quarta-feira, 19 de junho de 2013

"Eu até concordo com o direito à greve, mas..."


...sobretudo acho uma pena que uma boa parte das pessoas, sobretudo quando também são trabalhadoras, não entenda realmente o que é que está em causa.

Adenda: gráfico retirado daqui.

5 comentários:

Anónimo disse...

Importa-se de explicar o conteúdo do gráfico,para leitores com menos informação?

L. Rodrigues disse...

O que o grafico diz, anónimo, é que estamos a regressar a niveis de desigualdade económica típicos do século 19.
E que uma coisa que esteve presente, e terá sido determinante, numa maior redistribuição da riqueza foi o movimento sindical, com todas as suas conquistas ao longo do século XX.
E uma coisa que não está no gráfico mas creio que é demonstrável, é que o periodo de maior igualdade também corresponde ao perido de maior PIB per capita e maior crescimento.
Ou seja, a famosa maré que levanta os barcos todos é a maré da igualdade e não a da acumulação de capital.

cenas disse...

Este gráfico devia estar na primeira página de todos os sites de sindicatos.

HC disse...

O neoliberalismo actua não tanto sobre as acções propriamente ditas mas essencialmente sobre o "ambiente" onde estas se desenvolvem. Neste sentido, mais do que proibir, corrigir ou disciplinar práticas o que assistimos é à redução das condições que as tornam possíveis. Não é pois uma questão de "não se poder fazer", mas sim de "não ser possível ou de não valer a pena fazer". Parece-me que a legitimação do slogan emblemático neoliberal da inevitabilade e da inexistência de alternativas resulta deste estabelecimento das "condições de possibilidade" para acção, representando a descrença dos trabalhadores na greve, entendida como elemento eficaz de reivindicação social, uma das suas consequências.

João Carlos Graça disse...

L. Rodrigues: "E uma coisa que não está no gráfico mas creio que é demonstrável, é que o periodo de maior igualdade também corresponde ao perido de maior PIB per capita e maior crescimento".

JCG: Muito bem, L. Rodrigues. Sentimo-nos tentados a concluir: "as relações de produção são um obstáculo ao desenvolvimento das forças produtivas". Será?