domingo, 29 de julho de 2012

Serviços públicos prestados por privados nunca serão públicos

Há uns meses atrás a presidente da comissão executiva da Espírito Santo Saúde, a inenarrável Isabel Vaz, premiou-nos com mais uma das suas tiradas ao proclamar o recurso sucessivo à interrupção voluntária da gravidez como o exemplo máximo de desperdício de dinheiros públicos.

Pouco importa que os episódios de recurso repetido à IVG sejam residuais. Isabel Vaz escolhe as mentiras que quer tornar verdade, jurando que "isto não tem nada a ver com ser ou não católico" (o facto de o discurso ter sido feito em Fátima será mera coincidência). Da mesma forma, não nos restam dúvidas que ao defender que “é preciso acabar com o mito dos malefícios das Parcerias Público-Privadas”, Isabel Vaz fá-lo na qualidade de cidadã consciente e preocupada e não como Presidente do BES Saúde.


Segundo Isabel Vaz, é fundamental que se discuta "o que deve ser de facto pago por todos nós", porque "não há dinheiro para pagar tudo". Aceitando o repto, sugiro à Espírito Santo Saúde que poupe nas dezenas de milhares de euros que gasta com publicidade institucional na PPP do Hospital Beatriz Ângelo em Loures, incluindo a sua revista ilustrada (100.000 exemplares por tiragem, em papel de qualidade). Para além dos benefícios financeiros, poupava-nos a sensação de que andamos todos a pagar a propaganda dos movimentos 'pró-vida' e de grupos económicos predadores.



7 comentários:

Anónimo disse...

Para esta senhora ter saúde é um luxo. Que lixo!

Anónimo disse...

Mas o que o Estado paga ao grupo Espírito Santo é mais barato que o paga aos hospitais do SNS para um tratamento equivalente? Essa é que é a questão fundamental. Porque é com base nessa contabilidade que se decide se devemos subconcessionar mais aos privados ou não. A função da Isabel Vaz é garantir um cumprimento do acordo com o Estado e se penalizada caso existam falhas. Nada mais. Ela não tem nada de opinar sobre a política de saúde de PT.

Anónimo disse...

Pílula do dia seguinte, uso do 8º ao 12º ano num universo de 18 turmas de 4 escolas, total de alunas 187, dos 13 aos 21 anos, consumo total declarado: 387 pilulas por 103 alunas no ano lectivo de 2007-2008, das 84 restantes, 49 tinham uso regular da pilula receitada pelo centro de Saúde local ou por consulta no Hospital, dessas 49, 38 ainda não tinham as 3 tomas da vacina HPV.
A IVG pode ser feita por via hormonal, certo?

Nuno Serra disse...

Caro anónimo das 17.39,
Claro que as mulheres que se esquivam da pílula ou da IVG por via hormonal o fazem de propósito. A predilecção pela pela IVG realizada em ambiente operatório deve dar muito mais gozo, certamente.

chico da EMILINHA disse...

DESCULPEM LÁ LINGUAGEM,, É AMINHA,,, QUE SÓ SEI MESMO MANDAR VIR,,, MAS NÃO ACHAM QUE A SENHORA,,,,


ESTÁ A LIMPAR O CU ANTES DE CAGAR ?

Anónimo disse...

Quando se diz que o que se paga a um privado é menos do que a um público, penso que convêm refletir no seguinte: exemplo: se eu for extrair o liquido de 5 quistos numa mama, pago 5 quistos. (procedimento tecnicamente exigente mas com um preço assustador) e a ecografia mamária. Todos sabemos que ninguém cobra 5 quistos na privada. O preço de um dá lucro para 10, até o preço da eco se calhar chegava. No público tem de se cobrar tudo senão dizem que não se trabalha. Ou sejam eu no privado não vou levar uma fortuna a ninguém que passado 6 meses pode ter que voltar. No público não se pode fazer estes jogos de cativar o cliente . Assim, o público é mais caro, realmente. Uma coisa é certa, quando não existir público a privada vai cobrar os 5 quistos. Essa senhora é uma tonta e mais não digo
cs

Anónimo disse...

De facto este é o verdadeiro e real problema do país.
Uma cambada de anormais, em que a única coisa útil que sabem fazer, é esconderem-se atrás de um Blog para dizer umas graçolas ou para serem mal educados.
Aprendam a pensar 10m, antes de fazerem este tipo de posts.
Qualquer revista ou jornal que é distribuído gratuitamente, é feito apenas porque existem entidades que a troco de publicidade, suportam financeiramente o dito meio.
Aposto que quando na rua recebem o jornal Metro ou outro qualquer gratuito, devem espancar verbalmente quem o oferece.
Já Luís de Camões, se queixava dos velhos do restelo.
Se não contribuem com nada de positivo, façam-nos um favor... estejam caladinhos.