Nenhum dos dois partidos centrais do sistema, quase sempre de acordo na política europeia, antecipou os perigos da integração e da participação no euro para uma economia periférica e uma sociedade civil fraca como a nossa. Viveu-se durante anos apenas no presente e do presente. Mas agora tornou-se mesmo necessário fazer um diagnóstico cortante: o grande desígnio nacional de desenvolvimento pela europeização falhou com estrondo em 2011. Pode até dizer-se que foi bom enquanto durou. Mas agora acabou (…) Necessitamos de preparar a eventual saída do euro, numa Europa que parece apostada em criar uma espécie de euro 2, limitado às economias mais fortes e complementares. Mas este Governo não o admitirá nunca. No entanto, o lançamento de um debate nacional sério sobre o tema não prejudicaria o nosso debilitado poder negocial, antes pelo contrário (…) O importante é pensar que existe uma saída para a nossa crise e que ela passa por um novo desígnio nacional que assuma o refluxo da europeização - não necessariamente o fim da UE - e se centre na nossa própria dimensão colectiva. Esse novo desígnio não encontrou ainda os seus intérpretes políticos. Eles não estão certamente no actual Governo e também não se vislumbram ainda na oposição. Mas acabarão por surgir.
João Cardoso Rosas
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5 comentários:
é da família do Filipe Rosas?
deve ser...
ora se ninguém em 37 anos de Tecnovia's variadas discutiu nada
e só foi esganando a bolsa e a vida dos que têm menos do que a malta das barracas em 74
pobre que dormia na rua ia dar com os costados na Mitra ou no Miguel da Bombarda
agora pegam-lhes fogo...
é os gajos não sabem debater-se
convenientemente
deviam-se formar clubes de debate
para os sem-abrigo
talvez uma sub-secretaria da juventude ou da cultura
bem adubadinha
até os mortos debatem
Clubes de debate?
Diálogo?
Manifestações?
Mas ninguém faz uns grafitis nas paredes do parlamento? Umas palavras bonitas tipo: LADRÕES, CORRUPTOS, CIGANOS, MENTIROSOS, ABUSADORES, CABRÕES DEMAGOGOS.
Ninguem se mexe?
Ninguem se manifesta?
Mas ninguém se apercebe que a venda da Aguas de Portugal é um abuso, um excesso, uma perda de um bem que é de todos que se de já caro irá tornar-se inacessível.
O Pedro Passos Coelho é um ingénuozinho, ou então está a defender interesses não nacionais, pouco patrióticos e se calhar muito egoístas.
Se estivermos à espera dos partidos, bem vamos morrer na ruína.
Necessitamos de preparar a eventual saída do euro...SIM
voltamos a um PIB de 90 mil milhões de dólares de há uns 15 anos atrás
perderemos meio-milhão de emigrantes
e outro tanto de imigrantes
restarão 9,5 milhões a 9500 dólares per capita
a dividir por 14 meses
dá uma média de 700 dólares por mês
fazendo a correlação para a tabelagem actual (mesmo pressupondo que a massa salarial do funcionalismo desce mais que a restante
ficamos com o salário mínimo a 300 dólares
o professorado fica na média dos 1200 (é quase tudo do quadro)
o pessoal dos institutos desce prós 1500 dólares...
Ler com pouca atenção quem souber fazer contas
é só fazer as contas como dizia o outro
de resto mais dois anos e é ver os gregos...
As entrevistas de Hans Olaf Henkel talvez ajudem a alguma meditação!!http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2011/mar/13/eu-euro-competition-germany-take
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