quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Sintomático, simples e complicado


Acho muito sintomático que o CDS, em linha com a economia política neoliberal que domina as direitas, tenha agora proposto uma “via verde” para a suposta recuperação na saúde através dos sectores privado e social. A pandemia é uma oportunidade, realmente, para minar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), substituindo-o cada vez mais por um Sistema de Negócios da Doença (SND).

Lembrem-se que o Grupo Mello, o dos hospitais CUF, vendeu este ano uma grande fatia da sua participação na Brisa ao capital estrangeiro. Fê-lo para se focar, entre outros, no capitalismo da doença, até porque melhor negócio, já o sabemos, só mesmo a indústria do armamento.

E daí a campanha político-ideológica em curso, do actual Presidente ao futuro candidato presidencial das direitas: Paulo Portas anda, qual sabonete, já a ser vendido com impressionante antecipação e regularidade na TVI. E não se esqueçam do saco do Expresso e do que lá vem dentro.

O CDS vem agora também tentar ajudar este e outros grupos. Tudo muito simples.

Entretanto, o Governo começa a ceder, tendo já assinado novo protocolo com a CUF. Tudo muito complicado.

20 comentários:

Anónimo disse...

O facto de não serem conhecidos os nomes dos grandes caloteiros que deixaram 25 BILIÕES para o contribuinte pagar, tal não nos deve desviar a atenção sobre os reais motivos de muitas das estratégias de investimento/desinvestimento das oligarquias.
É que, pese embora o facto de o contribuinte ter sido chamado a pagar os calotes(os piegas que comiam mulheres e bebiam vinho, lembram-se?...), os bancos não deixaram de exigir o dinheiro de volta àqueles que se mantêm no ativo.
Se fosse uma PME, o "investidor" estaria falido e expurgado de tudo o que estivesse em seu nome.
Sendo oligarca, tal não acontece.
É para isso que serve a segurança social das corporações.

Tavisto disse...

Face ao recrudescer da pandemia, a necessidade de mobilizar todos os recursos da saúde parece indiscutível. O maior problema é que chegámos aqui sem separar setores, com uma reforma hospitalar do SNS por fazer, em que a promiscuidade pública/privada é total. Face a este panorama não há soluções fáceis e, pela força dos grupos económicos privados e seus aliados, é caso para dizer que a situação para o SNS é mesmo muito complicada.

Manuel Galvão disse...

Há muitos empresários que vivem dos dividendos das ações. Se as empresas não derem lucro ficam na miséria. Coitados!
Por isso o Estado deve fazer contratos PPPs que não são mais que contratos de Lucro Mínimo Garantido (LMG).

Anónimo disse...

Os nomes dos ditos grandes caloteiros misturam-se com a qualificação do tipo de sociedade em que vivemos. Em que a hegemonia dos mercados e dos negócios feitos â medida dos oligopólios se impõem a tudo e todos
Também na saúde
Esta sociedade neoliberal não presta mesmo.
Porque a economia deve ser posta ao serviço das pessoas
E é o cidadão que ê o elemento central da sociedade e não o “ contribuinte” como ê moda do jargão neoliberal

Anónimo disse...

Entretanto Rui Moreira enche aquele peito de facilitador de negócios e aparece como promotor dum sistema nacional de saúde, feito â medida dos comparsas
E a comunicação social, a começar pelo público, que até permite a leitura de toda a notícia, faz o que tem a fazer para justificar o dinheiro investido
Uma vergonha

estevesayres disse...

Quer queiramos quer não a RTP (e não só) tem sido palco de muitos políticos tantos eles da direita e extrema-direita e da "esquerda". Vejamos o caso dos Açores (eleições) -, agora os de "esquerda" choram lágrimas de crocodilo por darem o mais de tempo de antena, à direita e a extrema-direita!!!

Anónimo disse...

Este João Pimentel Ferreira sempre gostou das PPP
Não larga o osso.

Anónimo disse...

Qual é a questão do CONTRIBUINTE, afinal?
O neoliberalismo não tem qualquer preferência pelo contribuinte, excepto quando é necessário socializar os prejuízos dos privados NÃO CONTRIBUINTES.
Aliás, os neoliberais pretendem eliminar ás elites o encargo do pagamento de impostos (trump diz-lhe alguma coisa?...)
Portanto, o CONTRIBUINTE é, para os neoliberais, a "mercadoria" que paga o jantar.
Eu entendo porque é que faz a diferença, mas tenho-lhe a dizer que eu sou cidadão e contribuinte em simultâneo e não me envergonho nem de uma coisa nem da outra.

Jaime Santos disse...

João Rodrigues, entre ceder e arriscar a vida de terceiros, a cedência é sempre melhor. E quando a leninismos como a requisição dos hospitais privados, ainda não chegamos lá, graças a Deus...

Anónimo disse...

Há qualquer coisa de perverso em aproveitar um crise económica tanto mais grave quanto não se lhe conhecem contornos nem fim, a que acresce uma pandemia, para acrescer despesa permanente e desperdiçar meios disponíveis, por critério que dispensa contas!

Anónimo disse...

Ceder sempre à chantagem dos grandes grupos privados
Que como se sabe continuam a agir como se a saúde fosse um grande, um enorme negócio. E que continuam a querer o filet mignon da coisa
Jaime Santos é a prova que o PS a continuar assim vai ter um triste fim. As pessoas não costumam esquecer os que se passam para o outro lado

Anónimo disse...

Este choradinho do Ayres revolta as tropas de qualquer rebolucionario que se preze
Então ê por causa disso que a direita ganha nos Açores? É pá, isso parecem as análises daquele tipo suspeito o tal Pimentel Ferreira

Anónimo disse...

Ahahah
Um neoliberal a tentar justificar o apetite pelo bolso dos contribuintes
E até a usar o Trump na coisa. Que como se sabe protege os que deviam ser os grandes contribuintes O paleio é este mesmo.
Até parece o outro a ser apanhado com o discurso do contribuinte manhoso à espera que lhe diminuam os impostos, enquanto faz salamaleques aos grandes grupos privados em português e em holandês
É o capitalismo estupido

Anónimo disse...

E essa perversidade manifesta-se na conta choruda que os interesses privados na saúde querem fazer crescer. Pretendem que paguemos a despesa permanente que eles se propõem fazer, enquanto acenam com os meios disponíveis só para doentes seleccionados
As contas dos trafulhas neoliberais que eles pretendem dispensar

OakWood disse...

Não deixo de achar extraordinário o ar de cachorrinhos arrependidos que toda esses malteses poem quando falam de por o Estado a financiar no privado o que o governo não tem conseguido (ou querido) reforçar no Público, nem que fosse, no mínimo, para repor o que governos anteriores foram desmantelando no SNS, favorecendo esses mesmos privados.

Anónimo disse...

Dá gozo ver o tal Pimentel Ferreira oscilar entre os apartes indirectos em que tenta vender a sua ideologia e os comentários com que tenta aparecer como um verdadeiro homem decente, daqueles que luta pelo SNS
Umas vezes maltês Outras vezes maltês versão cachorrinho a repor o seu discurso

estevesayres disse...

O SNS esta como esta por culpa de uns canalhas que tem desgovernado este País -,também por culpa de maioria da comunicação social que se tem ajoelhado ao poder politico e ideológico...

Anónimo disse...

A possibilidade da requisição dos hospitais privados não está na Lei de bases da saúde?

Aprovada por quem?

Agora isto já é “ leninismo” ? O Jaime Santos não será o Marques Mendes a fazer-se passar pelo seu gémeo, o Francisco Assis?

Anónimo disse...

Tenta corrigir a mão o travesti de educador da classe operária
Afinal a culpa da vitória da direita não foi só da comunicação social mas sim dos canalhas do desgoverno. Mas também da comunicação social. Mas também dos canalhas. Mas e a CS ? Não, ê melhor falar antes dos canalhas. Mas não pelas eleições. Pelo SNS. Pelas eleições fica só a comunicação social.
O Arnaldo até dá voltas na tumba ao ver isto. Só fazendo copy paste do livrinho dos discursos dele se consegue esconder o douto Ayres

Anónimo disse...

Os hospitais privados, fazem o favor de disporem algumas camas para tratar a Covid, a 12 mil euros o doente.

Em tempos de PANDEMIA, a requisicao civil IMPOEM-SE,afinal estamos a ser todos requisitados, nao podemos ir para outro concelho, nao podemos visitar parentes, nao podemos ir aos cemiterios, as empresas estao sujeitas a uma serie de limitacoes, e muitos trabalhadores sao obrigados ao teletrabalho, e viram os seus salarios reduzidos, em suma todos sao requisitados civilmente, EXCEPTO.

Os hospitais privados.