É nas nações (…) que a democracia pode viver e respirar (…) Agora é-nos dito que, mesmo na ausência de uma identidade europeia comum, transferir poderes para o Parlamento Europeu aumentará a convergência política. Na realidade, isto criaria provavelmente um desastre político para rivalizar com o desastre económico criado pelo euro e pelas mesmas razões. Uma convergência forçada e artificial não resiste ao teste de stresse da realidade.
A não ser que Renzi esteja preparado para colocar em cima da mesa a pertença ao euro – o que não estou a ver que aconteça – não consigo imaginar mudanças substanciais no sistema [europeu] de governação.
O que diria a sabedoria convencional destes dois excertos se não soubesse a proveniência? Aposto numa palavra: populistas. Aqui estão dois populistas: Gideon Rachman e Wolfgang Munchau, respectivamente responsáveis pela opinão em matéria europeia e internacional do Financial Times e de cujas últimas crónicas retirei estes dois excertos, que enquadram uma discussão perfeitamente convencional, mas herege nestes termos entre as elites desta periferia. É realmente preciso acabar com a “imaginação do centro”…
3 comentários:
“É nas nações (…) que a democracia pode viver e respirar”.
Cá está o discurso inconveniente para o tal mundo globalizado… do capital, claro. Que as pessoas, não interessam.
A existir plena unidade política resultaria abolido o conceito de emigração.
Talvez seja essa o modo de integração e 'igualdade' disponível para os Estados que não se sabem governar.
Enterrar recursos para manter no poder cretinos e cobardes parece-me não exigível.
A alternativa é embrulharem-se na constituição e declararem-se vítimas ou criarem a moeda que corresponda à sua indigência.
A pústula maligna que sai dos discursos vesgos sobre a Constituição Portuguesa vem embrulhada em termos como "cretinos e cobardes".
Tais termos são todavia demasiado pobres para definir os que nos governam, que insistem no insulto a outros órgãos de soberania e na mais despudorada defesa da ilegalidade e do desrespeito pelos princípios mais elementares da democracia.
Tal coloca a governação num outro patamar, a saber, a possibilidade de se exigir o julgamento e a punição de quem assim procede, seja o ministro A , o boy B , ou o cavaco C
A emigração foi o destino que o fascismo obrigou a milhões de portugueses e a que Passos , Relvas ou Portas se socorreram para alicerçar o seu modelo governamental.
A indigência (intelectual? democrática?) sempre foi apanágio de quem acha que quem não segue a cartilha troikista é tão só e somente indigente ou a caminho de o ser.
Os modelos únicos seguidos pelo fascismo e pelo nazismo conduziram a muito maus resultados como se sabe.O neoliberalismo alavancado a modelo semelhante por alguns dos seus prócereres conduzirá igualmente as descalabro.
É só esperar para ver se os criminosos e agora também anti-democráticos poderes não forem de facto corridos de vez.
De
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