sexta-feira, 11 de julho de 2014

Hoje


«As eleições europeias de Maio de 2014 mostraram a rejeição crescente que as políticas aplicadas no Velho Continente inspiram. Qual foi a resposta de Bruxelas a esta condenação popular? Apressar a conclusão de um acordo negociado em segredo com Washington, o Grande Mercado Transatlântico (GMT). A resposta seria paradoxal se privatizações e comércio livre não fossem os dois credos habituais da União Europeia. Desde 2008, a crise financeira favoreceu uma ofensiva liberal cujos alvos são as despesas públicas, o trabalho e os programas sociais. Passados seis anos, Washington e Bruxelas pretendem, portanto, aplicar a mesma lógica. O crescimento estagna, o desemprego aumenta e as desigualdades disparam. O que deduzem os governos ocidentais disto? Que chegou o momento de consagrar a superioridade do direito das multinacionais (a arrecadarem cada vez mais lucros) em relação ao dever dos Estados (de protegerem as suas populações). Mas nada está ainda decidido. Porque, tanto na Europa como na América do Norte, as mobilizações contra o GMT estão a ganhar terreno. A tal ponto que embaraçam os advogados do Tratado que pensavam que a partida já estava ganha…»

Do artigo de Serge Halimi, «Os poderosos redesenham o mundo», que integra o dossier sobre o Tratado Transatlântico, no número de Junho do Le Monde Diplomatique (edição portuguesa).

2 comentários:

Anónimo disse...

O GMT é mais uma peça no caminho da escravatura.
É espantoso ver como as elites mundiais a pouco e pouco(levam anos se necessário)conseguem manipular tudo para tentar levar a água ao seu moinho. Felizmente não conseguiram impor o AMI. Vamos ver se conseguem impor o GMT.A mão de Durão Barroso nesta tramoia devia ser denunciada.
Por isso, é pena que sobre o GMT e as malfeitorias que ele se propõe levar a cabo não se veja falarem os tais órgãos de comunicação social de referência.

maria disse...

... E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (JORNALISTAS) CONTINUAM CALADINHOS!!
valha-nos (a alguns!) este meio...