quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Não resulta, mesmo que se queira com muita força...


As receitas públicas na Grécia caíram 7% em relação a Janeiro de 2011, contra uma expectativa de aumento de 9%. É o problema da "austeridade expansionista": é mentira. Uma mentira que continua a ser vendida às economia periféricas com consequências desastrosas para quem lá vive. O Gráfico acima compara as estimativas do FMI para a Grécia para 2011-2013. A azul as previsões iniciais, a vermelho as mais recentes (5ª revisão). O FMI enganou-se em tudo, e não foi por pouco. A austeridade agravou a recessão, inviabilizando qualquer esforço de consolidação orçamental.

Mas estas alterações mostram outra coisa: o problema não tem nada a ver com qualquer resistência do Governo grego aos cortes na despesa. Estes, aliás, são cada vez maiores a cada previsão que passa, muito por força dos pacotes adicionais que foram sendo impostos. A verdadeira razão é o fracasso de uma política absurda que falha, mesmo quando avaliada pelos seus critérios.

3 comentários:

Anónimo disse...

E se o plano estivesse a funcionar? Era legitimo? Quando o dinheiro tem mais importância do que as pessoas não é possível construir nada de decente.

Zuruspa disse...

O que, cortaram a Despesa Pública ainda mais que o previsto inicialmente?

Ai queriam que quanto mais cortassem a Despesa Pública mais crescimento houvesse? Como o outro a cortar a raçäo ao burro... que depois se admirou que o bicho morresse.

Näo temais: vereis que breve diräo que o problema foram as greves e as manifs dos comunas.

Luís disse...

Porque falham as previsões?
Parte é porque não se fizeram provisões.
Get real. The thing is:
na economia há dois entes, duas entidades que no fim do ciclo se encontram e se beijam:
despesa e rendimento.
mas perguntam vcs, que tem isso de novo?
nada. quem comeu comeu,hoje nem edificado há.
a despesa é um fluxo financeiro, o rendimento é um fluxo financeiro. O q trouxe realmente Keynes de novo? Revolveu os dados: a teoria da economia que era uma de oferta passou a ser uma de procura -- essa entidade historicamente, nas palavras dele, relevante -- A PROCURA AGREGADA. Schumepter ironizou com a decapitação da rainha. REAGEN achou por bem inverter de novo o prisma -- uma nova economia da oferta. Só na ideologia meus senhores. Ela continuou a ser uma economia da procura -- a dívida acumulada é a única e necessária prova.

pausa para respirar.
recapitular.

Pq falham as previsões?
Por uma questão hormonal, evidentemente. É assim: as economias da dívidas -- essas bem amadas -- são sustentadas pelo fluxo financeiro (a financeirização realmente relevante...) que por sua vez alimenta toda aquela despesa. A forma de apreender onde o fluxo financeiro foi superior ao rendimento gerado (para simplificar vamos considerar espaços nacionais) está na diferença entre investimento e poupança (MENTIRA:a poupança não existe -- aí está outro tema keynesiano até hoje desconsiderado -- um impensado!), correcção, na diferença entre dívida início de período e dívida final de período) .

Não me apetece escrever mais. O resto é com as luminárias!