quarta-feira, 23 de março de 2016

«Ou é pública ou não é nacional»

Infelizmente, não pude estar presente no seminário sobre «controlo público da banca condição para o desenvolvimento e soberania nacional», que teve lugar ontem no ISCTE. O Nuno Teles, que também foi convidado, fez aí uma intervenção, partindo do trabalho sobre financeirização, em geral, e sobre banca, em particular. A avaliar pela intervenção de Jerónimo de Sousa, foi uma excelente iniciativa: «[A] banca ou é pública ou não é nacional. O capital transnacional tem um peso crescente, e crescentemente dominante, no sector, agravando o trespasse de riqueza para o estrangeiro e a perda de soberania do País.»

7 comentários:

Xa2 disse...

------- Nacional vs constrangimentos económico-políticos

Enquanto os portugueses tiverem fracos rendimentos (e baixa literacia e consciência política-cidadã, precariedade económica e de trabalho) 'escolherão'/ são obrigados a 'optar' pelo mais barato - nem que o produto seja de fraca qualidade, produzido por escravos e vendido por 'neo-esclavagistas' burlões que andam com o 'nacional'/ 'português' na boca e fogem aos impostos nacionais, à jurisdição nacional, ... e aos direitos laborais e Humanos.

Enquanto a banca e oligopólios/ carteis esmagarem trabalhadores, produtores e consumidores para aumentarem os seus lucros, dividendos, comissões e prémios ... aumentará a 'carga' destes (tb em impostos), a desigualdade, a pobreza para a maioria e a instabilidade social.

Enquanto cidadãos, partidos e governantes europeus (continuarem dividos em 'quintinhas' com bandeirinhas e arame farpado e) não se aliarem para exigir e redefinir as políticas comuns (económicas, incluindo: taxas de impostos, offshores, investimento, especulação, regulação de mercados, moeda, globalização, ... protecção do ambiente e recursos estratégicos), a U.E. é uma donzela gozada e explorada por lóbis (corruptores e ameaçadores) ao serviço de empresas transnacionais, de bancos, oligarcas, fundos e dinheiro sem pátria nem lei ... e os Estados, o interesse, os bens e as instituições públicas são descaradamente burlados, capturados, expoliados, enfraquecidos, desautorizados, manipulados, privatizados, roubados, ... pelos estados mais fortes e pelos poderosos privados!, seja directamente como potentados ditatoriais ou indirectamente através de organizações internacionais dominadas (Cons.Seg.ONU, FMI, BM, BCE, OMC, ...) e tratados (SME, TTIP, CETA, ...) com cláusulas 'leoninas' favoráveis aos 'piratas' e carteis de mafiosos, com seus exércitos de mercenários e sabujos jornalistas, juristas, legisladores, ... lobistas e agências.

Enquanto ... a justiça e a democracia se deixarem espezinhar e substituir por 'legalidades', por dinheiro, por oligarquias e ditaduras (disfarçadas ou não) e o cidadão/ opinião pública se deixar enganar pela publicidade e propaganda ... o caminho leva-nos para o abismo. ---(-por Xa2) http://luminaria.blogs.sapo.pt/nacionalismo-protecionismo-vs-1110645

Jose disse...

Mais um para o amontoado...

Aleixo disse...

Não há volta a dar!

A democracia representativa está capturada...
Os "representantes" continuam em roda livre...

Fazem todos de conta...

Uns, decidem em nome...outros, querem decidir em nome!

Uns, defendem a Globalização...outros, fazem como a avestruz...


Parece mentira!

Quando foi das "golden shares"...

...uma invenção dos "representantes vivaços", para dar a "coisa" aos amigos, como quem não quer a coisa!

...insurgiram-se todos contra a prepotência da "coisa", apesar de terem comprado a "coisa"...com a dita "coisa"!

Agora, com a "blindagem" no BPI...

...coitadinho do Caixabank...
...têm 44% mas, só valem 20% !
NÃO SABIAM da "coisa!

...e o Governo, tem a lata de se vir meter na "coisa"...ameaçando com imposição de alterações por lei???!!!

...e os especialistas cá da praça, fazem todos de conta!

Esta malta, julga que é tudo atrasado mental?!

Anónimo disse...

"Mais um para o amontoado"

Mais um reflexo condicionado saído lá do fundo das fauces. Pavloviano. Nada diz.

Apenas este esgar patético e serôdio a testemunhar o género, o carácter e a ideologia.

Carlos Sério disse...

Não se pode continuar com um sistema financeiro que funciona para tão poucos à custa do sacrifício de tantos. A banca privada perdeu a sua função social, que é a de dar crédito. Se não oferece crédito, não tem lógica a sua existência. Hoje, a sua actividade principal consiste em especular nos mercados, desviando assim dinheiro da economia produtiva e visando obter lucros especulativos aos seus accionistas.

Anónimo disse...

Boa síntese Carlos Sério

Anónimo disse...

" Em Dez.2015, do total de crédito concedido pela banca às empresas privadas, 23,2% era ainda à “construção e imobiliário”, e apenas 15,3% à “Industria Transformadora e extrativa”. A gestão capitalista da banca tem sempre preferido a promoção da especulação em prejuízo das empresas de bens transacionáveis e da industrialização do país.

Entre 2008 e Jun.2014 a banca constituiu 35.521 milhões € de “imparidades”, que somadas às que já tinha acumulado até ao início de 2008, dá 42.285 milhões €, que é o valor destruído pela banca resultante de crédito concedido que depois não consegue receber. Quantos hospitais, quantas escolas, etc., se poderiam construir com este valor destruído? É este um ex. da gestão capitalista da banca paga depois pelos contribuintes.

O controlo público da banca é uma necessidade, por um lado, para pôr cobro a esta destruição maciça de valor e, por outro lado, para pôr a banca ao serviço do desenvolvimento do país, deixando de ser um instrumento de promoção da especulação, e também para reduzir o domínio estrangeiro neste sector. "

Daqui;
http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2016/13-2016-controlo-banca.pdf