segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Menos Estado social, mais Estado penal


Comportamentos contrários ao Estado de Direito, apelos à violência e à violação de mulheres, comentários racistas, xenófobos, misóginos e homofóbicos, simpatia pelo Chega e por outros movimentos de extrema-direita e saudosismo salazarista. Estivemos no Facebook dos profissionais das forças de segurança. 

Filipe Teles, Pedro Coelho e o setenta e quatro estiveram lá e ficámos a saber que há uma insegurança antidemocrática nas forças de segurança da democracia, dada a extensão de comportamentos tão ilegais quanto imorais entre centenas de polícias. 

Miguel Carvalho, na Visão, deu uma achega, com a confirmação da penetração da extrema-direita nas forças de segurança, o que está ligado ao racismo e à homofobia necessariamente violentos. Este jornalista de resto já nos tinha dado a ver as ligações entre financiadores do Chega e o Ministério da Administração Interna, por via do fornecimento de material para a polícia ou para os bombeiros. 

Chega, IL e os setores dominantes do PSD querem reduzir o Estado social e concomitantemente reforçar o Estado penal, como se vê pelos projetos de descaracterização constitucional, numa radicalização que não pode ser desligada, nas presentes circunstâncias, da assunção plena do neoliberalismo pelo PS: da austeridade real a cada vez mais mais negócios para o capitalismo da doença, da deseducação ou da repressão. 

Isto está tudo ligado pela economia política, por uma forma que é bastante sórdida e que tem origens europeias, na lógica neoliberal da integração, como salta à vista.

1 comentário:

Anónimo disse...

Essas forças de insegurança são um perigo para a sociedade, não pode haver condescendência, são um perigo em primeiro lugar para os agentes sérios e honestos que deviam ser os primeiros a exigir que fossem cerceados. Esperemos que os tribunais actuem como é suposto num estado de direito, o jornalismo está de parabéns.