segunda-feira, 10 de março de 2008
‘Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude’?
Como sublinha João Semedo, a saída de Correia de Campos parece não ter alterado as prioridades do governo em material de políticas de saúde: «O governo acaba de entregar o futuro hospital de Cascais aos Hospitais Privados de Portugal e à construtora Teixeira Duarte (. . .) É incompreensível e inaceitável que esta parceria tenha sido assinada. Dias antes o Tribunal de Contas tinha arrasado o contrato». Assim vão os famosos «ganhos de eficiência» que os apoiantes do governo atribuem às chamadas reformas em curso no SNS. Na realidade, a engenharia das parcerias público-privadas é hoje um dos muitos mecanismos que estimulam a captura privada dos serviços públicos e do pessoal político do bloco central.
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