quinta-feira, 1 de abril de 2021

E que futuro?


Os países com uma estrutura económica baseada nos serviços, com um peso elevado do sector do turismo e com uma reduzida margem de manobra orçamental são aqueles que mais se arriscam, no rescaldo da pandemia, a sofrer danos mais permanentes nas suas economias, que prejudicam o seu ritmo de crescimento no médio prazo. O alerta é do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Esta notícia no Público, da autoria de Sérgio Anibal, merece dois ou três comentários breves. 

Em primeiro lugar, confirma-se que o FMI tem um descaramento infinito, já que foi parte da troika e teve pesadas responsabilidades na institucionalização do chamado modelo Flórida da Europa, assente em serviços extrovertidos, estruturalmente pouco produtivos e com uma força de trabalho barata e descartável, o que aumentou a vulnerabilidade do país. 

Em segundo lugar, a reduzida margem de manobra orçamental é o nome de código para uma periferia inserida num colete-de-forças monetário e orçamental com duas décadas e com os resultados que devem estar cada vez mais à vista de todos: da estagnação ao endividamento externo, passando pelo controlo estrangeiro crescente dos centros político-económicos de decisão.

Em terceiro lugar, as fracturas dentro da UE aprofundam-se e as politicamente tóxicas vitaminas europeias não bloquearão estas dinâmicas, produzidas pelas forças de mercado, no quadro de uma integração assimétrica. Temos de pensar e agir para lá da moeda única, do mercado único e da política quase única. 

2 comentários:

Anónimo disse...

O FMI tem lá uns tipos que fazem estudos e acertam e a que ninguém liga
e depois tem os executivos que ignoram os próprios estudos e fazem as asneiras -

TINA's Nemesis disse...

Que futuro?

Para quem não leva a sério a comunicação social euro-fanática e presta atenção ao que tem vindo a acontecer sabe que o futuro é o aprofundar da miséria e desolação, claro, tudo em nome do “europeísmo”.

A realidade é que vivemos num sistema que existe apenas para sustentar as oligarquias, as burocracias e os relações públicas da comunicação social que servem essas oligarquias.
Se as pessoas têm ou não a capacidade de ver esta realidade é uma coisa, se as pessoas vêem esta realidade mas fingem não ver é outra. Para aqueles que vêem através das mentiras diárias e não aceitam a realidade só lhes resta resistir e lutar para alterar a realidade, mas para estes a vida não está nada facilitada…

Um exemplo de fanatismo vi o ontem na Sic “Notícias”, José Gomes Ferreira, como de costume, a regurgitar propaganda sobre o défice e a dívida, puro terrorismo!
Estes propagandista não estão preocupados minimamente com as gerações futuras, se eles nem com quem está vivo querem saber do seu bem-estar acham que vão ter empatia por gente que nem existe?
José Gomes Ferreira, João Miguel Tavares, Helena Garrido, Medina Carreira, Manuel Carvalho, Rui Tavares e outros pafistas e euro-fanáticos estão (ou estiveram) preocupados apenas com eles próprios e com a manutenção das suas posições e rendimentos privilegiados!

Por aqui nós sabemos bem as pérfidas mentiras, como a “bancarrota”, tiverem e têm objetivos ideológicos e políticos.

Eu não acredito que estes privilegiados euro-fanáticos/ austeritários vão parar, eles e elas têm que ser travados e a população tem que perceber o porquê.

Nós temos muitos e graves problemas para serem resolvidos, a resolução dos mesmos urge! Não podemos continuar a perder tempo com o euro-fanatismo, já nos custou muito.