quinta-feira, 24 de abril de 2025

Francisco, paz

Francisco afirmou que a aliança militar transatlântica estava a 'ladrar' à porta da Rússia”.
Francisco afirmou que “não é possível haver paz sem um verdadeiro desarmamento” e sublinhou que “a necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se numa corrida generalizada ao armamento”.

Sob a liderança de Francisco, “o Vaticano reconheceu o Estado da Palestina em 2015. Durante a guerra em Gaza, Francisco criticou repetidamente as acções de Israel e apelou a uma investigação para apurar se o conflito constituía um genocídio - uma acusação que Israel nega”. 

Ninguém pode aceitar os preceitos do neoliberalismo e considerar-se cristão (...) [u]ma economia como esta mata”, escreveu  Francisco quando era ainda arcebispo de Buenos Aires. 

Francisco, tendo sido especial, não se comportou, como afirma Pedro Adão e Silva, de “modo anterior ao nosso tempo e ao nosso mundo”, não foi uma excepcionalidade a-histórica.    

A meu ver, ao contrário, Francisco é singular justamente por insistir em ser um homem deste mundo. Um homem que escolheu o seu lado e se colocou junto de milhões de outros homens e mulheres contra a guerra e o neoliberalismo.

Não. Francisco não será soterrado pela direita e pelo social-liberalismo sob um manto de unanimidade que tanto a sua prática como a sua teoria rejeitaram. 

1 comentário:

Anónimo disse...

E aquela de chamar Francisco de "globalista"? Globalista é o neoliberal. Francisco era "internacionalista"!
O Pedro Adão e Silva é um grande sonso.