quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Saiu hoje!
Como se pode ver nos números das contas nacionais hoje divulgados pelo INE, o investimento continua com tendências bivalentes. Por um lado, verifica-se uma evolução positiva das aquisições em equipamentos e bens de equipamento, mas por outro o investimento do lado da construção (cujos valores são ainda mais elevados do que a aquisição de equipamentos) mantém-se estagnado. Essa ambivalência acaba por influenciar os valores globais do investimento, que apresentam uma evolução global bastante tímida (ver gráfico em baixo). E que nos leva a questionar o que irá ser do investimento se a construção não recuperar o seu papel passado.
Em parte, essa tímida evolução fica a dever-se também à evolução do consumo final que ainda não atingiu os valores anteriores à crise internacional. No gráfico acima não se vê muito bem, porque o topo da linha é o resultado da soma dos valores das exportações e do consumo final. Mas o consumo final está a evoluir desta forma:
Estes valores podem ser medianamente optimistas em relação ao emprego, mas nada que possa dar esperanças para uma recuperação pujante do emprego a breve trecho, o que manterá uma pressão sobre o valor dos salários para que não subam, e sobre as condições contratuais para que se mantenham precárias.
Caso se queira manter tudo neste ambiente de fragilidade, a solução é simples: basta manter tudo como está.
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6 comentários:
E como é que essa recuperação pujante do emprego vai acontecer?
Construção de mais autoestradas? Estádios?
Construção de um novo aeroporto como alguns lobistas andam a sugerir recentemente?
Ou seja financiar os mesmos do costume para daqui a uns anos estar tudo na mesma?
O João está certo, a recuperação do emprego é urgentíssima mas como é que vai ser feita e que tipo de investimento é algo que ainda está por definir.
Estamos tão bem!
Que paz!
Que sossego!
Que Natal tão afectuoso.
Faço minhas as palavras do anónimo das 13:01. Regressar às políticas do betão que contribuíram para os problemas dos bancos e para o endividamento público por via de PPPs não é certamente opção. Este modelo de crescimento está esgotado e até me parece que na maioria governamental não há ninguém que diga o contrário...
"Estamos tão bem!
Que paz!
Que sossego!
Que Natal tão afectuoso.!" ( e mais uns tantois !!!!)
Esse plural consubstanciado no "estamos" traduz o quê?
A confissão da impotência argumentativa mascarada de espectáculo circense?
Com toda a certeza. Entretanto a caravana passa e é necessário ir mais além. Os coiotes uivam e os vampiros contorcem-se. Disfarçados de ovelhas a rezar em estilo Jonet.
Mas isso sabe bem o das 13 e 47
Caro anónimo,
Há muito trabalho de construção que não passa por betão. Falou-se da recuperação, das infraestruturas ferroviárias. Mas não sou um especialista.
De qualquer forma, há desafios pesados que terão de ser olhados de frente. Mesmo que para já seja difícil encontrar soluções. Caso se não tivesse uma visão de curto prazo, eu tenderia a fazer um mapa de necessidades e, posteriormente, ver como executá-las. E face a isso encarar os nossos constrangimentos vários. Tanta coisa por fazer ainda...
Tanta coisa por fazer mesmo.
E preservar a independência nacional, incrementando e promovendo a produção do país.
Hoje comemora-se o dia primeiro de Dezembro. Hoje comemora-se a nossa Independência. Mas comemora-se algo mais. Comemora-se um feriado reconquistado aos canalhas que tentaram voltar atrás no tempo. Que tentaram assaltar os nossos dias e que roubaram os trabalhadores da forma desonesta como só o Capital sem escrúpulos o consegue.
Este dia não pode passar sem uma referência. Uma referência festiva e de regozijo. Mas também uma referência de alerta porque os vampiros rondam e querem retomar o saque. Também dos nossos feriados. Também da nossa independência.
E roubando à fartazana como só quem vive de exploração dos demais o consegue
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