Espera-se que Duarte Marques, líder da JSD, que se revelou tão afoito na defesa do apuramento de responsabilidades criminais dos agentes políticos «pela situação económica do país», já esteja a reunir documentos e a preparar um dossier sobre o processo de transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado.
É que se trata de um negócio que constitui, ao mesmo tempo, uma forma deliberada de descapitalização da Segurança Social e mais um passo no descarado benefício do sector financeiro. De facto, os dois mil milhões de euros resultantes desta transferência não só não vão directos para os cofres da Segurança Social, como seria expectável (servindo antes, por decisão do governo, para «injectar liquidez na economia»), como se imputa ao sistema público de pensões uma pesada responsabilidade, que adia «para as gerações futuras o pagamento de compromissos assumidos no presente». E, como se não bastasse, ao abrigo desta despudorada negociata, permite-se que os custos – para as instituições financeiras – decorrentes da transferência, possam ser abatidos no seu lucro tributável, durante um período de 10 a 20 anos.
Em coerência, exige-se portanto que Duarte Marques agende novamente, em breve, uma audiência com o Procurador Pinto Monteiro, levando consigo este assunto e sugerindo, como fez no passado recente, que se está perante indícios criminais que apontam para «a irresponsabilidade daqueles que de forma óbvia e deliberada, movidos por interesses mais ou menos obscuros, atentaram vergonhosamente contra a nação». É que, tal como o sol, a demagogia e o populismo oportunista deviam, no mínimo, nascer para todos.
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4 comentários:
Se existe uma máfia financeira que controla os Políticos, os Media e a Justiça (diz-se do Procurador Pinto Monteiro que serve para tamponar qualquer investigação aos roubos que são praticados contra o Estado), qual deve ser o papel dos cidadãos que percebem o que se passa? Limitar-se a chamar a atenção para esses crimes?
Este seria o caminho correcto: exigir que o "distinto" (distinguiu-se na "universidade de verão") candidato a político tivesse a hombridade de seguir o que aqui lhe é sugerido!
Mas faltar-lhe-á (pudera!) a coragem para mostrar honestidade.
Só mudaram as moscas, amigo.
Este já está a trbalhar para o futuro, tal e qual fez o seu chefe.
Bom seria é que se preocupasse com as politicas miseráveis que o seu partido está a fazer de forma a lançar cada vez mais pessoas na miséria.
Depois, se alguém reagir com mais violência chamem-lhe nomes.
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