Escrevi isto no Jornal de Negócios há alguns meses: Para além da ênfase nos processos de privatização, de liberalização financeira e comercial ou de desregulamentação das relações laborais, uma das dimensões que tem sido recentemente sublinhada nos estudos sobre o neoliberalismo, como conjunto de ideias que inspiram as políticas públicas, é a sua aposta numa profunda reconfiguração do Estado e das suas funções. O objectivo, sobretudo nos países mais desenvolvidos, é agora encontrar soluções institucionais e de financiamento que favoreçam a progressiva entrada dos grupos privados nas áreas tradicionais da provisão pública, associadas não só ao chamado Estado Social, mas também à gestão e controlo de equipamentos e infra-estruturas públicas. Usar o Estado e os recursos financeiros que este controla para abrir novas áreas de negócio, onde os lucros estão relativamente garantidos, é a orientação de fundo.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
A viragem neoliberal do PS não terminou: aeroportos e prisões
«Dentro de pouco [tempo] apresentarei o modelo de privatização da ANA (…) Não nos parece que o Estado tenha de ser dono daquela infra-estrutura» (Mário Lino ao Público). O Estado não tem de ser dono de nada. Esta gente não aprende nada. E ainda não viram nada. Chegou a vez das prisões. Em parceria público-privada porque estamos numa área de fronteira: «O secretário de Estado diz que o governo não pretende ‘apostar numa gestão do próprio sistema por privados’, mas salienta que esse modelo ‘existe já em Inglaterra e nos Estados Unidos’». As grandes referências da «esquerda liberal». Lá chegaremos.
Escrevi isto no Jornal de Negócios há alguns meses: Para além da ênfase nos processos de privatização, de liberalização financeira e comercial ou de desregulamentação das relações laborais, uma das dimensões que tem sido recentemente sublinhada nos estudos sobre o neoliberalismo, como conjunto de ideias que inspiram as políticas públicas, é a sua aposta numa profunda reconfiguração do Estado e das suas funções. O objectivo, sobretudo nos países mais desenvolvidos, é agora encontrar soluções institucionais e de financiamento que favoreçam a progressiva entrada dos grupos privados nas áreas tradicionais da provisão pública, associadas não só ao chamado Estado Social, mas também à gestão e controlo de equipamentos e infra-estruturas públicas. Usar o Estado e os recursos financeiros que este controla para abrir novas áreas de negócio, onde os lucros estão relativamente garantidos, é a orientação de fundo.
Escrevi isto no Jornal de Negócios há alguns meses: Para além da ênfase nos processos de privatização, de liberalização financeira e comercial ou de desregulamentação das relações laborais, uma das dimensões que tem sido recentemente sublinhada nos estudos sobre o neoliberalismo, como conjunto de ideias que inspiram as políticas públicas, é a sua aposta numa profunda reconfiguração do Estado e das suas funções. O objectivo, sobretudo nos países mais desenvolvidos, é agora encontrar soluções institucionais e de financiamento que favoreçam a progressiva entrada dos grupos privados nas áreas tradicionais da provisão pública, associadas não só ao chamado Estado Social, mas também à gestão e controlo de equipamentos e infra-estruturas públicas. Usar o Estado e os recursos financeiros que este controla para abrir novas áreas de negócio, onde os lucros estão relativamente garantidos, é a orientação de fundo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Boas
Mas que boa "notícia" privatizar as prisões, mas isso é óptimo!
Para as prisões serem rentáveis o ministro António Costa vai ter de reformolar de novo o Código Penal, ao contrário de os presos serem soltos mais cedo vão ter de ficar mais uns mezinhos dentro.
Fica bem
lAMENTAVELMENTE
TAMBEM CAVACO
ABANCA
Mas realmente qual a vantagem de a ANA ser pública ?
"Mas realmente qual a vantagem de a ANA ser pública ?"
Enorme fonte de receitas. Monopólio natural. Criadora de externalidades positivas.
As escalas e possibilidades geográficas do serviço aeroportuário fazem com que o mercado não seja optimizador na sua afectação, não existem condições para a existência de concorrência.
Cumprimentos
A regra do empreendedorismo lusitano (salvo as honrosas excepções): preguiçoso, sem risco, pouco imaginativo. Sempre à procura de uma renda para toda a vida, na mão amiga desta empreendedora gente do Estado.
Até as prisões são oportunidade de negócio!
Ainda por cima um negócio estúpido, cuja rentabilidade depende do número de presos! Haja presos…
Só porque é lucrativo o Estado deve tomar conta da coisa...a mim não me parece fazer sentido nenhum que seja público...
"Só porque é lucrativo o Estado deve tomar conta da coisa"
Não é só isso que lá está escrito, pois não? Ora leia lá novamente...
Cumprimentos
Enviar um comentário