Francisco afirmou que “não é possível haver paz sem um verdadeiro desarmamento” e sublinhou que “a necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se numa corrida generalizada ao armamento”.
“Ninguém pode aceitar os preceitos do neoliberalismo e considerar-se cristão (...) [u]ma economia como esta mata”, escreveu Francisco quando era ainda arcebispo de Buenos Aires.
Francisco, tendo sido especial, não se comportou, como afirma Pedro Adão e Silva, de “modo anterior ao nosso tempo e ao nosso mundo”, não foi uma excepcionalidade a-histórica.
A meu ver, ao contrário, Francisco é singular justamente por insistir em ser um homem deste mundo. Um homem que escolheu o seu lado e se colocou junto de milhões de outros homens e mulheres contra a guerra e o neoliberalismo.
Não. Francisco não será soterrado pela direita e pelo social-liberalismo sob um manto de unanimidade que tanto a sua prática como a sua teoria rejeitaram.
1 comentário:
E aquela de chamar Francisco de "globalista"? Globalista é o neoliberal. Francisco era "internacionalista"!
O Pedro Adão e Silva é um grande sonso.
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