Soubemos que faleceu Pedro Lains (1959-2021). Uso o plural: neste blogue divergimos e convergimos muito. E aprendemos também: afinal de contas, desde os anos noventa que lemos os trabalhos de um dos mais influentes economistas e historiadores económicos da sua geração. O Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde trabalhava desde 1984, recorda o seu percurso.
Em linha com uma certa tradição liberal, a melhor, reforçou apostas social-democratas com a crise e as políticas neoliberais da troika, de que foi crítico. O seu trabalho, partindo da chamada Nova História Económica, influenciada pelo quadro económico convencional, aproximou-se da economia política, por exemplo na consideração das contingências político-ideológicas nas respostas às crises.
Foi um intelectual público, um economista suave, título de duas colectâneas das suas crónicas, e qualificou o debate.
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