A
mim, o que mais me fascina é aquele indicador fora do
gatilho, arma bem colada ao corpo, com a mesma inclinação ao solo,
militares bem treinadinhos, mas com ar popular...
Um pouco distante da primeira imagem que deles tínhamos...
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9 comentários:
Os talibãs tomaram Cabul, controlam a quase totalidade do país mas não se preocupem o ocidente já está a preparar um "conjunto de sanções" (acho que os americanos vão abandonar o controlo da produção e do mercado de ópio na região. Não! acho que vão impedir a propaganda e angariação na darknet. Não, não! Vão impedir o fornecimento de armas aos talibãs. Ah é isso, é isso)
O dedo fora do gatilho e a arma apontada para o chão é a regra mais elementar de qualquer soldado quando não está em situação eminente de disparar: questão de segurança para os camaradas!
Falta dizer que «bem treinadinhos... pelos E.U.A.»
Se a ideia era o Afeganistão acabar assim, qual a ideia do 11 de Setembro, do bombardeamento e da ocupação deste país?
Cerca de 2,2 triliões de dólares gastos numa guerra, produto de uma mentalidade imbecil e presumida. Todo esse dinheiro gasto serviria para conter muita da pobreza que se alastra nas cidades norte-americanas.
A máquina de propaganda americana que pode fazer as pessoas se preocuparem com governos estrangeiros enquanto o seu próprio governo está destruindo vidas no seu próprio país e em todo o mundo é a mesma máquina de propaganda que pode fazer as pessoas acreditarem em tudo.
A mim o que me fascina é que não há contagem de mortos e feridos até agora, sabendo nós que a imprensa sensacionalista, aproveitaria logo o facto se os houvesse. Afinal, onde estão os mortos que nos prometeram?
O que me fascina é uma jornalista da CNN a calcorrear as ruas de Cabul incólume e a entrevistar talibans, enquanto a multidão mansa e apavorada procura escapar para o aeroporto.
Parece que os únicos mortos resultam do descontrole da multidão e dos que se penduram irracionalmente nos trens de aterragem dos aviões de transporte militar, sendo atropelados na pista, ou caindo do céu. Parece que o pavor mata mais do que as balas.
Nas ruas os talibans parecem lobos no meio de cordeiros.
Esperemos até 31 de Agosto, data previamente anunciada para o final da retirada americana, para ver como a coisa corre. Veremos então se as bandeiras brancas dos talibans se transformam em bandeiras negras.
Até agora parece um 25 de Abril negro, sem cravos e sem festa: o querido mês de Agosto taliban.
E a mudança do modelo das armas a acompanhar
Olhando bem para a cara destes Talibans, vê-se logo que são uns gajos porreiros !
É interessante ler o comentário de AMCD e comparar este episódio a um «25 de Abril negro»... Será que ele viu as pessoas naquele país a entregarem crianças às mãos de militares norte-americanos para que os salvassem? Que enorme contradição é esta de pais a entregarem crianças às mãos de carniceiros e bandidos. Ou será que os soldados norte-americanos são melhores do que os Talibã a quem treinaram e armaram?
Na verdade, o que me espanta é o silêncio desta comunicação social (totalmente submetida aos interesses dos E.U.A.) sobre as últimas agressões militares americanas na Somália; sobre a crise e guerra no Iémen (silêncio absoluto); sobre a ocupação de uma parte do território sírio; sobre a escandalosa venda armas à Arábia Saudita, para se manter como país e continuar a guerra no Iémen...
Ou seja, o que me espanta é o silêncio em torno das constantes e sucessivas agressões militares americanas contra o nosso planeta, cuja retirada do Afeganistão é apenas um pequeno intervalo antes de outra escalada militar em qualquer outro país do terceiro mundo.
A retirada das tropas americanas foram negociadas com os talibãs e não com o governo instituído. A partir daqui está tudo explicado. Ou não?
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