terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Democracia
"As nossas eleições têm importância, sobretudo quando há outras em países da região, como as Honduras, onde foram impostas por um governo não legal. Ainda que pareçam eleições semelhantes, não o são, estão em pólos opostos." Importante declaração de Tabaré Vásquez, presidente cessante do Uruguai. Sucede-lhe Pepe Mujica (na foto), também apoiado pela Frente Amplio (coligação de esquerda), que ganhou segunda volta das eleições presidenciais. É sempre bom ver um antigo dirigente dos Tupamaros na presidência. Na América Latina, as “revoluções cívicas” continuam, apesar do que aconteceu nas Honduras, exemplo perfeito de asfixia democrática, sempre com a cumplicidade do governo dos EUA, que não pode deixar de fazer jus à sua história. Lula já disse: não reconhecemos golpistas. A rebelião desenvolvimentista e democrática, mais ou menos aberta, tem bons resultados. A cimeira fez o que o devia: "Neste contexto, consideramos que a restituição do Presidente José Manuel Zelaya ao cargo para o qual foi democraticamente eleito até completar o seu mandato constitucional é um passo fundamental para o retorno à normalidade constitucional." Os neoconservadores foram derrotados.
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