A ouvir o Pacheco Pereira na "Quadratura do Círculo" da SIC Notícias e a concordar com ele. Este Governo terá o fim fácil que for marcado pelos chefes da União Europeia. Basta que exijam o que nunca foi exigido ao Governo de Passos Coelho.
Será aí que se traçará uma linha clarificadora.
A única vantagem de tentar cumprir o Tratado Orçamental, sentados lado a lado com o PS, é mostrar aos próprios militantes do PS a impossibilidade política - já nem falo tecnicamente - de cumprir o Tratado Orçamental com um objetivo de pleno emprego. Das duas, uma: ou a União Europeia muda ou o PS terá de mudar o seu pensamento sobre esta Europa. Jorge Coelho fala já de "um movimento" que pensará essa nova Europa e que irá nesse sentido, mas até o moderador da Quadratura lhe pergunta se irá a tempo...
As coisas tenderão a precipitar-se. Passos Coelho já anda em campanha, a tentar marcar o seu terreno para que nada possa acontecer às suas costas, pedindo ao Governo que seja mais europeu que a Europa. E só me faz lembrar o que se dizia em 2011 - "é melhor sermos nós a cortar, antes que o FMI chegue e corte à bruta"... Ou seja, Passos pede ao PS que ajoelhe antes que o obriguem a ajoelhar. Entretanto, Costa convida Cavaco para governar por um dia, no que pode parecer uma piscadela de olhos a um outro PSD.
Mas o PS acabará por ter de optar. Porque o OE 2016 já foi sabotado para não durar. A comunicação social todos os dias repete o risco de insustentabilidade do OE2016, mesmo nas perguntas que são feitas em programas como a "Praça Pública". Tudo parece estar a preparar-se. E não funcionando o OE, não crescendo a economia tanto como se previa, as "medidas adicionais" afundarão tudo ainda mais. E o PS sentirá a pressão para ajoelhar. E se o OE funcionar, virão os pequenos comentários, cirurgicamente colocados, pequenos venenos tentando influenciar o humor dos "mercados", verdadeira arma de arremesso político. E o golpe final virá.
De qualquer forma, o PS terá então de optar. Optar entre cumprir o seu programa eleitoral, soberanamente, ou tentar fazer a quadratura do círculo e ceder à "internacional de direita", instalada na Comissão Europeia, pela mão do Conselho Europeu.
Como escapar a este cerco?
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12 comentários:
Sem dúvida que o orçamento nao vai funcionar porque a comunicação social o afirma todos os dias. Só por isso claro!! Uma pena que de tão bem feito vá fracassar por causa dos malvados? tenham dó!!!
O outro José só sabe recitar a cassete que o Passos lhe implantou no cérebro.
Este José, perdão, Cristóvão, nem ler sabe:
«Mas o PS acabará por ter de optar. Porque o OE 2016 já foi sabotado para não durar. A comunicação social todos os dias repete o risco de insustentabilidade do OE2016, mesmo nas perguntas que são feitas em programas como a "Praça Pública"».
Onde é que se diz que o OE não funcionará por causa da CS?
Pobres de espírito e de recursos intelectuais.
Por que non te callas? disse Juan Carlos ao Hugo Chaves.
Por que non te callas, Cristóvão?
Tenha dó Cristovao!
Bora ler de novo para ver se desta ver percebe. A voz do dono é replicada por toda a comunicação social e só alquém muito cego é capaz de negar tal facto.
Até guincham (os plumitivos) no seu ódio à geringonça que lhes frustrou os planos.
Parece-me crucial denunciar todos aqueles que não têm qualquer interesse em fazer cumprir a constituição portuguesa, aqueles que se escondem atrás de eufemismos para continuarem o jogo de sombras que lhes garante a impunidade absoluta. Esses párias serão recordados com o desprezo que merecem.
Tenho sérias duvidas que a direita volte nos próximos tempos a desgovernar este país, sei que acreditam que o poder lhes será entregue pelas «forças de ocupação» mas, a meu ver, estão enganados, essa expectativa é só o aspecto visível da sua manifesta incapacidade.
A estratégia de Passos Coelho e do PPD/PSD/CDS é clara. Visa criar uma instabilidade política permanente, aguardando que os “mercados” e a Comissão Europeia decidam derrubar o governo, quer através das consequências políticas resultantes de uma subida dos juros da dívida pública, quer através das exigências do Eurogrupo.
Este clima de instabilidade política, assumido como estratégia política da direita neoliberal, vem-se acentuando desde a tomada de posse do governo de António Costa e tem apresentado contornos de “insurreição” contra a ordem constitucional estabelecida, ao não aceitar o diálogo democrático com o governo nacional do PS saído do Parlamento. Comportamento que se tornou bem visível na recusa da apresentação de quaisquer propostas alternativas ao Orçamento para 2016.
Passos Coelho e a direita radical, de quem é líder incontestado, não reconhece o governo do PS como legítimo, nem António Costa como legítimo primeiro-ministro. Considera que lhe foi ilegitimamente usurpado o poder e age em conformidade numa permanente “subversão” da ordem constitucional. Auxiliados por uma numerosa lista de “comentadores políticos e económicos” que ao seu serviço inundam os meios de comunicação social divulgando e dando vida e alento à sua estratégia de manter, inflamar e prolongar o clima de instabilidade política no país
Contudo, para infortúnio da direita neoliberal, os tempos do Eurogrupo não são os mesmos que os tempos de Passos Coelho e da coligação que lidera.
O problema é a Constituição: Se ela articulasse um crescimento de 5% ao ano estávamos salvos; se falhasse o orçamento chamava-se o exército e o caso resolvia-se.
Assim dependemos da geringonça...
O problema é a Constituição.
E eu que pensava que era o artigozinho nº 35 que um qualquer por aqui invocava, em estilo de vero intérprete piegas dum soundbite adequado
Duas notas breves:
-O plural do "estávamos salvos" a quem é dedicado? À Dona Luís albuquerque , ao Passos coelho e ao autor da frase supra-citada?
-O "chamava-se o exército" ainda serão resquícios do mancebo em causa ter sido apanhado com as calças na mão a 25 de abril de 1974?
Uma excelente prenda de aniversário,essa aí,lolol
Ao estado de negação seguiu-se o estado de guerrilha de desgaste, protagonizada por um promitente líder do PSD/PPD, que não vai afrouxar a pressão, pelo menos, até ao congresso do partido, em que deverá apresentar o seu governo-sombra, enquanto se fará eleger como primeiro-ministro do governo prometido que os portugueses esperam.O sebastianismo é uma tentação permanente dos aspirantes a homens providenciais e Passos Coelho não foge a uma lógica, que é repetida a espaços na triste História do país.Com os seus pagens, cortesãos, cavaleiros e magarefes, vai manobrando e espevitando os apoios dos seus aliados na Europa, para o cerco definitivo a um governo que vai acorrendo como pode aos fogos que ,por todo o lado, vão nascendo.
O cerco.
Um bando de cretinos resolve fazer prova de vida e levanta à sua volta um conjunto de bandeiras/barreiras, ora idiotas ora desajustadas da realidade.
E quando completam essa obra, desatam a clamar que estão cercados!
Comovente...
Ah! O problema agora já não é a Constituição?
Nem o agora silenciado artigozito nº 35 , depois da exposição pública das patetices manipuladoras?
Deixámos então o reino da pieguice pseudo-humorística e voltámos ao reino da pesporrência extremista em que abundam os termos como "cretinos" e idiotas.
A "geringonça" provoca-lhe este rancor assim tão primário?
Tretas.Apenas o agrava.Ele sempre lá esteve.Basta arranhar um pouco o verniz de.
Pensamento do dia:
Aos treteiros é-lhes dada a felicidade de poderem construir um mundo de fantasia e de nele se extasiarem.
Quando confrontados com a realidade, os menos estúpidos proclamam-se utopistas e a partir daí ensaiam argumentos coerentes; os imbecis ocupam-se em fazerem-se desentendidos e em falsificarem os argumentos que se lhes opõem.
O problema nem é a Constituição nem o artigozito nº 35.Desapareceu a primeira por ser por demais "desentendida". O segundo escondeu-se envergonhado. Mas persiste-se na mesma tecla manhosa e trauliteira. Com uns pózitos de pieguice matreira.
Aos "cretinos e idiotas" juntam-se os "treteiros", os "menos estúpidos"e os imbecis"
Este é o pensamento convertido em linguagem escrita, com o intuito concreto de se fazer de entendido. O sounbite continua, marcado pela pseudo-assertividade.
Pesporrenta como se vê.Vazia, como um odre vazio após a libação.
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