As inenarráveis declarações de Jeroen Dijsselbloem a propósito dos países do Sul europeu («não se pode gastar o dinheiro todo em copos e mulheres e depois vir pedir ajuda») superam, em grosseria e mau gosto, a metáfora sobre «cinema e pipocas» a que João Duque recorreu em 2011, numa sessão do movimento independente «Mais Sociedade» (criado por sugestão de Pedro Passos Coelho). Mas o desprezo e a ligeireza, o moralismo sobranceiro e a fraude intelectual são exatamente os mesmos.
terça-feira, 21 de março de 2017
O momento João Duque de Jeroen Dijsselbloem
As inenarráveis declarações de Jeroen Dijsselbloem a propósito dos países do Sul europeu («não se pode gastar o dinheiro todo em copos e mulheres e depois vir pedir ajuda») superam, em grosseria e mau gosto, a metáfora sobre «cinema e pipocas» a que João Duque recorreu em 2011, numa sessão do movimento independente «Mais Sociedade» (criado por sugestão de Pedro Passos Coelho). Mas o desprezo e a ligeireza, o moralismo sobranceiro e a fraude intelectual são exatamente os mesmos.
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19 comentários:
Boa
"Não sejam piegas" - Passos Coelho
"Os portugueses são um povo manso" - Cavaco Silva
"Ai aguenta, aguenta" - Fernando Ulrich
"Carrega neles, Merkel" - Camilo Lourenço
"Saiam da zona de conforto" - Um pafioso qualquer
"Emigrem" - Passos Coelho
"Os portugueses andaram a viver a cima das possibilidades" - Passos Coelho, Cavaco Silva, Pinto Balsemão, Soares dos Santos, Camilo Lourenço, António Barreto, Teodora Cardoso, Medina Carreira, Paulo Portas, Maria Luis Albuquerque, Isabel Jonet, Durão Barroso, João Duque e muitos outros PSDs e CDSs.
"Não há alternativa" - Banqueiros falidos, políticos prostitutos, "comentadores" e "economistas"
Segundo as últimas informações o homem mandou pintar recentemente a sua casa.
O trolha era emigrante português, falido empreiteiro de sucesso na era de grande progresso da economia portuguesa (a construção valia 16%do PIB), que lhe terá confidenciado quão feliz era então a vida dos portugueses.
Boa resenha, caro Geringonço
Entretanto não se sabe onde um tipo andou a arranjar informações sobre um homem que andou a pintar a casa.
Nem se sabe que homem era. Embora se suspeite que isso de informações era mesmo o seu métier. Do tipo, que não do homem.
Quanto ao trolha parece que era emigrante português.Convertido por artes mágicas em "empreiteiro de sucesso". Uma espécie de folhetim telenovelesco a apaixonar assim esta espécie de dondocas a fazer-nos tais confidências idiotas
Enfim um arrazoado de disparates para ver se não afectam a imagem do seu vizinho,exemplo vivo para a família e a quem se dá como exemplo às criancinhas. Um tal Duque, um trampoliteiro passista, que andou a arengar o mesmo que Geringonço reproduz.
Por acaso, o tipo do serviço de informações também dizia exactamente o mesmo. Agora faz estes papéis de pantomina
Que remédio este tipo não ter outro remédio que não papaguear estas tontices de verdadeiro perito de "empreiteiros de sucesso".
o jose tem saudades do seu tempo de inspector da pide. ainda tem guardado aquele porta chaves feito com bocados de orelha dos presos.
O grande progresso da economia portuguesa...
Pois. As ações do Cavaco e filha. Mais de 100 por cento. Aa PPP mais o BPN mais os submarinos mais o BES mais as fraudes fiscais...que rombo. O assalto das elites do Capital
"O pacto na zona euro baseia-se na confiança.
Com a crise do euro, os países do norte na zona euro mostraram a sua solidariedade para com os países em crise. Como social-democrata considero a solidariedade extremamente importante.
Mas quem a exige, também tem obrigações.
Não posso gastar todo o meu dinheiro em álcool e mulheres e continuar a pedir ajuda.
Este princípio aplica-se a nível pessoal, local, nacional e, inclusivamente, europeu.”
Unabomber, por mais contexto que dê às palavras do homem, a fraude intelectual persiste.
Afinal, só me saem e´ Duques, cabe agora dizer.
Palpita-me que estejamos a chegar aos “finalmente” direitistas «Mais Sociedade» de P.P.C. poderá ser um último impulso, convulsivo…que nem o José salvara´… Prevejo um final triste para os que se intitularam “coveiros da democracia”. Paf, Puuuuf. de Adelino Silva
Há algo de repelente nas declarações desta espécie de rato de esgoto , chefe de fila dos "sociais-democrtas" holandeses, cuja expressão eleitoral foi pelo cano.
O exemplo acabado do destino dos que traem princípios e se passam para o lado do inimigo.Que assumem o rosto do inimigo. Que bajulam os alemães, à espera de se manterem nos postos atribuídos pelos senhores da europa nesta europa pós-democrática
A "solidariedade " dos ratos é para a austeridade. A solidariedade dos ratos é para com os ratos.
Este princípio aplica-se a nível pessoal,local, nacional, europeu e mundial
Em relação às eleições holandeses
Nas eleições as "vitórias " e " derrotas " são aferidas por esta fauna de escribas em função de terem ou não derrotado as espectativas e sondagens que eles mesmos criaram ou forjaram.
Nas eleições holandesas a boa notícia foi a derrota esmagadora do partido do presidente do Eurogrupo , DijsselBloem esse magnífico socialista e homem de recados do ministro das finanças alemão . A outra foi a subida significativa dos partidos da esquerda e a descida dos partidos ditos do centro .
os outros os outros, sem serem a tal geringonsa os direitinhos de bem engravatados ,os tais bem falantes bem educados ,os tais os tais,que poseram os demais a pagar
Vale a pena analisar os resultados eleitorais na Holanda para vermos até que ponto somos manipulados por uma informação indecente:
"O resultado destas eleições na Holanda traduziu-se em razoáveis mudanças das representações parlamentares.
O bloco de centro-direita que governa a Holanda foi formado até aqui pelo Partido Popular pela Liberdade e pela Democracia (VVD), de Mark Rutte, de direita, apoiante desta UE, fiel executante da sua política de austeridade e muito restritivo para com a imigração, e o Partido Trabalhista (PvdA), partido social-democrata, de centro, de Lodewijk Asscher, que alinhou com o seu parceiro de direita nas políticas de austeridade e cumprimento de outras orientações negativas da UE, como a eliminação de direitos sociais e de degradação dos padrões de vida da classe trabalhadora e reformados, e suscitando receios xenófobos. Ambos os partidos no governo foram penalizados com uma baixa assinalável da votação e representação parlamentar – o VVD e o PvdA, particularmente este, que passou de 38 para 9 deputados… Aguarda-se que Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças deste partido trabalhista (!!!) retire as consequências e se demita de presidente do Eurogrupo, não esquecendo os portugueses a sanha com que os atacou.
Mesmo que o VVD tenha sido mais votado que o PVV, de extrema-direita, contrariando expectativas que tinham sido empoladas pela comunicação social, a sua queda foi de 41 para 33 deputados. Não tendo, semanas antes, garantida votação superior ao PVV e arriscando não ter papel relevante num governo saído destas eleições, o VVD captou para si slogans xenófobos e anti-islâmicos e beneficiou da confrontação com Erdogan. Isto depois de ter perdido o referendo em que os holandeses recusaram um tratado de associação com a Ucrânia.
De qualquer forma, o PVV, de Geerte Wilders, de extrema-direita, teve votação inferior às penúltimas eleições, passando de 24 para 20. Nessas eleições foi fortemente penalizado por ter provocado a queda de um governo minoritário do VVD, que apoiou na sua criação, ficando nas eleições seguintes com apenas 9 deputados. Isto é, o PVV agora recuperou apenas 11 dos 15 deputados que perdera. Geerte Wilders foi aliás dirigente do VVV, com Mark Rutte, de onde saiu para formar o PVV."
"Na Holanda «se quisermos falar de viragens, em vez da viragem à direita que nos andaram a vender (...), devemos falar, sim, de viragem à esquerda»
Os partidos considerados do centro, no seu conjunto (PvdA, CDA, D66, CU, 50+) passaram de 70 para 52 deputados. Os de direita (VVD e UNL) passaram de 43 para 33. E os de extrema-direita (PVV e SGP) passaram de 18 para 20.
No seu conjunto, os vários partidos que se reclamam da esquerda (o Partido Socialista-SP, a Esquerda Verde-GL, o PvdD e o Denk) passaram de 21 para 33 deputados.
Portanto, se quisermos falar de viragens, em vez da viragem à direita que nos andaram a vender, e apesar da desproporção entre os dois grupos de partidos, devemos falar, sim, de viragem à esquerda.
É evidente que – mesmo que o PVV ficasse como o partido mais votado e com mais deputados – teria dificuldade em encontrar parceiros de coligação, isto porque, aparentemente, até agora, ninguém queria governar com o PVV".
(António Abreu)
"Durante a crise do euro, os países do norte mostraram solidariedade com os países afetados pela crise. Como social-democrata, atribuo uma importância extraordinária à solidariedade. Mas também deve haver obrigações: não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda".
Os países do euro mostraram solidariedade? Não foi Dijsselbloem que em Junho de 2015 na cimeira da crise Grega o servil pode decidir a exclusão do Eurogrupo do ministro das finanças Yanis Varoufakis um dos seus membros...
Este tipo é social-democrata? Não foi este tipo que se coligou com a direita segundo os mandamentos austeritários, pela aniquilação do estado social? Os eleitores perceberam-no tão bem que castigaram quem assim procede. Passou de 38 para 9 deputados.
A enorme importância atribuída à solidariedade é a mesma que a Jonet tem pela mesma?
Quanto às mulheres e aos copos,Costa respondeu de forma magnífica:
É inaceitável que uma pessoa que tem um comportamento como ele teve, uma visão xenófoba, racista e sexista sobre parte dos países da União Europeia possa exercer funções de presidência de um organismo como o Eurogrupo"
Entretanto:
"O Governo alemão apoiou esta quarta-feira o presidente do Eurogrupo, Jeroem Dijsselbloem, após as declarações deste acusando os países do sul da Europa de gastarem dinheiro em "copos e mulheres".
A porta-voz do Ministério das Finanças, Friederike von Tiesenhausen, afirmou num encontro com os jornalistas, citado pela agência Efe, que o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, "aprecia muito" o trabalho do seu homólogo holandês à frente do Eurogrupo".
Já sabíamos. Jeroem Dijsselbloem e Wolfgang Schäuble.Apreciam-se muito.
E colado ao tacho, com a bênção dos donos da Europa, Dijsselbloem vai dizendo:
"Não tenho intenção de me demitir"
Era necessário fazer este trabalho sujo. Os 5% de votação podiam fazer-lhe tremer o "poleiro" eurocrata
“Em 1969, abri mão de mulheres e bebidas, e foram os piores 20 minutos da minha vida”
GEORGE BEST, CITADO POR PAULO BALDAIA NO DN
Viaduto de Alcântara, em Lisboa, esteve fechado: dinheiro da manutenção foi todo gasto em mulheres e álcool
Operação Dijsselbloem: ASAE apreende vinho a martelo e mulheres de contrafacção
Portugueses gostavam de gastar dinheiro em álcool e mulheres mas infelizmente gastam tudo a resgatar bancos
Partilhei no meu mural no face com um reparo: não há ideologia, há cinismo apenas no Duque e na "sena" triste que é o holandês voador.
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