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Estamos muito longe desta declaração: «A proposta de Lei nº 29/IX [Código do Trabalho de 2003 de Bagão Félix/Governo PSD] assenta numa concepção conservadora e retrógrada, não assegura a protecção da dignidade dos trabalhadores na empresa (...), porque ignora a evolução do Direito do Trabalho ao longo do século XX, retoma uma matriz civilista que assenta na ficção da igualdade das partes na relação laboral, sobrepõe a relação individual de trabalho às relações colectivas de trabalho (...). O que está em causa é a filosofia e a alteração dos poderes do empregador, o enfraquecimento da dimensão colectiva, o acentuar da dependência do trabalhador, visão que, tendo em conta a matriz constitucional do direito do trabalho e a concepção que perfilhamos dos direitos dos trabalhadores, não podemos compreender nem aceitar». É caso para dizer, parafraseando Marx, que todas as sólidas convicções socialistas se dissolvem no ar da governação neoliberal.
2 comentários:
O P"S" é o mais reaccionário das partidos em Portugal.
Governa declaradamente contra os trabalhadores e em benefício do grande capital. Certo?
E não vale a pena grandes análises teóricas sobre esse assunto, precisamos é ver e sentir alternativas que não passem pela social democracia.
A política trata a vida das pessoas, portanto quando chegar a grande revolução não venham dizer que os revolucionários são uns brutos ahahahah porque alguém vai ser responsabilizado pelas atrocidades praticadas aos mais pobres, aos mais frágeis.
A social democracia consome-nos, viva a revolução!
Quero dar-vos os parabéns pela abordagem que fazem sobre o Código do Trabalho...
Mas já agora, analisem todo o clausulado, e vejam as consequências do surgimento do banco de horas para sectores como a hotelaria, transportes, portaria, vigilância, limpeza e outros, em que os salários são abaixo dos 500 euros.
Vejam as consequências e o favor ao patronato...
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