segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ler com muita atenção porque o debate é inadiável

Nenhum dos dois partidos centrais do sistema, quase sempre de acordo na política europeia, antecipou os perigos da integração e da participação no euro para uma economia periférica e uma sociedade civil fraca como a nossa. Viveu-se durante anos apenas no presente e do presente. Mas agora tornou-se mesmo necessário fazer um diagnóstico cortante: o grande desígnio nacional de desenvolvimento pela europeização falhou com estrondo em 2011. Pode até dizer-se que foi bom enquanto durou. Mas agora acabou (…) Necessitamos de preparar a eventual saída do euro, numa Europa que parece apostada em criar uma espécie de euro 2, limitado às economias mais fortes e complementares. Mas este Governo não o admitirá nunca. No entanto, o lançamento de um debate nacional sério sobre o tema não prejudicaria o nosso debilitado poder negocial, antes pelo contrário (…) O importante é pensar que existe uma saída para a nossa crise e que ela passa por um novo desígnio nacional que assuma o refluxo da europeização - não necessariamente o fim da UE - e se centre na nossa própria dimensão colectiva. Esse novo desígnio não encontrou ainda os seus intérpretes políticos. Eles não estão certamente no actual Governo e também não se vislumbram ainda na oposição. Mas acabarão por surgir.

João Cardoso Rosas

5 comentários:

Força Força Camarada Vasco disse...

é da família do Filipe Rosas?

deve ser...

ora se ninguém em 37 anos de Tecnovia's variadas discutiu nada

e só foi esganando a bolsa e a vida dos que têm menos do que a malta das barracas em 74

pobre que dormia na rua ia dar com os costados na Mitra ou no Miguel da Bombarda

agora pegam-lhes fogo...
é os gajos não sabem debater-se
convenientemente

deviam-se formar clubes de debate
para os sem-abrigo

talvez uma sub-secretaria da juventude ou da cultura
bem adubadinha

até os mortos debatem

Anónimo disse...

Clubes de debate?
Diálogo?
Manifestações?

Mas ninguém faz uns grafitis nas paredes do parlamento? Umas palavras bonitas tipo: LADRÕES, CORRUPTOS, CIGANOS, MENTIROSOS, ABUSADORES, CABRÕES DEMAGOGOS.
Ninguem se mexe?
Ninguem se manifesta?

Mas ninguém se apercebe que a venda da Aguas de Portugal é um abuso, um excesso, uma perda de um bem que é de todos que se de já caro irá tornar-se inacessível.

O Pedro Passos Coelho é um ingénuozinho, ou então está a defender interesses não nacionais, pouco patrióticos e se calhar muito egoístas.

Unknown disse...

Se estivermos à espera dos partidos, bem vamos morrer na ruína.

Força Força Camarada Vasco disse...

Necessitamos de preparar a eventual saída do euro...SIM

voltamos a um PIB de 90 mil milhões de dólares de há uns 15 anos atrás

perderemos meio-milhão de emigrantes

e outro tanto de imigrantes

restarão 9,5 milhões a 9500 dólares per capita

a dividir por 14 meses

dá uma média de 700 dólares por mês

fazendo a correlação para a tabelagem actual (mesmo pressupondo que a massa salarial do funcionalismo desce mais que a restante

ficamos com o salário mínimo a 300 dólares

o professorado fica na média dos 1200 (é quase tudo do quadro)

o pessoal dos institutos desce prós 1500 dólares...

Ler com pouca atenção quem souber fazer contas
é só fazer as contas como dizia o outro

de resto mais dois anos e é ver os gregos...

Justiniano disse...

As entrevistas de Hans Olaf Henkel talvez ajudem a alguma meditação!!http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2011/mar/13/eu-euro-competition-germany-take