdão, à Ordem.

Jose esquece outra coisa. O papel que a juventude teve na tomada de consciência dos que fizeram o 25 de Abril

E jose esquece outra coisa. É que foi o povo, que, colocando-se ao lado dos soldados, não permitiu que a canalha ainda residente frustrasse o 25 de Abril

O primeiro de Maio de 74 foi qualquer coisa de magnífico. A chamada aliança Povo-MFA ( calculamos que jose esteja neste momento a pedir os sais) foi a alavanca que permitiu que Portugal se desfizesse do tenebroso passado

JE disse...

Há mais

Jose repete o estribilho dum ventura de opereta. Diz ele que os jovens antifascistas estão de há muito a chefiar a desgovernança.

E bota um pontozinho de exclamação a fingir indignação


Lembremos os factos. Os militares que fizeram o 25 de Abril, também jovens, também antifascistas ( pese o rancor de jose) pagaram caro a sua coragem e o seu desassombro, como a História veio demonstrar. A sua carreira foi torpedeada, foram alvo de perseguições e de humilhações. O seu lugar foi ocupado por coisas medíocres e rascas

E aqui vamos chegar a essa questão da desgovernança

Jose escrevia em 12/10/12 pelas 23:49 "A esquerda está no poder há 38 anos!". O ponto de exclamação da ordem mais uma vez enfeitava a sua indignação de opereta. A sua pesporrência passava por cima de toda a realidade e encostava à esquerda personagens como cavaco ou durão, santana lopes ou passos coelho

A questão da "desgovernança" passa por aqui. Bem cedo alguns dos filhos dilectos dos donos de Portugal estavam amesendados ( como a tropa fandanga referida) à mesa do poder

Percebe-se porque motivo jose apela ao apagamento da memória e do passado. As suas marcas nos anos de chumbo da governança desgovernada de passos coelho estão pejadas de coisas sinistras que não convém confrontar com o dandy neoliberal com que agora se quer mostrar.

E desmistificar esta narrativa da treta de jose( também de opereta) é algo que convoca a memória

E jose fica assim sem ópera nem opereta

JE disse...

Quando um neoliberal fala em "reformas estruturais" regra geral quer fazer pagar a factura dos seus desmandos aos trabalhadores que explora

A coisa fia ainda mais fino, quando atrás de tal neoliberal, está alguém com o perfil de saudosista do estado novo.

Os pagantes do regabofe sabemos nós quem foram. Pagámos à canalha dos banqueiros ( a tal, alvo dos poemas de jose). E pagámos aquele traste do António Borges. E ao Mexia, aquele que jose justificava receber 1 milhão para não ser vencido pela corrupção...

E a boyada de passos que chegou a ter um lugarzinho no governo para facilitar o trânsito para os offshores?

E jose todo se arrepia pelo facto de ainda haver um SNS.

Pois é, é mesmo uma chatice, essa coisa da memória.