segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Isto não é normal

A sabedoria convencional quer sempre fechar os chamados parênteses da história e regressar ao status quo ante. Hoje, é preciso lembrar a catástrofe da economia política desse mundo dito normal. Perante a encarnação desse desejo, perante Biden, tem a palavra Robert Reich. É um dos melhores exemplos da economia política social-democrata nos EUA, rompendo com os chamados novos democratas, depois de ter sido secretário de estado do trabalho durante a presidência Clinton:

“A normalidade deu origem a Trump e ao coronavírus. A normalidade significou quatro décadas de salários estagnados e um aumento da desigualdade, de tal forma que quase todos os ganhos económicos foram canalizados para o topo. A normalidade significou 40 anos de redes de apoio social rompidas e o mais caro e desadequado sistema de saúde do mundo moderno. A normalidade é a brutalidade policial. A normalidade é a mudança climática à beira da catástrofe.” (minha tradução)

17 comentários:

Anónimo disse...

Muito direto ao ponto!

Anónimo disse...

Esses 40 anos incluirão os da presidência Clinton, da qual foi secretário de estado do trabalho? Não se poderia encontrar melhor exemplo de progressismo? Ou aplicar-se-à o clássico "faz o que eu digo, não faças o que fiz?"

Geringonço disse...

E o que diz Robert Reich sobre o imperialismo que é o velho normal.
Quer Reich também romper com o complexo militar industrial que Clinton e Biden tanto se esforçaram e esforçam em servir?
Romper com o complexo militar industrial é romper com uma economia que foi estruturada para o servir, é romper com uma economia do terror, morte e imperialismo.
Será que Reich está preparado para para romper com o poder que controla os EUA?

JE disse...

Mais uma vez na mouche

Com uma clareza espantosa. Eis a diferença entre um social-democrata e os de pacotilha, que se bandearam de vez para o outro lado

E por isso a direita não perdoa.

Um quer encontrar uma voz melhor de progressismo, numa espécie de desfile de "progressismos", a ver qual o que tem o "progressismo" maior, com o claro intuito que a ideia transmitida por Reich, através de JR, apareça camuflada

Outro (o mesmo) assume-se mesmo como um rebolucionário de opereta

Um rebolucionário de opereta, que se continua com a mesma opereta de rebolucionário e com o mesmo fim.O mesmo geringonço, que mais não é que joão pimentel ferreira ou aonio eliphis ou nuno carvalho etc etc etc

Com a sua (a)chega habitual

Anónimo disse...

Vai lá perguntar ao social-democrata Reich se se arrependeu de ter trabalhado com Clinton. E, depois, googla glass-steagall.

JE disse...

Por acaso fui ver a fileira progressista a ver qual deles é mais progressista

glass-steagall?

O tal google diz que "A 12 de novembro de 1999, a lei foi completamente revogada pelo lobby do setor financeiro junto ao Congresso Estadunidense, sendo então substituída pela Lei Gramm–Leach–Bliley (Gramm–Leach–Bliley Act ou Financial Services Modernization Act). A revogação da Glass-Stegall removeu a separação que antes existia entre os bancos comerciais e os bancos de investimento, os quais, fundamentalmente, especulam com títulos mobiliários.

Acontece( e continua-se no google) que em 1996, between Clinton's re-election and second inauguration, Reich decided to leave the department.

Só googles curiosos estes

Prefiro destes exemplos da economia política social-democrata nos EUA, rompendo com os chamados novos democratas.

“A normalidade deu origem a Trump e ao coronavírus. A normalidade significou quatro décadas de salários estagnados e um aumento da desigualdade, de tal forma que quase todos os ganhos económicos foram canalizados para o topo. A normalidade significou 40 anos de redes de apoio social rompidas e o mais caro e desadequado sistema de saúde do mundo moderno. A normalidade é a brutalidade policial. A normalidade é a mudança climática à beira da catástrofe.”

Não chega dizer? Claro que não.

Mas "isto não é mesmo normal".

(Quanto a Clinton, ele fez parte da "normalidade", olá se fez)

Anónimo disse...

E em 2016, apoiou Bernie Sanders e tudo. A questão não é a mensagem, é mesmo o mensageiro! No mínimo é um ingénuo: https://www.jacobinmag.com/2016/02/bill-hillary-clinton-labor-union-yale-law/
E quem dá crédito a ingénuos?

JE disse...

Pois lá está. Um ingénuo. Mas não negando essa possibilidade, essa mania de escalonar o "progressismo" de acordo com as necessidades imediatas parece coisa saída de mentes um pouco repassadas

Por um lado sem se aterem a princípios revolucionários, sobretudo das lições tiradas pelo líder da Revolução russa.

Depois por um enquistamento, esse sim reacionário, de pregar as pessoas ao passado

Algo que não é utilizado pelos verdadeiros reaccionários

O caríssimo durão barroso não poderia alcançar os cargos que alcançou. Ou Santana Lopes. Já para não falar no percurso de todos esses radicalistas pequeno burgueses de fachada socialista


Anónimo disse...

A direita adora os convertidos já a esquerda...

Anónimo disse...

Pequeno burgueses de fachada socialista, dizes bem!

JE disse...

Ah...

...aqueles são convertidos...

OK. Se tu ainda estás nessa fase, não digo mais nada. Cada um tem a crendice que quer, lolol

JE disse...

"Pequeno burgueses de fachada socialista, dizes bem!"

Eu sei que digo bem. Por isso a utilizei e gosto que outros a apreciem. Mas não sou egoísta, não me importo que outros a usem

Tive e tenho bons mestres

Anónimo disse...

Não faço ideia a que "fase" te referes. Tu e o João Rodrigues saberão. Sucede que Reich parece daqueles que não dizem o que fazem e não fazem o que dizem.

JE disse...

Não fazes ideia?

A de fazer passar por convertidos o que não é outra coisa senão opções de classe

Esta parece de un ignorante como aquele tipo que dá pelo nome de joão pimentel ferreira. Toda a gente concorda ( e tu tamvbém de certeza) que é um Facilitador de Processos ao serviço das causas mais de direita extremas

Mas cada qual tem as suas crenças.

Anónimo disse...

Tu ė que disseste que era "crendice". O que existem é conversões autênticas e conversões (opções de classe?) de fachada.

JE disse...

Está confirmado

Este "anónimo" que dá pelo nick de "anónimo" e que entrou de rompante a dizer aquilo que aí em cima disse, não é outro senão joão pimentel ferreira

O "rebolucionário" anónimo traveste-se de rebolucionário com um duplo objectivo ( para além de outro que se dirá mais tarde):

-Para esconder e ocultar a mensagem
-Para atacar o mensageiro

Se preciso for usando o tipo de linguagem aí em cima patente. Um de um vero "rebolucionário", daqueles que "fazem o que dizem" e que são de todo diferentes dos citados por aqui.

JPF deita a sua peculiar trampa para cima de quem escreve e de quem é citado. Travestido nesta coisa que se revela assim como um verdadeiro Facilitador de Processos

Não conta todavia com a sua indigência intelectual. E a desonestidade intelectual acaba por se revelar

É também por estes processos que alimenta muitos e variados nicks. Com um deles tenta desesperadamente alcançar carta de alforria. Depois fará as fitas que agora aqui fez. Um tal de geringonço a fazer geringonçadas, todas muito rebolucionárias

Não passa

JE disse...

E como jpf, sob anonimato, quis vilipendiar o autor do post e esconder o que este trouxe, retomemos o fio à meada:

"Tem a palavra Robert Reich. É um dos melhores exemplos da economia política social-democrata nos EUA, rompendo com os chamados novos democratas, depois de ter sido secretário de estado do trabalho durante a presidência Clinton:

“A normalidade deu origem a Trump e ao coronavírus. A normalidade significou quatro décadas de salários estagnados e um aumento da desigualdade, de tal forma que quase todos os ganhos económicos foram canalizados para o topo. A normalidade significou 40 anos de redes de apoio social rompidas e o mais caro e desadequado sistema de saúde do mundo moderno. A normalidade é a brutalidade policial. A normalidade é a mudança climática à beira da catástrofe.”

Reich, um social-democrata que rompeu com a tralha dos "novos democratas", deixa à beira de um ataque de nervos qualquer pelintra neoliberal.