Neste comboio, a próxima paragem tem sempre o mesmo nome: austeridade. Nem todos viajam nele, como se sabe pelas informações que dão conta da boa saúde das indústrias do luxo, do aumento de 17,8% da fortuna dos mais ricos em 2011, em relação ao ano anterior, ou da opção do governo de não aplicar aos lucros e dividendos a sobretaxa que vai cortar metade do subsídio de Natal das famílias, mesmo quando esta abrange até rendimentos provenientes de prestações sociais. Decididamente, não vamos todos no mesmo comboio (…) É caso para perguntar há quanto tempo é que o projecto neoliberal não inventa nada de novo… E quanto tempo mais vai ser capaz de transportar os povos nesta viagem suicidária rumo a um futuro que nos atira para formas de vida anteriores ao Estado social. Os transportes públicos, pela forma regular como são utilizados e pela identidade inter-geracional, inter-classista e inter-profissional dos seus utentes, pode ser um laboratório muito interessante de experiências de apropriação do espaço público onde se cruzem formas de contestação social que abranjam todo o tipo de movimentos sociais. Algures entre o tempo da espera pelo que está a chegar e o tempo da viagem para um destino desejado pode estar a construção comum de outra próxima paragem que não seja a da austeridade. É que o tempo da austeridade é, mais propriamente, o da paragem próxima.
O resto do artigo da Sandra Monteiro pode ser lido aqui e o Sumário do número de Agosto aqui.
7 comentários:
Mas quem é que faz o favor de despedir com justa causa e mandar para o degredo os coveiros deste país.?
Só pode ser o povo.!
Caso contrário melhor será o povo auto-exilar-se.
Ainda bem que há as instituições internacionais a quererem ajudar-nos. Se não fossem eles nem a terra dava batata espanhola, uvas de Itália e alhos da Bélgica. O alho, é que dava! E o mar dava o quê? Alguma vez se comeu peixe em Portugal antes da ajuda internacional?
O aumento da fortuna em 17,8%
teve quedas de 20% esta semana só para os Amorins e Banifs associados
logo jogar com valores relativos
para 25 mil milhões de euros que ou estão em acções ou em off shores não tributáveis é...
Se tributassem as terras e as 300 mil casas de meio-milhão a 15 milhões construidas por autarcas e industriais do cimento
e grandes agrários subsidio-dependentes
300 mil casas a 500 mil de base
são 150 mil milhões de património
mas tendo em conta que só 50 milheiros
ultrapassa o milhão
dá mais 50 mil milhões
há um algarbio que tem umas 10
chama-lhes turismo rural....
mas tirando as festanças e os ingleses e alemães que pagam e não pedem factura
tem fraco negócio em turismo
excepto nas discotecas e bares
onde faz 40 milhões brutos por ano
(ou fazia que agora o Inverno deve andar mal)
mas nem 2 declara...
o mecânico onde a famelga vai tamém nã passa factura
logo...seu Jão Jão Binks
E os alhos geralmente são espanhóis e polski's
Até os comentadores são falaciosos
é são influências presumo
Há quem se compadeça com a fortuna dos mais ricos
E a desvalorize
Percebe-se
À espera das migalhas...para manter tudo como está
Ou se possível...para aumentar ainda mais a concentração do capital
"Alho francês" é o que importamos da Bélgica - este é o lapso. Mas se o outro vem de Espanha não vejo em que está a falácia... Enfim, o comentador do meu comentário há-de reconhecer que os alhos "pesam" pouco no assunto que nos traz aqui.
os alhos pesam muito
é um mercado de 100 mil tones
a 1 euro ou 59 cents no produtor ao quilo
e vendido a 5 e a 6 libras/pound
ou 5 a 7 euroks por kilo
dá centos de milhões
empresas que importam 15 milhões por ano em folha de alumínio para refeições rápidas e produtos de higiene y segurança
e que dão prejuízos crónicos ou quase quase
e imobiliário milionário sub-valorizado e sub-taxado
vale muito mais que os 120 mil milhões em depósitos
com juros de menos de 4 mil milhões
já taxados a 21,5% ou 16 % nas Madeira's
3,5% de 4 mil milhões
daria 120 milhões...
dividendos vai haver?
devem ser baixotes e a maior parte está off chore chorus
o assunto que vos traz....
e é qual?
um diz que há concentração de capital
quando há 1 milhão de milionários chinocas
e 400 milhões de 3000 a 4000 anuais
convenhamos que concentração deixou de passar por estes lados...
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