domingo, 10 de janeiro de 2010

Economia(s)

“Este livro serve para estudar Economia. É destinado aos que estudam nos primeiro anos do ensino superior, mas também aos que simplesmente querem saber como funcionam as economias modernas. É portanto escrito para ser lido por qualquer pessoa interessada.”

Francisco Louçã e José Castro Caldas são os autores de Economia(s). João Ferreira do Amaral apresenta o livro. Estamos todos convidados para o lançamento do que promete ser o livro de economias do ano (clicar no convite para ampliar). Uma nota pessoal: muita da minha economia foi aprendida com este trio de economistas e continuo a aprender e a reaprender com a leitura de um livro de introdução que está impecavelmente escrito e que foi muito bem editado pela Afrontamento. Economia(s) vem com um CD cheio de preciosidades: de documentos mais ou menos inacessíveis a sessões televisivas com cientistas mais ou menos lúgubres.

[Publicado, em simultâneo, no Arrastão]

15 comentários:

Anónimo disse...

Tal como vocês têm a liberade de chamar ao livro do César das Neves uma lavagem cerebral para crianças, vou aproveitar da minha liberdade para chamar o mesmo a este livro...

João Rodrigues disse...

E os argumentos são?

Claudio Carvalho disse...

Boa Tarde

Informações sobre custo e local de venda cá para o Porto?

Cumprimentos.

Anónimo disse...

É escrito pelo Louçã, não é preciso saber nem ler mais nada para se induzir que é um livro que, através da eloquência, se serve da ignorância, da actual conjuntura e dos sentimentos impulsivos mais primários*, para promover uma ideologia que claramente diminuiria a competitividade do país, pois apela a maiores salários e menor tempo de trabalho, menosprezando o maior mérito e esforço de uns face aos outros.Deixando-nos mais pobres, e não necessáriamente mais felizes, como querem fazer parecer..




*cujo rótulo varia de ganância para "luta de direitos" consoante nasçam no peito de uma detentor de capital ou de um trabalhador... mas que no fundo advêm exactamente da mesma fonte e são um reflexo da nossa condição humana, sendo esta, como diria Fernando Pessoa, natural e, portanto, alheia a estatutos ou condição social.. pelo que o primeiro tenta-se servir da acumulação de capital como alavanca do seu poder negocial e o segundo da acumulação de "camaradas". A grande diferença é que a acumulação de capital é claramente benéfica para a economia, mas a acumulação de "camaradas" segundo um efeito cartel, não é nem de perto nem de longe tão benéfica como a segunda via (e a mais comum)de alavancagem do poder negocial dos trabalhadores, a acumulação de conhecimentos e talentos.

Tiago Santos disse...

A diferença, caro anónimo, está exactamente no título:

"O meu livro de Economia" e "Economia(s)".

Um, trata a economia como uma ciência estanque e sem debate, exactamente como o seu comentário: Um comentário político que vem revestido da ideia de verdade científica irrefutável. Oh amigo, era o Hayek que dizia que quando queremos escrever um texto político temos de admitir logo à partida que é um texto político, de opinião pessoal...

O livro de FL e JMCC é o oposto disto: é um livro que trata (não li, mas conheço minimamente os autores para saber o que estou a dizer) da economia como uma ciência plural, onde cabem todos, até o livro de João César das Neves.

Anónimo disse...

O problema é que na reflexão e no debate há espaço para tudo, na acção não... e na acção é que está a resolução dos problemas, problemas muito sérios para muita gente, e neste momento exige-se uma acção célere e assente em teorias que olham para o mundo e para o mercado como eles são e não como pensam que eles deveriam ser...

Tiago Santos disse...

Dois pontos:

Olhar para o mercado como é e não como devia ser?Ah o Sr acha que a teoria neoclássica olha para o mercado como ele é? Acha que a teoria neoclássica olha para todas as dimensões do mercado e as capta com aqueles modelos matemáticos confusos de equilibro geral?

Segundo, ao dizer que é necessário partir para a prática está a tomar uma posição teórica, e essa posição teórica é questionável. Segue mais uma vez a típica noção da economia como ciência sem debate...

Unknown disse...

Caro João,
Quais serão os vendedores desse imperdível Economia(s)? Eu gostava tanto de obter algum(s) exemplar(es).
Abaixo o meu endereço completo
_________________________________
Thomas Selemane
+258 82 42 84 050
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CENTRO DE INTEGRIDADE PÚBLICA
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Boa Governação-Transparência-Integridade
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Tel.: (+258) 21 32 76 61 - Fax: (+258) 21 31 76 61
Caixa Postal: 3266 - Maputo - MOÇAMBIQUE
E-mail: cipmoz@tvcabo.co.mz
www.cipie.cip.org.mz
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Micael Sousa disse...

Não tendo lido o livro, mas partindo do que aqui alguns comentadores utilização como crítica ao pensamento inerente à obra, só posso concordar com esses autores.

Defender maiores salários e menores horários de trabalho é tudo menos estagnar, é sem dúvida evoluir. Ter melhores salários em Portugal e horários de trabalho mais reduzidos contribuía para a melhoria do nível de vida e da motivação dos trabalhadores. Trabalhar muitas horas não é sinónimo de produtividade e qualidade. Trabalhar com baixos salários é apelar à diminuição da qualidade do que se produz. Basta vermos os exemplo dos países mais a norte. Ter menores salários e maiores horários de trabalho é aproximarmos-nos do 3º mundo e não do primeiro.

João Rodrigues disse...

Caros Cláudio e Thomas,

Vou investigar. Assim que souber digo-vos.

Unknown disse...

Obrigado, João
Sou contactável pelo thomselemane9@gmail.com

António Fonseca disse...

Caro Micael Sousa,

Aqui no norte, com o salário mínimo e oito horas de trabalho já cá ninguém investe, por muito que se proteste, isso não muda o facto dos preocupantemente baixos níveis de formação das pessoas. Aqui as mães são costureiras e as filhas costureiras são (se tiverem emprego). Já cá ninguém investe.. você quer vir cá investir? Esteja à vontade...

Unknown disse...

O António Fonseca entende que o problema (empresas que não investem sem ser com baixos salários) se resolve, cedendo aos caprichos dos investidores.

Depois de anos de lucros acumulados, em vez de enfrentarmos os problemas e buscarmos dinheiro aonde ele está, vamos continuar a pedir aos mesmos que paguem a crise. Desemprego, precariedade e baixos salários...sempre os mesmos a pagar, se abusarem na dose a coisa não dura para sempre, oiçam o Cavaco que tem medo que o dogma neoliberal seja questionado.

P.S. Isso da formação é treta, eu sou engenheiro e já me propuseram salários abaixo do mínimo. A realidade tem de contar...não é?

António Fonseca disse...

Acha que os lucros acumulados deveriam servir como "fundo de subsídios futuros"? é uma visão romântica da realidade mas não nos leva a lado nenhum. Para o bem ou para mal as pessoas investem para ganhar dinheiro, assim como outras trabalham para ganhar dinheiro, isso não me choca nada. Nego a ideologia de pôr os ricos como os vilões e os mais ou menos pobres como os coitados, acho que isso não nos leva a lado nenhum.

É obvio que a educação é importante, mas a valorização da mesma só se dá com investimento, com oportunidades, não se pode pôr a carroça à frente dos bois, não se pode esperar oportunidades antes de haver investimento. Qual é, então, a sua dica para que o investimento privado aumente?

António Fonseca disse...

P.S. Diga-me lá qual é a sua dica que aumente o investimento privado, que para além de compensar as perdas resultantes da diminuição do horário e o aumento de salários que, se estiver de acordo com o Micael Sousa, defende (não me veha dizer que não há perdas, não o pode certamente afirmar com toda a certeza), e que adicionalmente ainda crie um estimulo ao investimento?