Lutam pela democratização do ensino superior, depois de uma experiência desdemocratizadora triunfante, graças a um famigerado regime que transformou as universidades públicas numa espécie de empresas com gestores, tão autoritários quanto obcecados pelas receitas próprias. Não se formariam cidadãos competentes, mas sim tolos egoístas, se vencesse uma cultura que faz da fraude do empreendedorismo o discurso por defeito. Felizmente, não vencerá.
Lutam pela desmercadorização do ensino superior, pelo fim das iníquas barreiras pecuniárias, das propinas, pela expansão das residências públicas, parte do investimento público necessário para resolver a questão da habitação, pela expansão da ação social. A universalidade e a gratuitidade no acesso são mais redistributivas, sabemo-lo há muito (e nem é assim tão paradoxal, se pensarmos bem).
Lutam pelo país. Enquanto houver jovens a sair à rua, há esperança.
2 comentários:
👍
Esta publicação deveria conter o áudio da entrevista, via rádio, ao representante da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL. Foi uma delícia.
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