quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Imprecisões factuais

A análise que consta do World Economic Outlook de Outubro de 2013 não mostra que Portugal foi o país resgatado onde os salários mais cresceram. Só uma leitura grosseira dos dados (e alienada da realidade) permite dizer tal coisa.

O problema é que o FMI não olha para a evolução dos salários, mas sim para a evolução do salário médio da população empregada. E da análise da evolução do salário médio da população empregada não se pode concluir o que quer que seja sobre a evolução dos salários.
 

O FMI não pensou na seguinte possibilidade: é possível que todos os salários baixem e, mesmo assim, o salário médio suba. Como? Basta que a queda do emprego se concentre nos salários mais baixos. Nesse caso, todos ganhariam menos, mas o salário médio do trabalhador empregado pode aumentar. 

Foi exactamente isso que aconteceu em Portugal

6 comentários:

Anónimo disse...

e mesmo assim continua sem fazer sentido.

do que conheço olhando em meu redor

A. a queda do emprego não se deu apenas nos salários mais baixos. veja-se o sector financeiro - banca e seguros - que tem trocado antigos empregados por novos para fazer o mesmo.

B.os salários dos empregados que conheço não está mais alto, bem longe disso.

Anónimo disse...

Mas o que é que se espera duma organização como o FMI.?
Porventura já se esqueceram do que essa espúria organização tem feito por esse mundo fora.
Como é óbvio os erros factuais deles não são inocentes mas antes insidiosos.
Esta é uma organização que não faz falta a ninguém e que apenas serve para perpetuar o estado de dependência dos países mais fracos.
Vejam só, por ex, o rasto de miséria que esta criminosa organização deixou nos anos 70/80 na américa latina.

Blondewithaphd disse...

Eu só sei que o meu desceu e continuará a descer.

Paulo Pereira disse...

Não é possivel ver o peso dos salários no PIB em 2008 e 2013 ?

Anónimo disse...

Eles tb não devem estar a contar com as "retenções de solidariedade" que numa visão apressada podem tb não contar para os impostos, e com os cortes na função pública, supostamente não permanentes.

Anónimo disse...

talvez não se deva subestimar os bons ordenados dos "boys" que todos os dias são contratados para os organismos públicos, como se pode ver consultando com regularidade o DR, ao contrário dos funcionários públicos que todos os dias se reformam, mais os que irão ser despedidos - desaparecendo dos excells ... !
maria josé albuquerque, 67anos, aposentada