terça-feira, 28 de março de 2017

Défice (de curiosidade jornalística)

Sem margem de manobra, Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque reagiram com «satisfação» à fixação do défice de 2016 em 2,1% e à perspetiva de saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo.

Mas logo a seguir enveredam pela ladainha do costume. Passos Coelho defende que Portugal precisa de outras políticas para poder crescer, de «políticas mais amigas dos investidores e dos mercados», de «políticas que normalmente os partidos que apoiam o Governo não gostam». E que políticas são essas? Ele não disse. E nenhum jornalista, aparentemente, quis saber.

Maria Luís Albuquerque, por seu turno, assegura que o caminho seguido pelo Governo «para conseguir este resultado», assente em «medidas extraordinárias e irrepetíveis e numa contenção do investimento público», a continuar, «terá certamente consequências muito negativas para a economia portuguesa e para a prestação de serviços públicos de qualidade». Se o caminho seguido foi errado, qual seria, para a ex-ministra, o caminho certo? Ela não disse. E nenhum jornalista, aparentemente, lhe perguntou. Nenhum jornalista, aparentemente, quis saber.

16 comentários:

Filipe Martins disse...

Ninguém quis saber porque ninguém acreditou nesses pastorinhos.

Anónimo disse...

A imprensa não quis saber porque a resposta era mais um tiro no pé.Todos nós sabemos que esta sempre esteve alinhada com passos e companhia.Triste imprensa a nossa.

acfilipe disse...

Ninguém acreditou porque todos fazem o jogo deles!

Anónimo disse...


Eu sei, tu sabes, ele sabe que todos aqueles que vociferam no parlamento, acorrem aos Jornais e TV.s contra a Geringonça e prestam vassalagem ao Imperio (as direitas) andam como zumbis, perplexos e envergonhados, por a sua política anti-povo e vende-patria que pretendem ver implantada em Portugal foi desmascarada, não tem mais vencimento.
Ate´ alguns abutres estrangeiros, asssentados que estao em organismos europeus, estrebuscham por sentirem que mais cedo do que tarde irao perder o pio. E´que pelos vistos os povos europeus não estao mais dispostes a aturar tantos ajustes miserrimos. Talvez os gregos tivessem ajudado um pouco na viragem, mas são os portugueses que mostram, na pratica, aos outros povos o caminho sem sofrimento que e´ necessario levar. Bem que gostaria que fossemos mais lestos, mas enfim..! de Adelino Silva

Paulo Guerra disse...

Por acaso não concordo nada. Falavam claramente de mais investimento publico. Aquela coisa de que quando foram desgoverno nem podiam ouvir falar.

Aónio Lourenço disse...

Mas é conhecido o ideário do PSD? Reformar o estado, excedente orçamental e apostar nas exportações.

Jaime Santos disse...

Ora nem mais. Qualquer crítica, se for feita de boa fé e com conhecimento de causa deve incluir na mesma também uma alternativa. Claro que qualquer um tem o direito de apontar erros e insuficiências ao que existe, mas limitar-se a dizer que precisamos de mais investimento público (um lugar comum com que todos concordamos) não chega. O que Passos e Maria Luís Albuquerque não são capazes de dizer é que voltariam a cortar nas pensões e salários para financiar tal campanha de investimento público (tal como Passos não foi capaz de assumir que era contra a subida do SMN quando chumbou a descida da TSU). Só que o mesmo se aplica à Esquerda. Não basta defender medidas de apoio social, é preciso dizer de onde vêm os recursos e não vale a pena arrancar a camisa e dizer que queremos sair do Euro. É preciso mostrar como. E. já agora, levar em conta que tais decisões têm consequências e não nos tornarão muito apetecíveis aos olhos de investidores externos (http://expresso.sapo.pt/economia/2017-03-25-Gigantes-estrangeiros-assumem-boicote-a-Portugal). É que ainda não vi ninguém assumir que Portugal deve deixar de se financiar no exterior...

Anónimo disse...

Jaime Santos.

Mas ao contrário da direita e da sua extrema, a esquerda diz onde se devem ir buscar os recursos. Por cada medida a implementar diz-se onde ir cortar. Se não é toda a esquerda é uma parte importante da esquerda. E como não cabe aqui qualquer proselitismo cabe-lhe a si fazer o trabalho de casa.
E não vale a pena continuar a rasgar a camisa em defesa desta UE que como se vê a cada passo está só à espera de nos esfrangalhar. A nós em geral, à esquerda em particular, mas sobretudo ao país e aos portugueses. Somos um péssimo exemplo

Só não vê quem não quer ver. E o exemplo de traição do Syriza não nos deve fazer claudicar como quem se rende aos canalhas dos chantagistas

Jose disse...

Ora vejam lá o espanto.
A direita tinha um programa e agora tinha que actualizá-lo partindo do estado criado pela geringonça a cada dia que passa.
Obviamente que tem que esperar pelas consequências e deixar a geringonça a haver-se com elas.
2,1? Esperemos pelos 1,6 já prometido e ainda talvez dê para mais um outro ano.
Então saber-se-á o que significam os custos de pôr os geringonçosos no poder.

Anónimo disse...

Ah. Esta baba violenta, a fazer contas ao défice enquanto a dívida empolada pelo capital financeiro asfixia o país.

Ah esta baba violenta que dá uma tso grande urticária a quem anda sempre con o credo na geringonça.

Ah esta baba violenta em quem não pode saquear o país como nos bons velhos tempos dos donos de Portugal de meia-duzia de famílias do fascismo nacional.

Ah esta baba violenta que mostra que os viúvos do 24 de Abril estão aí entrincheirados a fazer a vez dos viúvos dos Passos e das Cristas hodiernos

Anónimo disse...

Os custos da miséria e da pobreza instituidos por herr Passsos na governação em que ele jurou empobrecer o país?

Os
custos dos roubos dos salarios e das pensões?

Os custos da dívida privada que converteram em pública?

Os custos do dinheiro transferido para os offshores, esses bordéis tributários utilizados pelos proxenetas do Capital?

Anónimo disse...

Hipocrisia deste tipo de políticos, que estiveram no governo(como muitos chamaram de um governo de traição-nacional de Coelho/Portas) venderam o país retalho, criaram condições para que os reformados pessimistas e demais trabalhares estejam na miséria e com fome, e agora têm o descaramento de dizer que é preciso mudar. Só se for para pior...
Esta canalha deveria ser julgada e presa!
E mais não digo porque posso ser multado ou preso, como foi o caso da investigadora e bolsista Maria de Lurdes Rodrigues que se encontra presa em tires/cascais, por ter a coragem de dizer umas tantas verdades, sobre a "justiça" que se faz em Portugal,e igualmente, denunciar o ministro da educação da altura , pelos erros graves cometidos... Mas isto a maioria da "comunicação social" e alguns dos seu jornalistas, não divulgam... E mais umas tantas organizações que se dizem defensoras dos direitos humanos!!! Porquê? Porque,tem medo de serem multados ou presos? Sendo assim dediquem-se a pesca do a rasto... Esta também é para os responsáveis do blogue:"Ladrões de Bicicletas2!

Jose disse...

Ele há parvalhões e parvalhonas para todo o tipo de serviços.
Nada da bandalheira anterior a 2010 os afecta.
Todo o mal é do PaF e nele começa!!!

Falta de vergonha nas trombas!

Anónimo disse...

Défice (de curiosidade jornalística)
Todos temos como certo que este tipo de ”curiosidade” já foi chão que deu uvas. Hoje em dia prolifera mais o “Espirito Obscurantistico”, como em quase toda a esfera de artes, ofícios, profissões e correlativos derivados.
Tudo foi globalizado!
Os valores de cultura humanística que as sociedades humanas foram cimentando ao longo de milénios foram requisitados, fechados e selados de tal forma que o espirito curioso foi dando lugar ao «abstracionismo». Certos homens, pela avareza, apostam, vitoriosamente, espero que (por enquanto), num espiritismo supra-religioso numa retroatividade histórica e cultural que não faz sentido algum nos dias que correm, e, os fazedores da informação publicada estão nesse âmbito manhoso!
E´ chato percebermos isto e não poder cortar o mal pela raiz… de Adelino Silva

Anónimo disse...

de falta de vergonha o Jose percebe muito.

mas não me parece que aconteça isso. acho que a maioria das pessoas sabe o que era essa bandalheira e não a quer de volta. a bandalheira que houve em 6 anos de sócrates, a de 3 anos de durão-santana, a de 6 anos de guterres, a de 10 anos de cavaco. o mal não começa na paf. claro que não.

mas a paf fez coisas que prejudicaram o país "sem retorno". e muitas.

Anónimo disse...

Parvalhões e parvalhonas. Mais as"trombas de"

Isso herr José. Isso. Uma argumentação limpida.

Tanto como a frequência dos bordéis tributários é algo limpo e asseado.

Mas isso sabem- no melhor os seus proxenetas