Escrevi já lá vão uns anitos (23 de Fevereiro 1998), no tempo em que tinha no Público um espaço onde punha notas sobre livros que ia lendo, o seguinte:
O que é o debate actual senão a reposição do velho dilema de Polanyi? A sociedade, de diversos quadrantes, apela ao político para se defender do mercado. O político procura, em declarações de intenção, transmitir confiança, mas na verdade vai recuando perante o mercado. De desregulação em desregulação, sem saber para onde está a ser levado; sabendo só que não pode “desorganizar a vida industrial” nem por em causa a competitividade…Soube há tempos que ia deixar de ser raro.
Vale a pena por isso voltar à “Grande Transformação”. É um livro raro, e não só por ser difícil de encontrar nas livrarias.
Houve de facto uma editora portuguesa (as Edições 70) que depois de muitos apelos (um, dois, três, quatro) decidiu traduzir e publicar o livro. A tradução, entregue ao Miguel Serras Pereira, não podia ter ficado em melhores mãos.
Sai em Setembro ao que me disse o tradutor.
5 comentários:
Os ensaios de Karl Polanyi
Primitive, Archaic y Modern Economicash é mais interessante
e essa capa é dos anos 50
houve muitas edições posteriores
inclusive em formato de bolso
e uma edição de 3000 exemplares em português
mal traduzidos
não o vão tornar menos raro por aqui...
e duvido que haja mercado para 3000 livros...
Redistributiva, recíproca e sempre tive problemas em dar um termo a
householding, produção familiar....
é uma tradução difícil especialmente se for feito por um tradutor de letras...
afinal a edição de 1957 é igual à 1ª edição
em termos de capa...
se isso for a 1ª edição é vender
enquanto há malucos para isso
Grande notícia. Oxalá esta tradução inclua o prefácio de Stiglitz à edição de 2002.
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