segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Consistências problemáticas

Dois meses de discussão pública e dezenas de colóquios e audiências depois continuam por responder duas perguntas fundamentais sobre a "reforma" do IRC. Quanto custará aos contribuintes? E em que medida o interesse geral do País justifica que se abdique de uma receita substancial numa altura em que se cortam salários e pensões de 700 euros a um milhão de portugueses.

Não percam o artigo de Elisabete Miranda - “As inconsistências problemáticas da ‘reforma’ do IRC” - no Negócios de hoje. Para o governo e para António Sonae Mota-Engil fundo Vallis Riopele Fundação Serralves SIC Notícias Morais Leitão Galvão Teles Soares da Silva & Associados ACEGE Associação Comercial do Porto Têxtil Manuel Gonçalves Jerónimo Martins CDS Lobo Xavier o interesse dos grandes grupos económicos é o interesse geral. Os outros têm de suportar o custo desse interesse de classe. Essa é a consistência de problemáticas corridas para o fundo em matéria fiscal e não só.

5 comentários:

Luís Lavoura disse...

o interesse dos grandes grupos económicos é o interesse geral

O João Rodrigues saberá certamente que só há uma coisa pior do que ser-se explorado pelos gandes grupos económicos: não se ser explorado pelos grandes grupos económicos.

José M. Sousa disse...

Que tristeza de comentário!

H. PontedaLuz disse...

Bom dia meus Srs,
Mas tem a certeza o Sr. Lavoura?
Da generalidade desse "interesse geral" até á banalidade dos muros separatistas dos condomínios privados e da ordem pública privada e mercenária vai um saltinho.
Ou quereria dizer "interesse genérico"?
Vá por favor ver a página do NyTimes de hoje e reflita por que é que o melhor aluno do Orto-liberalismo Anglo, o grande México, deixa os seus doentes mentais morrer como se no séc.XVIII estivéssemos, mas infelizmente, de tipologias bem mais consentâneas com a exposição prolongada aos hábitos -consumistas ou da falta dele- dos grupos esses que se pretende que ao bem-comum nos guiarão.
Sem Estado não há quem trave o Ser Humano, e sim, precisamos Todos se não de travão, de orientação.

Anónimo disse...

Vindo de quem vem, nada mais é do que o expectável...

R.B. NorTør disse...

Discordo que "Sem Estado não há quem trave o Ser Humano" uma vez que o Estado, apesar de os seus inimigos os passarem como tal, nao é uma entidade abstracta, um ser mitológico que vive nas brumas do Olimpo. O Estado somos nós, gostemos ou nao.

Podemos viver iludidos que se nos fecharmos em nossa casa nao temos impacto na vida dos nossos vizinhos, mas perguntem a um vizinho qual o impacto de um tipo fechado na sua casa, sem esgotos, para nao interagir com o mundo!