quinta-feira, 23 de agosto de 2018

É difícil despedir em Portugal?

É recorrente o discurso sobre uma alegada «rigidez do mercado de trabalho» em Portugal, que se traduziria, entre outros aspetos, na dificuldade das empresas portuguesas em despedir. Essa ideia, muito enraizada na opinião pública e que constitui um dos principais argumentos do mantra dos que defendem a implementação de «reformas estruturais» (a que se referem insistentemente, por exemplo, organizações como a OCDE, Comissão Europeia e o FMI), parece contudo não refletir a opinião dos próprios empresários.

Com efeito, de acordo com os resultados de um inquérito recentemente realizado pelo INE, apenas 12% dos patrões considera que a dificuldade em despedir constitui um obstáculo muito elevado à atividade das empresas, não indo além de 22% os que consideram esse obstáculo como elevado. Em contrapartida, 14% dos empresários portugueses refere não ter qualquer dificuldade em despedir, perfazendo 35% o universo de empresários que consideram o despedimento um obstáculo reduzido ou muito reduzido para a atividade das suas empresas.


Por setores, a facilidade em despedir (nenhuma dificuldade e dificuldade reduzida ou muito reduzida) atinge os 53% na indústria, situando-se no limiar dos 50% nos casos da construção e imobiliário e dos transportes e comunicações. No setor do alojamento e restauração, que se destaca pelo peso das respostas «não sabe/não responde/não se aplica» (42%), a facilidade em proceder ao despedimento de trabalhadores atinge os 22%. Ou seja, em nenhum setor de atividade, de facto, a dificuldade de despedir supera o peso relativo dos empresários que acham que esse não é um obstáculo relevante à sua atividade.

Estes dados, que dizem muito mais sobre a economia como ela é do que as conjeturas e agendas ideológicas de diversos especialistas, são indissociáveis de uma outra ideia de senso comum, igualmente infundada e profusamente difundida: a ideia de que o «fator trabalho» é central no conjunto de custos das empresas, quando o seu peso relativo é na verdade sobrevalorizado (uma vez que ronda em média, cerca de 20% do total desses custos). Ou seja, uma sobrevalorização que joga, mesmo em termos de debate público, em desfavor de outros custos - nomeadamente dos custos de contexto - efetivamente relevantes para equacionar a melhoria dos níveis de produtividade e competitividade da economia portuguesa.

44 comentários:

Jose disse...

«a dificuldade em despedir constitui um obstáculo muito elevado à atividade das empresas» - mais um contributo para as ‘estatísticas programáticas’.
No que está bem não há problemas.
Depois de anos como precários dá para se saber quem se tem.
Só se toma conhecimento das dificuldades quando se precisa de executar despedimentos.
Empresas há que perderiam trabalhadores para a concorrência, não fosse a crença nos direitos.

A pergunta certa seria: Admite facilmente trabalhadores sem prazo face às leis de trabalho existentes?
As maiores vítimas são os trabalhadores: mal pagos em maus empregos, bloqueados por supostos direitos a perder e precariedade em novas admissões.

Pedro disse...

José.

Os trabalhadores são melhor pagos quando podem ser facilmente despedidos ?

Vocês não têm vergonha das idiotices que dizem ?

Anónimo disse...

Crença nos direitos?

Ah, este linguarejar dos patrões desta índole ê sempre surpreendente

Anónimo disse...

As maiores vítimas são?

Ah, este choradinho hipocrita e piegas pelos trabalhadores, por parte dum patronato medíocre e caceteiro ainda é mais celestial

Anónimo disse...

E é por isso que José porfia em prol das vítimas e do dinheiro s transferir para os offshores da ordem

Um verdadeiro altruísta. Como quando pedia mais desemprego e invectivava a troika a ir além da troika.

É desta massa que são feitos os consultores financeiros ao servico de.

Anónimo disse...

Oportuníssimo post!!

Jose disse...

Para além do Cuco, também o Pedro parece ter a protecção dos editores.

Direi tão só: Os trabalhadores são melhor pagos quando podem ser facilmente admitidos.

Pedro disse...

José.

Qual proteção é que eu tenho dos editores ?

- Os trabalhadores mais facilmente admitidos são os que são os que têm ordenados de miséria. Em ultima anàlise se teabalharem gratuitamente ainda é mais fácil admiti-los, vide o pessoal dos "estágios" fraudulentos.

Que isso seja do interesse dos trabalhadores, ter o mesmo nível de vida que se estivessem desempregados é que é conversa de vendedor de banha da cobra.

Anónimo disse...

Não é comovente como um representante oficial de uma confederação patronal, agora sob o nickname de josé, especialista em relações de trabalho e apologista sem escrúpulos dos anos de chumbo da troika, aparece agora a defender melhores salários para quem trabalha ?

Desde que sejam facilmente admitidos?

Embora o post fale no “sejam facilmente despedidos”?

Esta linguagem consubstancia logo uma fraude. Própria exactamente de quem foi pago pelos patrões para o efeito.

Este carinho patronal é um espanto. É o mesmo que colocar um Passos Coelho como advogado de defesa e a verter lágrimas pelos que se viram obrigados a emigrar durante o seu consulado

Jose disse...

A iliteracia é problema para que não tenho grande vocação para contribuir, até porque não raro é pura desconversa.

Vou dar exemplo de um trabalhador independente (dos autênticos=: propõe um resultado e um preço a quem o contrata; são facilmente admitidos e despedidos em função de os resultados serem recorrentes ou pontuais ou falhados.

Ora o ideal esquerdalho é o oposto disto: querem vender horas de presença, não cuidam de saber o que se espera deles nem cuidam de propor resultados do seu trabalho; não raro guiam-se pelo principio do 'tal dinheirinho, tal trabalhinho' ao gosto individual de cada um ou do grupo em que integra e esperam que a vida passe com uma ou outra luta, sempre justíssimas.
São dificilmente admitidos e dificilmente despedidos.

Dir-se-à que uma empresa bem estruturada supre esta pasmaceira com uma boa organização e definição de processos. Assim é, mas requer meios e dimensão, e sobretudo uma estabilidade de processos propícia a uma força de trabalho sem profissionalismo e sob a influência da permanente arenga de serem os coitadinhos na fita da exploração.

Pedro disse...

Obviamente que a facilidade em despedir cria medo entre os trabalhadores, o que leva o patronato conseguir baixar mais os salários.

Como se viu com as políticas do Passos, traidor à pátria a soldo dos neoliberais alemães..

Jorge cerqueira disse...

Traidores foram os que chamaram a troika apos gastarem o dinheiro dos nossos netos para se manterem no poder

Jose disse...

Acontece que os comentários às bestialidades que diz Pedro, que parece agora em competição com o Cuco nessa área, não são publicadas.

Carinho dos editores...


Anónimo disse...

Jose dixit:
"A iliteracia é problema para que não tenho grande vocação para contribuir, até porque não raro é pura desconversa"

A iliteracia tem destas coisas.

Já a vocação do jose é de outra índole.

E um exemplo está aqui soberbamente exemplificado, mercê desta sua tentativa em fazer passar por facilidade em admitir quando se fala me facilidade em despedir.


Anónimo disse...

Jose dixit:
"Vou dar exemplo de um trabalhador independente (dos autênticos=:"

Estes exemplos são também característicos. Tal como é risível alguém como jose vir assumir o choradinho de quem trabalha, também estes "exemplos" se alicerçam no palavreado de quem vive da exploração do mundo do trabalho

Repare-se neste início:um trabalhador independente ( dos autênticos=:"

Há os trabalhadores autênticos e os não autênticos. E há também os trabalhadores independentes e os não independentes.

E há os joses, dependentes da exploração de uma mão-de-obra barata. Da autêntica,claro

Anónimo disse...

E depois temos o exemplo do jose.
"propõe um resultado e um preço a quem o contrata; são facilmente admitidos e despedidos em função de os resultados serem recorrentes ou pontuais ou falhados"

Uma espécie de defesa aprimorada do trabalhador à jorna. Um ideal de antes de Abril, praticado por um patronato que viveu à sombra de Salazar e da pide.

Um ideal que fez enriquecer muito pato-bravo e muito canalha.

Um ideal pelo qual jose chora e se lastima

Anónimo disse...

E depois temos o exemplo do jose.
"propõe um resultado e um preço a quem o contrata; são facilmente admitidos e despedidos em função de os resultados serem recorrentes ou pontuais ou falhados"

Uma espécie de defesa aprimorada do trabalhador à jorna. Um ideal de antes de Abril, praticado por um patronato que viveu à sombra de Salazar e da pide.

Um ideal que fez enriquecer muito pato-bravo e muito canalha.

Um ideal pelo qual jose chora e se lastima cheio de saudades sentidas

Anónimo disse...

Temos o "exemplo" que jose dá

Segundo ele "o ideal esquerdalho" blablabla e mais blablabla e são uns tipos que ousam ainda por cima "lutar"

Percebe-se que jose está em órbita. A palavra "luta" põe-o neste estado lastimável. Note-se contudo que é o próprio que a cita, numa manifestação assaz pertinente de mais desvairadas saudades pelo salazarismo criminoso.

É que nesse tempo estava lá a pide, algumas forças armadas, uma parte significativa da Igreja, a legião, um patronato caceteiro e reles, a escumalha do regime.

E estava lá para quê?

Para se oporem a qualquer "luta" ou algo que cheirasse a tal

Essa de, num regime democrático serem admitidas greves não entra na cabeça deste jose

Anónimo disse...

Mas todo este choradinho por parte de jose em torno dos trabalhadores que não se resignam à sua sorte de fiel suporte das sacanices patronais vai desembocar a isto:

Jose dixit":São dificilmente admitidos e dificilmente despedidos.

Ora bem. Continuamos sem saber por que processos ínvios e desonestos o "facilmente despedidos" denunciado no post se transforma na linguagem deste jose em "facilmente admitidos"

Mantém-se a manipulação e a fraude. Agora transformada num dificilmente admitidos e num dificilmente despedidos

Confirma-se que a iliteracia tem destas coisas e que este jose não sai muito favorecido neste aspecto

E confirma-se a vocação do jose

Anónimo disse...

Mas há mais confirmações.

É que os dados objectivos trazidos aqui pelo Nuno Serra merecem como resposta este conjunto de tretas sem sentido ( ou com demasiado sentido) debitadas por jose e consubstanciadas no "exemplo" que dá.

É um pouco afrontoso para as capacidades intelectuais de quem vem assim a correr agitar os seus princípios ideológicos e os seus fantasmas particulares.

(Que no fundo não traduzem mais do que o seu profundíssimo empenho nesta luta de classes que se trava).

Mas tão em contra-mão do que é referido no post e de que se cita:
"em nenhum setor de atividade, de facto, a dificuldade de despedir supera o peso relativo dos empresários que acham que esse não é um obstáculo relevante à sua atividade."

Estes dados objectivos dizem muito mais do que as conjeturas e agendas ideológicas do "especialista" jose

Mas na sua permanente arenga de serem os coitadinhos na fita dos exploradores, jose também tenta fazer passar a mensagem que o "«fator trabalho» é central no conjunto de custos das empresas, quando o seu peso relativo é na verdade sobrevalorizado (uma vez que ronda em média, cerca de 20% do total desses custos)".

Percebe-se muito bem, oh se se percebe, a vocação de jose

Anónimo disse...

Jorge cerqueira vitor joão pimentel ferreira fala em traidores.

Ele, coitado que nem tem netos, o que demonstra logo o seu estilo de demagogo sem escrúpulos.

Ora bem. Quem chamou a troika foram os banqueiros, os donos das PPP, o PS, o PSD, o PP. E chamaram-na não só para se manterem no poder. Chamaram-na com intuitos bem objectivos de impor um processo austeritário, que visava também o fazer pagar o erário público pelos desmandos do capital privado. Liquidando no processo o estado social e privatizando o que ainda restasse por privatizar

E obviamente procurando o ajuste de contas com Abril

Buíça disse...

Não acho que actualmente seja muito dificil despedir no sector privado, estamos mais ou menos na média europeia.
Nem que isso contribua para o salário de alguém ser mais alto ou mais baixo.
Escandaloso é o tamanho do sector em que é praticamente impossível despedir quem quer que seja, trabalhe bem, mal ou nada.

Cada caso é um caso e idealmente cada um deveria ser pago na justa medida em que o seu trabalho é importante ou acrescenta valor para a empresa.

É isso que deve orientar o trabalhador: que o seu trabalho tenha a melhor qualidade e mérito possível, que o torne indispensável. É isso que deve ser premiado pelo empregador e que despertará a cobiça de outros empregadores. É isso que vai fazer a empresa prosperar e crescer e precisar de mais trabalhadores.

Pedro disse...

Quem obrigou a chamar a troika foi o Passos quando sabotou o primeiro plano de ajuda que vinha com o pec4.

Traiu o país para ir mais depressa ao pote.

Vitor disse...

Caro Pedro,
eu penso que existem dois efeitos quando é mais fácil despedir um trabalhador:
1) por um lado o efeito que o Pedro referiu, em que a facilidade de despedimento, permite uma maior rotatividade e enfraquece a capacidade negocial do trabalhador perante a entidade patronal
2) por outro lado uma maior facilidade em despedir permite que uma entidade patronal "arrisque" mais facilmente a contratar mais trabalhadores e a oferecer salários mais altos para conseguir captar trabalhadores de outras empresas, que vai na linha do que referiu o José.

Na minha opinião o efeito 1) sente-se mais em alturas em que existe um excesso de trabalhadores para os postos de trabalhos disponíveis, especialmente em áreas menos diferenciadas em que é fácil captar outros trabalhadores para um determinado posto de trabalho. O efetio 2) é mais relevante em alturas de crescimento económico em que é difícil encontrar trabalhadores para os postos de trabalho disponíveis, especialmente em áreas diferenciadas, e os empregadores têm de competir pelos empregados existentes.

Por isso, como afirmam muitos dos comentadores, acho que foi uma medida completamente errada a facilitação do despedimento numa altura de recessão como a que foi feita com o governo de Passos Coelho, nesse período as medidas deviam ter sido exatamente ao contrário no sentido de não facilitar os despedimentos e assim preservar os postos de trabalho.

Neste período de crescimento económico a meu ver, o mais relevante seria tomar medidas que desincentivassem o recurso às "falsas" formas de contrato de trabalho como os recibos verdes, o trabalho temporário e as empresas unipessoais, de modo a que os trabalhadores efetivamente tenham um contrato de trabalho.

Mas sim Pedro em certas profissões, por exemplo na informática, quem trabalha a recibos verdes (ou seja é fácil de dispensar), muitas vezes recebe mais do que quem trabalha com contrato de trabalho fixo. Penso que a realidade varia muito de área para área.



Pedro disse...

Vitor

Em certas áreas muito específicas pode verificar-se o efeito 2.

Mas na esmagadora maioria dos casos verifica-se o efeito 1 que eu referi.

Porque não somos nem podemos ser todos engenheiros informáticos, nem a economia o comportava.

Um bom exemplo é que estamos a crescer mas os salários continuam baixos.

Li há umas semanas que os empresários do sector do turismo e restauração, neste período de boom da atividade se estão a queixar de falta de pessoal.

Queixam-se mas não aumentam os salários baixíssimos do sector, o que naturalmente resolveria o problema e até nos é vendido como o processo normal do funcionamento do mercado.

Acontece que não é. Existe outro fator que é a especulação de quem domina o mercado, que nunca é levado em conta nas teorias liberais.

No caso, reflete a superior capacidade negocial do patronato, que lhe permite controlar o mercado de trabalho no seu interesse.

O factor tempo, tão querido de Mises, tem aqui o seu valor.

Um patrão pode jogar com o tempo médio e longo, protelando. Pode reduzir a qualidade do serviço, sobrecarregar os seus outros trabalhadores, esticando a corda.

Um trabalhador não. Precisa da comida no prato todo os dias, a sua margem de manobra é menor e tem de aceitar piores condições com mais facilidade.

É assim que os empresários desse sector se queixam da falta de mão de obra mas podem deixar andar, sem melhorar as condições que oferecem um cêntimo que seja.

Um trabalhador encostado à parede teria de aceitar imediatamente as péssimas condições oferecidas - como os patrões vão arranjando centenas de milhar que aceitam apesar das queixas de falta de mão de obra.

Anónimo disse...

Vitor e o "vai na linha do que referiu o jose". Agora a meter a marcha-atrás do que andou por aí a dizer.

O que a necessidade estratégica ideológica obriga o vitor pimentel ferreira a dizer.

Mas veja-se como no fim daquele choradinho em prol deste e daquele o coitado vitor conclui na linha do jose
"Mas sim Pedro em certas profissões, por exemplo na informática, quem trabalha a recibos verdes (ou seja é fácil de dispensar), muitas vezes recebe mais do que quem trabalha com contrato de trabalho fixo."

É um querido mais a defesa da defesa do jose mais a defesa do mais fácil de dispensar.

Embora o vitor pense que a realidade blablabla

Vitor disse...


"Porque não somos nem podemos ser todos engenheiros informáticos, nem a economia o comportava." Bom se fossemos talvez a economia Portuguesa estivesse melhor pois até parece que temos empresas nessa área como a Feedzai que estão a ter muito sucesso. Mas sim concordo consigo que provavelmente esta realidade não se aplica à maioria dos trabalhadores.

"Um bom exemplo é que estamos a crescer mas os salários continuam baixos."
Caro Pedro, na minha opinião isto deve-se ao facto de ainda existirem muitos desocupados que as estatísticas do desemprego não mencionam. E por outro lado mesmo o desemprego oficial ainda anda por volta dos 5-7% não é? Não é propriamente baixo.

Outro fator muito importante, especialmente no crescimento do valor dos salários dos trabalhadores mais indiferenciados é a questão da imigração. Fala-se muito pouco disso mas penso que é relativamente óbvio que a entrada de números relevantes de imigrantes em Portugal no período de recuperação económica vai contribuir para a estagnação dos salários de profissões mais indiferenciadas.

"Queixam-se mas não aumentam os salários baixíssimos do sector, o que naturalmente resolveria o problema e até nos é vendido como o processo normal do funcionamento do mercado."
Mas em que se baseia para dizer que não aumentam os salários? Vale o que vale mas há relativamente pouco tempo li um artigo a dizer que o valor/hora dos serviços de limpezas em Lisboa tinha aumentado significativamente em Lisboa por exemplo.
Sempre que leio esses artigos com empregadores a queixarem-se que não conseguem arranjar trabalhadores encaro como sendo uma boa notícia e um sinal que efetivamente estamos no caminho certo.
Nesta fase de crescimento os empresários vão-se queixar sempre que é difícil encontrar trabalhadores e penso que o principal objectivo é que se facilite ainda mais a imigração (que mesmo assim já é extremamente facilitada em POrtugal diga-se de passagem). Agora cabe aos responsáveis políticos gerirem se querem facilitar a imigração e manter os salários baixos ou se preferem restringir um bocado e promover a subida dos salários.
Eu relativamente a este tópico não tenho uma posição muito definida sinceramente. Somos um país de emigrantes por isso também me custa que se dificulte demasiado a entrada de pessoas em Portugal mas reconheço que isso prejudica as pessoas com menores salários por isso acho que é necessário um equilíbrio.






Anónimo disse...

Estas pérolas do vitor pimentel ferreira são mesmo isso. Verdadeiras perolas:

-Bom se fossemos (todos engenheiros informáticos) talvez a economia Portuguesa estivesse melhor"

Ou o umbigo em forma de informático, a espalhar-se por todo o universo
( pimentel ferreira, informático , com uma loooonga carreira para findar o curso)


-"provavelmente esta realidade não se aplica à maioria dos trabalhadores".

Só provavelmente. Mas vitor ainda não tem a certeza


-"na minha opinião ( do vitor) (o estarmos a crescer mas os salários continuam baixos) deve-se ao facto de ainda existirem muitos desocupados que as estatísticas do desemprego não mencionam"

Coitado . Repete a agenda pafista e esquece-se de mencionar por exemplo a legislação laboral modificada em função dos interesses do patronato. Ou a facilidade no despedimento. O problema está nas estatísticas, pois claro


-"Outro fator muito importante, especialmente no crescimento do valor dos salários dos trabalhadores mais indiferenciados é a questão da imigração."

Ou de como a direita e o neoliberalismo aqui exemplificado por vitor pimentel ferreira já está a pegar no tema. Tem razão ST no seus alertas


Anónimo disse...

Mais pérolas do vitor pimentel ferreira:

-"Mas em que se baseia para dizer que não aumentam os salários?" Aqui há tempos o vitor pimentel ferreira leu um artigo num jornal do patrão que falava que não, que já estavam a pagar por serviços de limpeza/hora mais ainda do que a um engenheiro informático?

Talvez dizer ao vitor que os factos são tramados e que a realidade mostra que os salários são mesmo baixos?
Pelo que o seu encarar "como sendo uma boa notícia e um sinal que efetivamente estamos no caminho certo" não passa de infantilidades tontas pelas notícias inventadas pelos donos de jornais que o vitor lê

Anónimo disse...

Pérolas do vitor sobre a imigração:

"a entrada de números relevantes de imigrantes em Portugal no período de recuperação económica vai contribuir para a estagnação dos salários de profissões mais indiferenciadas"

"penso que o principal objectivo é que se facilite ainda mais a imigração (que mesmo assim já é extremamente facilitada em POrtugal diga-se de passagem)."

"cabe aos responsáveis políticos gerirem se querem facilitar a imigração e manter os salários baixos "

"Eu relativamente a este tópico não tenho uma posição muito definida sinceramente"

"Somos um país de emigrantes por isso também me custa que se dificulte demasiado a entrada de pessoas em Portugal"

"isso prejudica as pessoas com menores salários"

Os alertas de ST não são de desprezar. A direita pura e dura a tentar cavalgar aquilo que a esquerda não deve menosprezar

Anónimo disse...

Buiça dixit:

"Escandaloso é o tamanho do sector..."

O tamanho do sector? Qual sector? O do Estado?
Mais outro a tentar sacanear as funções do estado. Em função dos interesses do mercado e da garra invisível?

Ah este buiça está cada vez mais parecidos com Macron, bandoleiro e banqueiro.
Ele também dizia e diz exactamente o mesmo. E também imitava e imita outros bem maiores que ele

Mas repare-se como reina a paz na discursata sobre o empregador e o empregado. A pátria não se discute dizia o outro. A posse dos meios de produção também não,a distribuição da riqueza também não, tudo a bem da empresa e do patrão

Os trabalhadores servem apenas a grandeza do mercado, do patrão e da sua bolsa

Ah , e servem também para despertar a cobiça dos outros empregadores.

Brilhante,buiça

Pedro disse...

Vitor.

- Se fossemos todos engenheiros informáticos a economia ia á falência em dez minutos.

Uma coisa que o pessoal da direita não entende é que não se "dá" emprego aos trabalhadores de base por caridade, mas porque são necessários à economia e ao funcionamento de qualquer empresa, mesmo de engenharia informática.

- Eu não li o artigo, mas é evidente que o pessoal das empresas de limpeza não recebeu aumento nenhum.

As EMPRESAS de limpeza estão a receber mais, os ACIONISTAS E ADMINISTRADORES estão a receber mais, mas não aumentam os funcionários.


Isso apenas confirma o que eu disse, o mercado não é uma instituição neutra que estabelece racionalmente o preço, mas um mecanismo controlado por especuladores.

Quando há crise baixam-se os salários. Quando não há crise deixam-se estar no nível da crise.

Quango há desemprego baixam-se os salários. Quando o desemprego desce, até pode haver falta de pessoal mas deixam-se estar os salários lá embaixo.

Como é óbvio as "regras" do mercado só funcionam para um dos lados…


- O facto de ainda haver desemprego não altera em nada o que eu disse. Em certos setores e regiões existe uma dificuldade real em contratar, pelo que mesmo que houvesse dez vezes mais desemprego, se essa dificuldade existe em certos setores específicos, segundo as aldrabices que os liberais nos impingem isso devia provocar um aumento salarial acentuado nesses setores para atrair os tais desempregados.

O facto disso não acontecer prova que o mecanismo de mercado que nos apresentam é uma aldrabice ideológica.

- O mesmo para a imigração. Pode haver muitos imigrantes, mas pelos visto não estão a acorrer em massa ao setor hoteleiro e restauração do Alentejo e Algarve. Se estivessem não havia falta de pessoal.

O que se passa é uma conjugação de salários baixos, trabalho sazonal e alojamento caríssimo, que afasta os trabalhadores.

Teriam de ir trabalhar para uns meses para o Algarve dormindo na cozinha do restaurante, se patrão deixasse, ou na rua, por um ordenado de miséria.

Obviamente que só se estivessem a morrer à fome as pessoas acorriam em massa a empregos desses - o que é aliás o objectivo do patronato ao pedir cortes na assistência social.

Vitor disse...

Caro Pedro,
Agradeço a sua resposta.

O principal topico do post eram os custos de despedimento, e efetivamente para quem trabalha a recibos verdes, trabalho temporário ou com empresas unipessoais o custo do despedimento é zero. A meu ver isso é que não faz sentido nenhum e deveria ser essa a prioridade, reduzir significativamente os trabalhadores que são forçados a trabalhar nestes moldes em que o custo do seu despedimento é zero.

Já tinha uma vez escrito aqui no blog que a meu ver algumas medidas que fariam sentido tomar seriam:
- aumentar significativamente o salário mínimo/ valor hora minimo do trabalho sazonal, temporário, etc. Na minha opinião não faz sentido que o valor do salário mínimo para um contrato de trabalho a tempo inteiro seja o mesmo que para um trabalho precário.
- as empresas de trabalho temporário deveriam ser obrigadas a ter os trabalhadores nos seus próprios quadros. Na minha opinião não faz muito sentido ter de se contratar um trabalhador temporário através de uma empresa que por sua vez recebe desconta parte do salário do trabalhador por esse "serviço". Ou pelo menos as condiçoes para que uma empresa normal contratasse diretamente um trabalhador deveriam ser iguais às das empresas de trabalho temporário.





Buíça disse...

"A posse dos meios de produção"...?
Mas em que século vive vc...?

Buíça disse...

"O mercado é um mecanismo controlado por especuladores"?
Vamos lá a ver, o "mercado" não é nem uma coisa nem outra e muito menos uma entidade conspirativa que decide colectivamente entre maximizar lucros ou criar empregos...
No turismo e imobiliário aumentou a procura e naturalmente há mais empregos; na produção de aparelhos de fax é capaz de haver menos e na banca havendo 10 vezes mais empregados do que trabalho para fazer as pessoas estão a ser despedidas, pré-reformadas etc.
Cada negócio tem os seus custos e despesas e o dono de cada um lá saberá do seu. No limite até podem fechar fábricas de faxes mas uma delas crescer imenso por conseguir um contrato fabuloso com algum país Africano que decida usar essa tecnologia...

O ponto é que nenhuma dessas decisões de gestao de cada negócio pode ser tomada por agregado num gabinete central, já sabemos muito bem como isso acaba, o século XX está repleto de cadáveres dessa ideologia. Não faz sentido esse ping-pong entre "ismos" de "direita" e "esquerda" ditarem se na minha mercearia vou contratar mais alguém ou despedir ou quanto lhes vou pagar ou se estou farto e a vendo ou fecho.

A lei pode proibir abusos dos direitos humanos sem ditar que alguém no ministério em Lisboa decida como vou gerir o meu negócio...

Imaginemos que tenho uma padaria durante 10 anos, juntei um pé de meia decido fechá-la porque sempre sonhei em juntar-me à revolução bolivariana numa bela praia venezuelana. O "estado" deve proibir-me, multar-me, impedir-me de saír do país ou confiscar o meu pé de meia?

Vitor disse...

Caro Buíça,
"No turismo e imobiliário aumentou a procura e naturalmente há mais empregos;"?
Há mesmo mais empregos? Na minha opinião há mais trabalho mas como são áreas em que a legislação atual favorece a contratação através de recibos verdes e empresas unipessoais e trabalho temporário a ideia que tenho é que não há propriamente mais empregos. Os trabalhadores que trabalham nessas áreas têm muito mais dificuldade em receber uma indemnização caso sejam despedidos, terem acesso às licenças de maternidade e parentalidade, subsídio de desemprego, baixa por doença.
Ou seja, pelo menos na minha opinião, estes trabalhadores estão numa situação muito desigual perante outros trabalhadores, e a meu ver deveriam ser adoptadas medidas que alterassem o estado atual de coisas.
Outra área onde penso que a situação ainda é pior é na agricultura, onde se fizeram investimentos enormes (públicos) como o Alqueva, e depois grande parte do emprego criado é em condições miseráveis onde se exploram migrantes Asiáticos, em vez de efetivamente se criar emprego para Portugueses.

Pedro disse...



Buiça.

Errou o alvo.

Eu não sou de esquerda nem e direita, sou independente.

O que não quer dizer que sou cego e que não veja que essas ideologias existem.

Existem e actualmente ainda regem a sociedade. Actualmente a direita de modo quase absoluto.

Houve um tempo em que eu, como independente, pensei que o fim da URSS era uma oportunidade para acabar com os excessos clubisticos ideológicos que davam cabo da sociedade.

Qual não foi o meu espanto quando assisti ao espetáculo da direita, em vez de seguir o caminho da conciliação se tornar cada vez mais agressiva, fanatizada e provocadora, aproveitando o adversário caído para relançar a luta de classes !

Fui bem enganado !

Afinal até os independentes precisavam da URSS…


Aquilo podia ser mau no leste, mas no ocidente obrigou o capitalismo a adoptar as políticas do "capitalismo de rosto humano".

O problema é deitaram fora a máscara e mostraram a sua carantonha odienta assim que o muro caiu…


Estão actualmente atentar escravizar os povos do ocidente tentando fazer esquecer a experiência social-democrata e impo~em um imperium financeiro em todo o mundo.

Tirando a Venezuela, a Coreia do Norte e Cuba, o paradigma direitista neo-liberal reina de modo quase absoluto.

Como tal tem enormes efeitos na sociedade. Essa ideologia pode ter algumas virtudes mas também defeitos e contradições.

No caso da direita apresentar o mercado como uma mecanismo imparcial que funciona de forma perfeita é aldrabice, pura banha da cobra.

O mercado é manipulado pelos agentes que alcancem o poder suficiente para o controlar.

Se não controlar esses agentes eles dão cabo da própria economia, como vimos em 1929, em 2007 e dezenas de outras situações pouco ou nada faladas em que especuladores á solta deram cabo de países inteiros e de milhões de vidas.

Quanto a "ditados" qualquer pessoa que viva em sociedade está sujeita a eles.

Como cidadãos, como trabalhadores, como automobilistas, como estudantes, como desportistas, como inquilinos, todos temos regras sociais a cumprir.

Essa de isentar os proprietários do poder económico de regras como as que todos estamos sujeitos, é neo-feudalismo puro e simples.

Estão a criar uma casta que vive acima das regras da sociedade e que está a destruir a sociedade.

Isto não é esquerdismo, é instinto de sobrevivência, é ética e é lógica.

O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente, já lá dizia o outro.

Ora se entregar demasiado poder a um grupo social, seja ele qual for, seja o comité central do partido comunista seja o conselho de administração do grupo Espirito Santo ou Wall street, é certo que vai haver porcaria.

E a nossa sociedade está a entregar o poder todo aos grupos financeiros.

Vai haver porcaria. Já há porcaria por todo o lado.

Como é que ainda alguém duvida é que é espantoso.

Pedro disse...



Buiça.

Errou o alvo.

Eu não sou de esquerda nem e direita, sou independente.

O que não quer dizer que sou cego e que não veja que essas ideologias existem.

Existem e actualmente ainda regem a sociedade. Actualmente a direita de modo quase absoluto.

Houve um tempo em que eu, como independente, pensei que o fim da URSS era uma oportunidade para acabar com os excessos clubisticos ideológicos que davam cabo da sociedade.

Qual não foi o meu espanto quando assisti ao espetáculo da direita, em vez de seguir o caminho da conciliação se tornar cada vez mais agressiva, fanatizada e provocadora, aproveitando o adversário caído para relançar a luta de classes !

Fui bem enganado !

Afinal até os independentes precisavam da URSS…


Aquilo podia ser mau no leste, mas no ocidente obrigou o capitalismo a adoptar as políticas do "capitalismo de rosto humano".

O problema é deitaram fora a máscara e mostraram a sua carantonha odienta assim que o muro caiu…


Estão actualmente atentar escravizar os povos do ocidente tentando fazer esquecer a experiência social-democrata e impo~em um imperium financeiro em todo o mundo.

Tirando a Venezuela, a Coreia do Norte e Cuba, o paradigma direitista neo-liberal reina de modo quase absoluto.

Como tal tem enormes efeitos na sociedade. Essa ideologia pode ter algumas virtudes mas também defeitos e contradições.

No caso da direita apresentar o mercado como uma mecanismo imparcial que funciona de forma perfeita é aldrabice, pura banha da cobra.

O mercado é manipulado pelos agentes que alcancem o poder suficiente para o controlar.

Se não controlar esses agentes eles dão cabo da própria economia, como vimos em 1929, em 2007 e dezenas de outras situações pouco ou nada faladas em que especuladores á solta deram cabo de países inteiros e de milhões de vidas.

Quanto a "ditados" qualquer pessoa que viva em sociedade está sujeita a eles.

Como cidadãos, como trabalhadores, como automobilistas, como estudantes, como desportistas, como inquilinos, todos temos regras sociais a cumprir.

Essa de isentar os proprietários do poder económico de regras como as que todos estamos sujeitos, é neo-feudalismo puro e simples.

Estão a criar uma casta que vive acima das regras da sociedade e que está a destruir a sociedade.

Isto não é esquerdismo, é instinto de sobrevivência, é ética e é lógica.

O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente, já lá dizia o outro.

Ora se entregar demasiado poder a um grupo social, seja ele qual for, seja o comité central do partido comunista seja o conselho de administração do grupo Espirito Santo ou Wall street, é certo que vai haver porcaria.

E a nossa sociedade está a entregar o poder todo aos grupos financeiros.

Vai haver porcaria. Já há porcaria por todo o lado.

Como é que ainda alguém duvida é que é espantoso.

Pedro disse...

Vitor.

No geral concordo com essas suas propostas.

A precariedade a existir em nome da flexibilidade devia ser compensada.

Um trabalho precário ser muito melhor remunerado seria uma forma de compensação e de por um travão no abuso e excessiva disseminação dessa situação.

Anónimo disse...

A posse dos meios de produção interroga-se buiça

Ficou perturbado? Doente? Enfastiado?

Não sabe o que é? Tem horror a que se saiba? Quer-se juntar a revolução neoliberal do friedman e não sabe como anunciá-lo?

Ou apenas está numa de modernaço e qual tia de Cascais exige que o sirvam de acordo com a moda mais hodierna?

Buíça disse...

Sim, eu não disse que eram empregos para a vida com ADSE gratis... mas isso já é um sinal dos tempos, a revolução tecnológica e digital a mim também me impressiona, já há poucos empregos ou carreiras, o que há é trabalhos e um dia destes as máquinas farão a maioria deles. Não vale a pena fazermos de conta que o mundo em que vivemos é outro, é o que é e temos que lidar com ele. Também tenho muitos receios e nenhuma solução.

Buíça disse...

Caro Pedro, para quem não é de direita nem esquerda transpira um tremendo ódio a uma tal de direita neoliberal... Deixe lá isso das direitas e esquerdas, com isso ninguém resolve nada. Ninguém além de absurdas retóricas partidárias (chamou-lhes clubistas e concord 100%) é obrigado a seguir cartilhas. O capitalismo em que acredito está doente e isso não me obriga a ser comunista.
Simplesmente não somos um país adulto politicamente, a política é totalmente clubista, há praticamente zero vozes independentes. A parte do "neoliberal" suponho que venha da globalização económica e financeira. Há de facto empresas maiores que muitos países e cada vez menos fronteiras na prática. Uma maioria num parlamento, um primeiro-ministro mais vaidoso ou menos preparado é tudo baratíssimo para certos interesses. É um dos problemas com que cada país tem de lidar, entre mil outros, eu só não acho que seja realista querer voltar ao século 20 ou que isso resolva alguma coisa. Cada um tem que organizar o seu país da maneira mais justa mas também mais livre que conseguir, sem cartilhas.

Pedro disse...

O que me está a dizer tem tanta lógica como afirmar que, por ser independente não posso ser contra o nazismo ou o estalinismo…

Sim, EU deixei-me de esquerdas e direitas, mas quem manda no mundo é de extrema-direita neoliberal.

Fechar os olhos e fingir que não se sabe isto é o que eles querem.

E o neoliberalismo não é só a nível global.

Graças a essa ideologia temos a nível local as PPP, as rendas da energia, as violações constantes da lei por parte das empresas, os recibos verdes e o Ricardo Salgado.

Diz-me para não me preocupar ?

Anónimo disse...

"Cada um tem que organizar o seu país da maneira mais justa"

Nada mais certo.

Pelo que se impõe o corte das amarras com o euro que hipoteca a nossa soberania.

E deixar este modelo societário, cheio de trampa até ao cimo.

Sem cartilhas neoliberais que essas fedem.