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Onde está o serviço público? No último Prós e Contras, Fátima Campos Ferreira mostrou que Manuela Ferreira Leite fez escola: desprezo pela democracia e pelos sindicatos, os grandes obstáculos às "reformas", já se está a ver. O seu diálogo inicial com João César das Neves, que combina como poucos fundamentalismo económico e religioso, fez-me lembrar, sob a forma de farsa, a tragédia que terá suportado a ditadura em Portugal: tudo começou pelo desprezo pela "balbúrdia" da democracia e pelo pretexto de pôr as contas públicas na ordem. E medo. É preciso que as pessoas tenham medo, disse César das Neves. Vou escrever ao provedor do telespectador a protestar: esta falta de pluralismo no debate económico não se admite. Quando a mesma pouca-vergonha se registou no Público, o provedor do leitor esteve à altura das circunstâncias.
7 comentários:
Mais um exemplo:
http://www.ionline.pt/conteudo/35578-eles-estao-preocupados-e-tem-25-propostas-recuperar-o-pais
e a erc?
É por estas e por outras que o PREC nunca acabará ...
Normalizados e estandardizados ? Eu diria inócuos e sem ideias.
Acbo de ver na SIC uma entrevista surpreendente: a propósito do relatório do FMI recentemente divulgado,e da ideia nele preconizada da necessidade de um governo forte e duradouro, o entrevistador perguntava se se a nossa constituição não estaria desajustada (!!!). Mais à frente o mesmo entrevistador perguntava se na sequência de graves problemas sociais em causadas pelo desemprego não poderá ocorrer uma mudança de regime (!!!). Parece-me que aquele relatório, ele em si já bastante atrevido, está a inspirar alguns espíritos transformadores ...
Preocupante, parece-me.
Vi o programa e estava à espera de "pior" por parte do César das Neves. Apesar de estar à espera de pior o que ele disse não me deixou de chocar.
"É preciso que as pessoas tenham medo."?
Nota-se que existe muita gente que ainda não se adaptou à democracia.
Fiquei particularmente bem impressionado com Augusto Mateus noeadamente com a sua contra-resposta: "Não tenhamos dúvidas que o sistema democrático é o melhor para resolver os problemas em sociedade".
O que é preciso não é que as pessoas tenham medo. É preciso é que a economia esteja ao serviço do poder político/ do povo e não o contrário como é o que sucede hoje em dia.
Claro que têm de ser atitudes concertadas a nível mundial o que está muito longe de acontecer diga-se de passagem.
É preciso que haja uma diminuição da desigualdade em Portugal e no Mundo. No entanto, prevê-se que um imposto cego vá ser aumentado dentro de pouco tempo em Portugal, o IVA neste caso. Enquanto que impostos sobre transacções financeiras=0.
Será que se modificaram as causas que deram origem a esta grande crise? Na minha perspectiva de leigo digo que não.
A continuar assim, o desastre é certo, é apenas uma questão de tempo...
Nessa altura até o próprio César das Neves vai ter medo...
Cumprimentos
Acho que todo o debate está preso a preconceito errado - A ideia de que o Estado é uma entidade supra ou extra sociedade.
Não digo que actualmente não seja um pouco assim. Mas o Estado é, acima de tudo, e é isso que deve ser, um mecanismo criado pela sociedade para resolver os seus problemas como sociedade. As sociedades reservam a alguns a missão de organizarem certas coisas porque a própria sociedade percebeu que cada um por si não resolvia esas coisas.
A partir daí, o Estado é uma instituição, como o mercado, que a sociedade criou para resolver algo.
Quando se pede menos Estado, eu contraponho - mais democracia...o voto é simplesmente um sistema de escolha como o sistema de preços, mas quanto a mim, muito mais justo...´
Quando partimos daqui, todo o debate muda de configuração...
Fantástico post! escreva já ao provedor da RTP e peça-lhe, exija mesmo que retirem a sra socialista Fátima Campos Ferreira da nossa frente!É que seria suposto um jornalista ser imparcial "tal como seria necessário ao jornal Público" não me parece é que você use apenas 1 peso /1 medida.Ah mas gostei de se ter lembrado do Zé màrio.Rosa R
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