sexta-feira, 17 de março de 2017
Cem anos depois
Os últimos anos mostraram que, com a queda do Muro de Berlim, não colapsou apenas o socialismo, colapsou também a social-democracia. Tornou-se claro que os ganhos das classes trabalhadoras das décadas anteriores tinham sido possíveis porque a URSS e a alternativa ao capitalismo existiam. Constituíam uma profunda ameaça ao capitalismo e este, por instinto de sobrevivência, fizera as concessões necessárias (tributação, regulação social) para poder garantir a sua reprodução. Quando a alternativa colapsou e, com ela, a ameaça, o capitalismo deixou de temer inimigos e voltou à sua vertigem predadora, concentradora de riqueza, armadilhado na sua pulsão para, em momentos sucessivos, criar imensa riqueza e destruir imensa riqueza, nomeadamente humana.
Excerto de um artigo de Boaventura de Sousa Santos, publicado no Jornal de Letras no início de Fevereiro. Pode, talvez, funcionar como uma introdução à sua primeira aula magistral deste ano, intitulada “as ciências sociais 100 depois da Revolução Russa” e que terá lugar na próxima segunda-feira, pelas 16h, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sendo a entrada livre.
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21 comentários:
O ataque à social-democracia é o dó de peito dos amantes do totalitarismo que supostamente haveria de produzir o Homem Novo.
Fazem-no dando-se ares de novidade quando a destruição da social-democracia sempre foi uma prioridade que haveria de libertar o capitalismo para o que acreditavam - e acreditam - ser um inevitável processo de autodestruição,como teorizavam os marxistas fundadores.
Nessa luta, que queriam planetária, davam-se ares de rasgar vestes pelos povos explorados do terceiro mundo que afirmavam, não sem razão, vitimados pelo imperialismo capitalista, o qual era o sustento de uma social-democracia que distribua riqueza gerada por essa mesma acção.
Agora que a globalização e as migrações levam a que milhões reclamem uma repartição que diminui os meios à disposição da social-democracia europeia, logo vem essa raça de treteiros levantar as bandeiras para que cresçam as barreiras e fronteiras que restabeleçam um domínio que alimente mordomias que não hesitam em projectae até ao ócio remunerado.
Como sempre fizeram, dão-se ares de cientistas em luta pelo seu papel dirigente no laboratório totalitário onde, hoje como ontem, querem escravizar o Homem no processo de o fazer Novo!!!
Há que construir um outro mundo.
E fazer face à besta do Capital. Ou a barbárie irremediavelmente voltará
Parece que foi na mouche.
Herr jose tanto disparate assim cansa.
E nao ha por aí uma tirada a la Palice?
Herr jose?
Mas, mas, mas..vossemecê endoidou?
Ate onde vai o desplante do seu brua bruá?
Então quando gritava que Angola era nossa estava a ajudar a social-democracia ou o seu ócio?
E quando elogiava a acção da Pide nas colónias estava a ampliar os horizontes dos esvravos ou a exigir a continuação do saque?
Herr jose e o que diria o seu paizinho se visse o filhinho passar de frequentador de almoçaradas da legião para adepto da globalização feita à medida dos saqueadores e dos vende-patrias?
Diria que é tudo uma questão de números? De negócios? De lucros?
E herr jose essa estoria dos milhões e da globalizaçao... E da repartiçao na europa...
Nao choca com a fria e cruel nudez da verdade?
Que a crise aumentou ainda mais a concentração da riqueza? Que a globalizaçao foi sobretudo benéfica para o capital financeiro? Que a globalização é hoje fonte de miséria e pobrexa?
Herr jose e não se lembra daqueles fdp que defendiam e defendem os offshores como modelo para uma mais justa repartição da riqueza?
Esta conversão do José à social-democracia é um mimo.
Agora não lhe dão achaques nem arrufos nem birras que demonstram o odiozito de estimaçao aos socialistas.
Ficou preocupado pela denúncia eficaz e certeira do modus faciendi do Capital.
Viu-se com a careca à mostra
Independentemente do conservadorismo latente, não há volta a dar, a revolução, agora mais cedo que tarde, vai vencer e com ela a mudança de rumo das sociedades.
A Revolução não nos chega por encomenda, ela chegara´ quando as condições sociopolíticas e sociais estiverem maduras.
Na sequência do advento Revolucionário Bolchevique de Outubro de 1917, há cem anos, não foi só a Rússia que mudou, foi toda a Humanidade que se movimentou contra subalternização de povos inteiros deste Planeta. Outras revoluções se sucederiam!
Lembrar um pouco da Historia não faz mal a ninguém - Para que a Revolução de Outubro saísse vencedora, os revolucionários tiveram de enfrentar e derrotar uma sangrenta Guerra Civil e logo de seguida uma invasão de 14 Potências Ocidentais não satisfeitas com o curso vitorioso dos Bolcheviques. Viva a Revolução que mudou o curso da história, Viva! de Adelino Silva
Quando parecia a marcha triunfal para o capitalismo, desmascara-se como um modo de organização económica e social iníquo incompatível com a dignidade e futuro da humanidade. Não se acredite contudo, conforme ilusões que são apresentadas por algumas esquerdas, que a perda de legitimidade do sistema originará a sua destruição. Um sistema alternativo, não só é desejável como é possível.
Um bom contributo pode ser aqui ouvido
http://www.rtp.pt/play/p280/e278722/maria-flor-pedroso
Um bom início de conversa com uma conclusão irrefutável
A opinião de alguém que fala num ataque à social-democracia que é novidade, mas que existe desde sempre, só pode mesmo ser parida por alguém que diz asneiras.
Assim do gênero " que haveria de libertar o capitalismo".
Quando a asneira ultrapassa certos miveis só mesmo uma sonora e bem disposta gargalhada
Depois da extinção da URSS, surge a TINA, que malcheiroso acrónimo.
Costumo dizer que a queda do muro de Berlim foi trágica, para "nós". É triste, mas é o que é... Aguardam-se tempos em que seja possível ter, sequer, esperança.
Este jose tem uma cabecinha pensadora, não há dúvida. Desde que foi apanhado com as calças na mão em Abril de 74 que o seu afã escravizador/conservador está redireccionado para o saque escravizador/neoliberal.
E é como diz o caro anónimo das 21:39 - é só rir com tanto disparate.
Como hoje é dia de S.José sinto-me inclinado a pregar entre os pobres de espírito.
Para o as 21:39 direi que « é novidade, mas que existe desde sempre» corresponde por inteiro à ideia de «dando-se ares de novidade».
Quanto ao "que haveria de libertar o capitalismo", convirá lembrar que a comunada mais autêntica sempre acredita que sem a moderação social-democrata o capitalismo, por estúpido e malfeitor por natureza, caminharia para a sua rápida extinção suscitando inevitável revolta, na qual os pastores têm naturalmente a maior urgência.
Para o Cuco das 14:50 já só um milagre o salvará de aplaudir toda a cretinice, e hoje é dia de pregação e não de milagres.
Nada a opor ao facto de que o ocaso do 'Socialismo Real' coincidiu com o dobre a finados para o modelo social-democrata. Sucede que chamar alternativa a esse modelo socialista tem que se lhe diga. É que da sua lógica resulta a conclusão, João Rodrigues, que as nossas conquistas sociais a Ocidente justificariam a manutenção na servidão de todos os Povos do Leste Europeu. Sim, sem liberdade de expressão, sem eleições livres, com fantochadas como a 'Frente Nacional' da RDA que congregava todos os Partidos, da Direita ao SED, mas tudo bem controlado pelo KPD, com a degradação ambiental e a falência económica que só se tornaram verdadeiramente patentes a partir de 1989, mas que já Emmanuel Todd sobe intuir mais de uma década antes. Que triste que é vê-lo incapaz de assumir uma defesa sem peias do 'Sol da Terra'. Como são envergonhados os nossos Esquerdistas dos dias de hoje... Não admira, não têm mesmo nada a que se agarrar. E que grandes internacionalistas é que vocês saíram...
Oh Jaime, os alegados crimes cometido em seu nome não podem levar à negação do Socialismo, pois, na falta de uma "alternativa" seria a perpetuação da mostruosidade geradora de miséria e destruição para alimentar a voracidade de uns canalhas ricos. Decorre daqui a necessidade de uma critica persistente ao capitalismo que dissimulado por vestes da social democracia foi mantendo na ilusão através de um certo nível de vida os povos ocidentais, ao mesmo tempo que cerrava os dentes, sabotava e não hesitava (tal como não hesita) em recorrer à morte, golpes de estado, aliança com os piores dos regimes e ditadores. A história é a prova.
Estamos num momento em que a automatização e a arrogante voracidade do capital, vai precipitar ainda mais miséria e a barbárie. O direito ao emprego e a condições de existência civilizadas vão adquirir ainda mais, conteúdos subversivos e até de criminalização. A par de imensos problemas que entram pelos olhos dentro, de incapacidade crescente em satisfazer as necessidades essenciais da Humanidade, da uma lógica de destruição dos recursos naturais, de estados e de pessoas que buscam a paz, continua-se rumo ao abismo, com os Estados manietados pelos grandes conglomerados que não querem saber da nós! Não terá chegado a hora de elaborar as vias que hão-se possibilitar a superação do atoleiro deste capitalismo sinistro e incompetente? Ninguém está a pedir a lua, nem que se regresse a experiências não totalmente conseguidas.
Herr jose sente-se inclinado a pregar entre os pobres de espírito.
Ámen.
A pedantice de classe também passa por aqui. Ou dito de outra forma. Entre o estado nauseoso e a arrogância de fundamentalista beato ( dos mercados) quase todos os estados são possíveis
Re-ámen
Mário Reis põe o dedo na ferida.
E demonstra que quem não tem nada para se agarrar é a social-democracia que traiu e claudicou.
Este arremedo constante e perpétuo a tentar desvalorizar quem tentou dar uma outra resposta à exploração capitalista é apenas a fuga para a frente de quem não pode oferecer mais do que isto.
Será que ainda não repararam para onde vão os partidos ditos socialistas como o grego? Como o francês? Agora o holandês?
Será que ainda não repararam que a "queda do muro de Berlim foi trágica, para "nós", como alguém aí em cima dizia de forma muito apropriada?
Parece que a novidade não o . Porque parece que a novidade existe sempre. Pelo que a "novidade" corresponde por inteiro à ideia do «dando-se ares de novidade». Mas que afinal não o é
E está assim arrumada a questão pelo pobre jose.
Vamos repetir?
"A opinião de alguém que fala num ataque à social-democracia que é novidade, mas que existe desde sempre, só pode mesmo ser parida por alguém que diz asneiras".
A opinião de alguém que fala num ataque à social-democracia que ele entende que existe desde sempre e a quem agora atribui o conceito de novidade só pode ser parida por alguém que diz asneiras.
Se Jose não percebeu, paciência.
Quanto ao "que haveria de libertar o capitalismo"
Repete-se a frase ipsis verbis:
"A destruição da social-democracia sempre foi uma prioridade que haveria de libertar o capitalismo para o que acreditavam - e acreditam - ser um inevitável processo de autodestruição,como teorizavam os marxistas fundadores".
Então a libertação do capitalismo passa pela destruição da social-democracia? E o capitalismo fica todo satisfeito de ter sido libertado? Mas a social-democracia também não se enquadra muitas vezes no capitalismo? Então a destruição duma parte do capitalismo iria libertar o capitalismo no seu todo? E o processo de destruição do capitalismo era inevitável? Ou seria a destruição da social-democracia que seria inevitável?
Tudo tendo em vista a libertação do capitalismo, não era?
Pede-se desculpa ao pobre do jose, mas só a comiseração não basta. São mesmo necessárias algumas valentes gargalhadas
Hoje, ou ontem, é dia de preparação?
E a seguir vem o milagre?
Será que o Jose é a dona Teodora?
E será que esta correria de sacristão suspeito em torno de vozes concordantes correspondem a resquícios de outras épocas em que os mais zelosos pidescos nao permitiam " ajuntamentos" com mais que duas pessoas porque receavam estar em presença de conspiradores comunas?
Só que agora em vez do cacete só lhe restam salivar sobre a cretinice, generalizando aos demais a sua própria condição?
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