sexta-feira, 7 de julho de 2017

«Para gerir um défice é preciso não querer acabar com o Estado»

«Quem tem saudades da troika está um bocado zangado com as "cativações". Pudera, uns descobriram tarde a água quente, outros sentem que o truque foi posto a nu. Gerir um défice obriga a cativações, não a cortes. Os cortes assustam quem investe, tiram rendimentos, logo, quebram a economia, acabam por ter efeitos contraproducentes no PIB e, por isso, no défice (sobre o PIB). As cativações são preventivas, não afectam quem investe e quem trabalha, não afectam o PIB e, à medida que o ano avança, sem crise, acabam por ser largadas. É isto. É difícil falar de economia sem se perceber o básico - isto quanto à água quente. Quanto ao truque posto a descoberto, é que os cortes eram o próprio do objectivo, não o meio de gerir o défice. Moral de uma história antiga: para gerir um défice é preciso não querer acabar com o Estado.»

Pedro Lains (facebook)

14 comentários:

Jose disse...

Treteiro encartado sempre encontra maneira de dar ar científico ao que são cortes encapotados.

Anónimo disse...

Quem tem saudades da troika está um bocado zangado com as "cativações".

Jose demonstra-o com a ingenuidade pesporrenta que banha a sua frase

Anónimo disse...

"Quanto ao truque posto a descoberto, é que os cortes eram o próprio do objectivo, não o meio de gerir o défice. Moral de uma história antiga: para gerir um défice é preciso não querer acabar com o Estado.»

Isto deve deixar qualquer amante troikista a bufar,

Admirem-se que estes utilizem o seu reportório habitual:
"treteiro" e "encartado" mais o "científico" (que curiosamente os afecta tanto)


E não é que alguém o utilizou mesmo?

Alice disse...

Mas o Estado não acabou... só para quem quer fugir ao devido pagamento de impostos.
Experimentem ir pedir um miserável subsídio, mendigar um rendimento mínimo de 200eur, enganarem-se e ficarem a dever 1eur de IRS e vão sentir um Estado bem musculado e presente, ao qual não faltam funcionários nem meios.

Anónimo disse...

Finalmente percebi o erro de Passos Coelho: fez cortes, quando devia ter feito cativações, para diminuir a despesa e o défice. Aprove-se então orçamento com o BE e o PCP (sem cortes) e depois venham as cativações. Assim ficam todos satisfeitos. No final, a despesa diminui. É de génio!

Anónimo disse...

"à medida que o ano avança, sem crise, acabam por ser largadas".
Pergunta direta para o Nuno Serra: o ano passado chegámos ao final do ano sem cativações?

Anónimo disse...

Um anónimo exaltado afirma perceber agora qual foi O erro de Passos Coelho?

Este tipo não está bom da cabeça. Qual erro, qual carapuça. Coelho soube sempre o que quis e o que quis foi uma mão-cheia de coisas. E teve êxito em quase todas elas. Na forma como procedeu na Tecnoforma ( rima e tudo). Na forma como mentiu e aldrabou durante a campanha eleitoral. Na forma como roubou salários e pensões. Na forma como atacou o mundo do trabalho, aumentou o número de horas de trabalho e roubou feriados. Na forma como promoveu o desemprego e boçalmente exortou os outros a saírem da sua zona de conforto e a emigrarem

E tudo isto com que objectivos?
Transferir a riqueza de baixo para cima. Com o conluio assaz comprometedor do grande poder económico e dos banqueiros que ficaram com os lucros e que socializaram os prejuízos.

Pelo que a narrativa do anónimo em questão não é para ser levada a sério. Só mesmo como pilhéria ou como sinal de desconforto pela posição de Passos

Anónimo disse...

Caro anónimo das 18:17,
"Esqueça" o Passos Coelho. Está politicamente acabado.
Não lhe faz impressão que depois de PS, PCP e BE aprovarem um orçamento com um valor para a despesa pública, no final do ano mil milhões de euros foram afinal cativados pelo Centeno? Ou seja, mil milhões de euros que estava previsto gastar afinal não se gastaram para compor o défice? Sem um aí nem ui do BE e do PCP?

Anónimo disse...

Quem andou a citar Passos Coelho é quem agora assina a sua certidão de acabado.

Pelo que não se percebe se isto é uma conversa da treta ou apenas uma manobra de desculpabilização das políticas de Passos Coelho. Que, coitado , pelo facto de já não servir ao seus, é dado como arrumado, assim se tentando apagar a discussão do que é de facto importante.

Cheira muito mal este choradinho sobre as cativações. A direita quando não tem nada a que se agarrar inventa factos. E esconde os factos reais. Factos reais aí apontados às 18 e 17 e que obrigaram logo o anónimo cativo a tentar tapá-los, dando como acabado quem acabara de ressuscitar

Anónimo disse...

Quanto às cativações e aos ais e uis dados como ausentes...
( os viúvos de Passos usam também estes processos)

Aqui

http://geringonca.com/2017/07/09/honestidade-em-cativeiro/

Anónimo disse...

Caro anónimo (o outro),
se está satisfeito com cativações para garantir o défice que a Europa quer, parabéns!

Anónimo disse...

Satisfeito?
Não.
Mas tudo isto é um pouco artificial. Floreadoa um pouco manhosos para distrair o pagode.

E fazer esquecer os verdadeiros crimes do neoliberalismo

Anónimo disse...

Artificial é andar a discutir se as cativações são cortes.
Experimente perguntar a organismos públicos sem dinheiro para garantir salários até ao final do ano qual é a diferença. "Bizantinisses" de economistas!

Anónimo disse...

Floreados manhosos mesmo , vindos da direita manhosa. Logo artificiais
As cativações orçamentais podem agravar a afectação de financiamento em áreas como a saúde, a educação ou a cultura.
Mas ouvir tretas sobre Passos Coelho e o seu erro.Já demos para este peditório. Porque de facto há diferenças entre cativações e cortes.E estas bizantinices invocadas assim não passam por entre as gotas da chuva.