sábado, 11 de março de 2017

Ponha, ponha dramático nisso, dr. Nuno Melo


«Diz Nuno Melo no Expresso: "o Banco de Portugal é uma entidade fundamental na democracia portuguesa. E o que está a acontecer é inqualificável. A nomeação de Louçã é um exemplo dramático!". Põe dramático nisso, tem toda a razão.
Tem toda a razão. Se eu tivesse sido nomeado administrador, vá lá, de cinco ou seis empresas de um milionário mexicano, era tudo normal. Se tivesse sido avençado da empresa que envia dinheiro para o Panamá e que se esqueceu de fazer as declarações devidas ao fisco, era só um azar. Se tivesse andado a tratar de dinheiros da Escom para submarinos, business as usual.
Mas ser nomeado para um conselho Consultivo do Banco de Portugal, trabalho não pago e que não é de administração, isso é um escândalo, o país treme de indignação e Melo é o seu profeta.»

Francisco Louçã (facebook)

Adenda: O Nuno Melo que dramatiza a nomeação de Louçã para o Conselho Consultivo é o mesmo Nuno Melo que, em 2008, tentou bloquear a presença do PCP e do BE na comissão de fiscalização dos serviços de informação porque, em seu entender, os deputados daqueles partidos colocariam em risco os segredos de Estado. Nessa altura, teve Fernando Rosas que lembrar que o então deputado Nuno Melo pertencia a um partido cujo líder fotocopiara (e levara consigo) cerca de 60 mil documentos do ministério da Defesa.

18 comentários:

Tavisto disse...

De melos e melros estamos nós fartos.

Jose disse...

O que é dramático é o descaramento dos treteiros, e vai daí resulta dramático nomeá-los para o BdP.

A onda mais recente é a do petróleo da Venezuela que vendido põe o dinheiro no Panamá.
Talvez ao Maduro lhe convenha dar essa volta ao dinheiro, mas aos treteiros convém-lhes para partir de um avençado para misteriosos esquemas de compadrio e corrupção em que são tão versados.

Como sempre treteiros esquerdalhos na prática da confusão em que abrigam a sua miséria mural e política.

Anónimo disse...

Eu não sabia que o Nuno Melo era médico!!!

Anónimo disse...

Nuno Melo é o que é. Da mesma clique que os Paulos, Portas e Núncio. Do PP. Todos licenciados em direito. Todos irmanados por uma vontade mais alta de servirem o Capital. E a si próprios.

Nuno Melo é o que é. Um tal jose é também o que é. Mostram-se ambos agastados.E ambos tingem de dramático a sua pequena histeria em torno dum facto que devia ser de todo normal.

Um dramatiza em tons de dramático. O outro dramatiza em tons melodramáticos. Um diz que é "inqualificável " naquele seu jeito de. Outro reza em torno de treteiros, espécie de mantra em que é versado.

Mas o que dizem um e outro de concreto? O que apresentam como fundamento para tais inquietações, tais pesporrÊncias, tais agitações, tais histerias tontas e desconexas?

Nada. Niente. Zero. Um diz que é dramático e inqualificável, o outro salmodeia irado e agastado.

Pusessem lá o Núncio,o Cavaco, o Borges, o Barroso, o Loureiro, o Oliveira e Costa ou outro qualquer banqueiro da corte e era um vê se te avias em vénias, lamechismos e lambe-botarras.

Pudera. Esses serão seus irmãos, em "esquemas de compadrio e corrupção"

Anónimo disse...

Creio que também aí há ruído e uma coisa não tem nada a ver com a outra», diz Assunção Cristas sobre a participação do ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no submundo dos paraísos fiscais. Primeiro, enquanto advogado criou mais de uma centena de sociedades no offshore da Madeira para serem utilizadas por clientes seus; mais tarde, como governante, teve dúvidas sobre a publicação das estatísticas relativas a transferências para esses destinos, decidindo não o fazer.
Resta ainda esclarecer a razão pela qual cerca de 10 mil milhões de euros em transferências para offshore tenham sido comunicadas ao fisco mas não tinha sido registadas ou controladas.

Coisas de somenos claro está. As coisas importantes mesmo para Cristas são estes berros histéricos do Melo e do comparsa o jose.

Anónimo disse...

josé, cure-se. deixe de mentir que fica mal. bem sei - você queria no BdP era o núncio ou o amigo paulo portas. isto não podendo ter o nogueira pinto, o coitadinho.

Jose disse...

A última versão do alarido dos treteiros encobridores dos escândalos da CGD é a seguinte:
- dos 10.000 milhões 80% só poderiam ser controlados no tempo do governo geringonço.
- a maior parte do total era de um cliente do BES - Petróleos do Maduro - que em vez de ir para Caracas foi para o Panamá.

Isso resolve o caso? Não! Ser treteiro de esquerda significa ficar indiferente a factos e manter os mantras, os gritos e os apitos em crescendo inversamente proporcional à sua proximidade com a verdade. É a melovigarice.

Anónimo disse...


A partir da última revisão a´ Constituição da Republica em especial a parte económica, e ainda pior, a entrada para a CEE/UE perpetradas pela direita com o aval do PS, tudo tem parecido esquemas de associações criminosas. Foi nesta fase que bancos e banqueiros + advocacia se fizeram ao escoamento de capitais nacionais para praças e paraísos fiscais ca´ dentro e la´ para fora. E toda a gente condenou a Dona Branca…
Este senhor Melo como muitos e muitos outros, qual enxame, que se abotoam com o erário publico, faz o seu papel, alimenta tanto quanto pode a sua dama primeira - a Hipocrisia Sedentária - Evitar a todo o custo que a Luta de Classes se desencadeie mais aceleradamente, «ponto fulcral». Resta saber por quanto tempo! de Adelino Silva

Anónimo disse...

Não, mais uma vez não passa.

A desonestidade pessoal e o fundamentalismo ideológico têm limites.

"Ficar indiferente a factos e manter os mantras e mais os gritos e mais os apitos".

Herr jose reagiu deste modo, assim que se soube do cheiro que emanava da governança de Nuncio/Albuquerque/Coelho:
E reagiu indiferente aos factos, manteve os seus mantras e desatou aos berros e gritos.

Herr jose disse completamente fora de si referindo-se a José Azevedo Pereira:
"TODOS os indicadores de um lambe-botas, serventuário de quem chega, coirão maior de acobardado funcionário público.
Ou talvez mais provavelmente, coirão prudente..."

Os insultos soezes e odiosos são uma sua imagem de marca. Repare-se que nessa altura não era apenas "estatísticas" o que estava em causa.Era o ódio em estado puro e canalha sobre os funcionários públicos, o passar das culpas, o assumir-se como alguém que profere enormidades, como outrora outros as proferiam face aos judeus.

Núncio foi desmentido pelo tal "funcionário". Com tal classe e com tal acertividade, com factos e com dados que obrigou o advogado do PP a confessar o seu equívoco. Fora ele, Núncio, o responsável por ter impedido a publicação das listas.Núncio não teve outro remédio senão "isentar", no vocabulário peculiar de herr jose, aquele que lhe estragara os segredos dos seus arranjinhos.

Esse tal Jose disse alguma coisa? Pediu desculpas pelos insultos? Pediu desculpas por tal comportamento de esgoto?

Calou-se e mudou a agulha. Deu de frosques. Mostrou assim como procedem estes amigos amigados do Capital,dos offshores, de Núncio, do PP e de Passos Coelho.

E ensaiou um vira tão vira que parecia uma barata tonta a tentar fugir para o melhor lado. O dos interesses que Núncio, o PP e restante tralha defendem

Eis uma amostra da "procximidade da verdade" da melovigarice de herr jose

Anónimo disse...

Há mais duas notas a registar:

A primeira é a forma como se repete a mesma táctica ,já ensaiada centenas de vezes pelo mesmo personagem.

Perante dados e factos, perante denúnicas concretas e definidas, o que faz herr jose?

Foge. Primeiramente para os braços dos "escândalos da CGD" ( o coitado ainda está nos sms. Ainda não leu o que Rui Rio disse a este respeito).
E depois, presto e afobado, foge para os braços dos milhões (escondidos pelo Núncio).

Sobre Melo e sobre o BdP paira agora o silêncio do túmulo.

Entretanto este acorrer rápido em socorro de todo o fundamentalista neoliberal do PP é sintomático. Há dias era Núncio. Agora Melo. Um pouco antes era Cristas.
Irmãos em "esquemas de compadrio e corrupção"?

Anónimo disse...

Uma segunta nota que mostra como o vira de herr jose conitnua, sem pudor nem vergonha

"Surgiram “factos novos”, depois de ter sido noticiado pelo “Observador” e “Jornal Económico” que o ex-governante foi advogado, entre 2008 e 2010, da petrolífera venezuelana PDVSA, empresa que terá transferido parte significativa dos 7,8 mil milhões para o Panamá através do BES.

Paulo Núncio colaborou ainda como fiscalista, noticiou o “Público”, no registo de 120 empresas na Zona Franca da Madeira. A publicação de dados sobre a Madeira foi a única dúvida oficial levantada pelo ex-governante para não divulgar os dados sobre offshores.

“Queremos saber se estes factos são reconhecidos pelo próprio Paulo Núncio porque, se as notícias corresponderem à verdade, houve um momento em que Paulo Núncio lidou com um conflito de interesses entre mandar publicar a estatística sobre transferências em que participaram ex-clientes e o dever que tinha, como secretário de Estado, de cumprir um despacho de um antecessor que o próprio não revogou, e, nesse conflito de interesses, Paulo Núncio optou pela falta de transparência”, diz, em declarações ao i, João Paulo Correia, coordenador do PS na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já foi ouvido no parlamento no dia 25 de fevereiro. João Paulo Correia diz que, “se os factos noticiados forem verdadeiros, Paulo Núncio veio ao parlamento mas não contou toda a história, e o próprio sabia que tinha de contar esta parte da história”.

“Toda a gente deve ter o direito à sua atividade profissional, e os membros do governo também. O problema está quando um profissional dos paraísos fiscais vai parar a secretário de Estado responsável pelas relações com paraísos fiscais. E depois de ser secretário de Estado, de saber como a máquina funciona, volta à sua profissão”.

Núncio, Secretário de estado nomeado por Gaspar, o tal zeloso cumpridor da troika. Mantido por Maria Luís Albuquerque, a tal zelosa cumpridora dos Swap. Membro do governo de Passos e Portas, dois conhecidos defensores dos interesses da Alemanha, e dos grandes negócios, de serviço em Portugal



Anónimo disse...

A diretora-geral da Autoridade Tributária (AT), Helena Borges, disse que "até ao momento" não tem "evidência nenhuma" do que pode ter provocado a falta de controlo dos cerca de 10 mil milhões de euros que foram transferidos para offshores entre 2011 e 2014 e que não foram alvo de controlo pelo Fisco.

"Até ao momento não temos evidência nenhuma do que pode ter provocado esta anomalia", afirmou Helena Borges, em audição na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, na Assembleia da República, lembrando logo desde o início da audição que ainda não há relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o que realmente aconteceu.

Helena Borges confirma que na altura em que as estatísticas entre 2011 e 2014 foram publicadas em abril de 2016, a informação era "incompleta", porque "tratava apenas o universo que era conhecido", embora na altura os números disponíveis não deixassem "evidência" de que uma parte da informação não estava incluída.

Foi só em outubro de 2016 que a Autoridade Tributária se apercebeu que existia um problema, confirmou Helena Borges, em resposta às perguntas do deputado do PSD Leitão Amaro.

Em resposta ao deputado do PSD, a diretora-geral confirmou que 18 das 20 declarações que não foram alvo de inspeção deram entrada na Autoridade Tributária (AT) no verão de 2015 "são fundamentalmente relativas a [rendimentos de] 2014 que ficaram retidas no sistema local e que não passaram para o central", onde seriam alvo de controlo pela inspeção tributária.

A diretora da AT foi ainda questionada pelos deputados sobre se existe algum sinal de "interferência humana" neste processo. "Não podemos excluir a montante e a jusante dos automatismos", respondeu, sublinhando, no entanto, que está ainda a decorrer a averiguação pela IGF sobre o que realmente aconteceu.

Núncio tinha proibido a divulgação dos números. Quando estes foram divulgados "apanhou-se" a marosca. Eles lá sabiam o motivo de tais opções.
Entretanto um conhecido dançarino tenta mais uma vez deitar poeira para os olhos

Continua o baile

Anónimo disse...

FUGA DE CAPITAIS O caso dos 10 mil milhões de euros que voaram para o exterior revela bem a natureza das opções do anterior governo.

O que os factos vindos a lume comprovam é que no mesmo período em que o governo PSD/CDS-PP foi implacável a impor uma política violenta contra os trabalhadores e o povo revelou-se simultaneamente condescendente e comprometido com os grandes grupos económicos.

«O grau de empenho que executivo de Passos Coelho revelou para esbulhar os direitos dos trabalhadores, carregar com impostos, roubar salários e subsídios, retirar dias de férias, retirar feriados foi exactamente o mesmo que o levou a tratar os grupos económicos com a máxima benevolência, enquanto estes enviavam para fora do País a riqueza que aqui produziam, muita dela nem se sabe sequer como foi obtida»

O que tal comportamento evidencia é assim o compromisso de classe do anterior governo e a natureza da sua política, traços que ficam como marca inapagável desses quatro anos em que revelou ser «muito fraco para os fortes e forte perante os fracos


Num debate em que as bancadas à direita procuraram desvalorizar a gravidade dos aspectos que estão em jogo – «[os dez mil milhões de euros] não são receita fiscal, são transferências, podem até ser compras de mercadorias», admitiu Cecília Meireles (CDS-PP); «nada indica que há impostos perdidos neste processo», alvitrou Duarte Pacheco (PSD) –, a esquerda centrou-se na questão política de fundo, defendendo a necessidade de encetar um firme combate às transferências para os paraísos fiscais.

Trata-se de «taxá-las quando o destino é para paraísos fiscais cooperantes; proibi-las quando se sabe que estão a ir para detrás de um biombo, onde ninguém pode saber de nada», sublinhou Miguel Tiago, que rejeitou que o debate em torno desta matéria seja feito a partir de elementos que vão surgindo de forma casuística e por «modas», tipo «Panamá papers» ou Wikiliks.

«Enquanto continuarmos a cingir o debate a esta onda mediática vamos continuar a fingir que estamos a resolver, quando tudo fica na mesma», : «compreender que os offshores são uma parte do funcionamento do sistema capitalista», relativamente à qual é «necessário tomar medidas concretas"

Jose disse...

«... condescendente e comprometido com os grandes grupos económicos.»
Estás a falar do BES, Jessica?

Já lá vai mais de um ano de Geringonça. Onde estão as propostas de lei de limitar a circulação de capitais, TRETEIROS!!!

Anónimo disse...

Destrambelhado e inquieto herr jose investe desta forma patética que só por si diz tudo.

Mas enquanto se vai assumindo com o nome de guerra que assume, nao assume outras coisas. Por exemplo, o que se debate.

O silêncio sobre o seu amigo Melo emparelha agora con o silêncio sobre o seu amigo Núncio.

E o que resta é este inquieto e confrangedor auto-diálogo que consigo trava, imitando talvez gestos que lhe sao familiares. Mais uma vã tentativa de embonecar a realidade com os seus berros um pouco esganiçados.

A realidade é mesmo tramada e reduz à impotência argumentativa estes coitados.

Anónimo disse...

Para o sujeito das 2 e 04:
Não estamos infelizmente a andar de forma decidida para uma sociedade que arrume de vez a trampa desta sociedade.
Mas algumas propostas estão em cima da mesa:
-"Transferências para os paraísos fiscais: "taxá-las quando o destino é para paraísos fiscais cooperantes; proibi-las quando se sabe que estão a ir para detrás de um biombo, onde ninguém pode saber de nada»

Claro que instituir isto numa UE em que um dos big boss está ligado até ao pescoço a processos fraudulentos...é difícil

-Mas há mais: a todos os indivíduos apanhados com dinheiro nos offshores de forma ilegal...fazê-los pagar pelo mesmo valor do dinheiro posto no bordel tributário

-Há mais ainda: colocar a banca ao serviço do país e não ao serviço de interesses privados. Acabar com a banca privada que está visto é um coio de trafulhas e de ledrões

-Punir exemplarmente toda a cangalhada corrupta que se tem servido dos trabalhadores para enriquecer ilegitimamente.

-Averiguar os processos fraudulentos ligados aos fundos sociais europeus e obrigar à devolução nos casos em que se verifique fraude. Sem prescrição do crime.

Há mais. Fica para depois

Jose disse...

Ao das 12:50
A questão é simples: o capital circula ou passa por autorização administrativa (Estado)?
-

Anónimo disse...

Está distraído o sujeito das 00 e 15

Não só foge do Melo, do Núncio e sabe-se lá de quem mais (como o diabo da cruz).

Como não percebe o que leu ( ou, na sua ânsia de desviar o comportamento execrável dos seus amigos, nem sequer ler)
"Não estamos infelizmente a andar de forma decidida para uma sociedade que arrume de vez a trampa desta sociedade.
Mas algumas propostas estão em cima da mesa:
-"Transferências para os paraísos fiscais: "taxá-las quando o destino é para paraísos fiscais cooperantes; proibi-las quando se sabe que estão a ir para detrás de um biombo, onde ninguém pode saber de nada»

etc etc

Quanto à autorização do estado sobre a circulação de capitais...falta acrescentar num estado Soberano. No caso dum estado cuja soberania está hipotecada directamente ao Capital e que é governado a partir de Bruxelas e de Schauble, percebe-se aonde levam as ruminações de fuga do sujeito das 00 e 15.

Será também por causa disso que há por aí uns tipos que agora terçam armas pela Alemanha. Uns bandalhos vende-pátrias que estão até a aprender a latir em alemão. E querem que os outros lhes sigam o canino comportamento