"Em 2009 e 2010, o défice pode variar livremente, pelo que nem a cegueira do pacto de estabilidade pode impedir uma política económica orientada para a criação de emprego. Esta seria uma excelente oportunidade para o Governo 'rectificar' a sua política, aproveitando a margem de manobra para uma política ousada de pequeno e médio investimento público em reabilitação, equipamentos sociais, eficiência energética e energias alternativas ou acessibilidades, em particular no interior. E teria sido um excelente pretexto para uma reforma fiscal corajosa, que 'redistribuísse' a carga fiscal no nosso país, pondo aqueles que continuam a fugir às suas obrigações a contribuir, como devem, para financiar o arranque da economia e assegurar que não serão os do costume a pagar a consolidação orçamental que se seguirá." Vale a pena ler o artigo do José Gusmão.
O Zé esteve anteontem na SIC-Notícias a debater com outros deputados: um orçamento não é um negócio da semana. Vejam aqui. É de assinalar o facto de ter sido Vítor Baptista, que bem podia estar na ala direita do CDS, a defender a posição do PS e do Governo. Chamo ainda a atenção para a breve declaração de Baptista sobre a necessidade de mudarmos de "modelo ideológico" e de repensarmos as funções do Estado. Claro que sim. Mas acho que estamos a falar de coisas muito diferentes. A minha próxima crónica no i é sobre os brilhantes resultados para as crianças do discurso e da prática dos Baptistas desta vida, que aprofundam um modelo de capitalismo desigual.
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1 comentário:
Parece que os gregos também vão ter de fazer orçamentos de rectificação/redistribuição...
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