«Não é por acaso que o “empobrecimento” e a “austeridade” são apresentados – e apreendidos pela opinião pública – como inevitáveis. Ambos assentam em argumentos e descrições cuja eficácia reside, precisamente, no simplismo das formulações e na carga moralista que encerram. Quando estas ideias não conquistam o apoio explícito dos cidadãos, obtêm pelo menos um sentimento difuso de resignação, que contribui para se aceitar o sofrimento e a expiação como sendo fatalmente necessários. Esta “fabricação do consentimento” tem nas ideias do senso comum – aqui debatidas e questionadas – uma das suas mais poderosas forças motoras.»
Da introdução ao «Não acredite em tudo o que pensa - Mitos do senso comum na era da austeridade». Uma obra colectiva que nasce das «Conversas sobre o Senso Comum», promovidas pela Cultra, e que reúne respostas às falsas ideias feitas que tecem (e sustentam) a narrativa austeritária em que continuamos mergulhados. Editado pela Tinta da China, estará disponível nas livravrias a partir do próximo dia 3 de Maio.
Textos de: Ana Cordeiro Santos (Temos vivido acima das nossas possibilidades?), Ricardo Sequeiros Coelho (Gerir um país é como gerir uma casa?), José Castro Caldas (O Estado deve ser gerido como uma empresa?), Mariana Mortágua (Temos de pagar a dívida?), Elísio Estanque (O desemprego é uma oportunidade?), Francisco Louçã (Baixar os salários é o caminho para salvar a economia?), José Soeiro (Os direitos dos mais velhos estão a bloquear os dos mais novos?), Luís Fernandes (O que faz falta é sermos empreendedores?), Nuno Serra (Há professores a mais e alunos a menos?), António Rodrigues (Quem pode deve pagar mais pela saúde?), Sílvia Ferreira (A Segurança Social é insustentável?), Paulo Pedroso (O RSI é um estímulo à preguiça?), Catarina Martins (A Cultura pode viver do mercado?), Manuel Jacinto Sarmento (Na escola de antigamente aprendia‑se mais do que na de hoje?), Fernando Rosas (No tempo de Salazar é que era bom?), Maria José Casa-Nova (Os ciganos é que não querem integrar‑se?), Manuel Loff (A culpa é dos políticos?) e Miguel Cardina (Isto não vai lá com manifestações?).
Coordenação: José Soeiro, Miguel Cardina e Nuno Serra.
1 comentário:
Anda por aí muita conversa de CONTRIBUINTE PARVO
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-> O Contribuinte Parvo INSISTE em dar 'carta branca' aos políticos... quando... a experiência mostra que os políticos honestos (que existem de facto!) não dão, claramente, conta do recado!...
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-> Os Parolizadores de Contribuintes (políticos e não só) falam em novo governo... blá, blá, novo governo... blá, blá, novo governo... [vulgo, 'vira-o-disco' e toca o mesmo: um sistema muito permeável a lobbys]... procurando desviar a conversa daquilo que é cada vez mais óbvio: quem paga (vulgo contribuinte) deve efectuar uma fiscalização cada vez mais eficaz das contas públicas!
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--->>> É necessário uma campanha para motivar os contribuintes a participar... leia-se, votar em políticos, sim, mas... não lhes passar um 'cheque em branco'... leia-se: para além do «Direito ao Veto de quem paga» (ver blog «fim-da-cidadania-infantil»).... é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização expressa do contribuinte - obtida através da realização de um REFERENDO.
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P.S.
-> Todos pudemos assistir a uma incrível e monumental campanha [nota: a superclasse (alta finança - capital global) controla a comunicação social] no sentido de ridicularizar todos aqueles que eram/são contra o 'viver acima das possibilidades'... leia-se, uma campanha no sentido de ridicularizar todos aqueles que eram/são anti-endividamento excessivo; um exemplo: no passado, Manuela Ferreira Leite foi ridicularizada por ser uma ministra anti-deficit-excessivo; mais, chegam a retratar o contribuinte alemão como novos fascistas/nazis...
-> O discurso de qualquer 'cão/gato' anti-austeridade tem direito a amplo destaque... [nota: a superclasse (alta finança - capital global) controla a comunicação social].
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P.S.2.
-> Um afrouxamento no controlo rigoroso das contas públicas (fim da austeridade)... proporciona oportunidades para a superclasse (alta finança - capital global)... isto é, ou seja, com tal afrouxamento, a superclasse (e suas marionetas) passam a poder CAVAR BURACOS sem fim à vista: BPN's, PPP's, SWAP's, etc...
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P.S.3.
-> Depois de 'cozinhar' o caos... a superclasse aparece com um discurso, de certa forma, já esperado!... Exemplo: veja-se a conversa do mega-financeiro George Soros: «é preciso um Ministério das Finanças europeu, com poder para decretar impostos e para emitir dívida»
-> Como o contribuinte alemão está firme... o mega-financeiro George Soros defende agora um Euro sem a Alemanha... para que... a superclasse possa PROLONGAR O FESTIM proporcionado por países a endividar-se excessivamente (países a viverem acima das suas possibilidades).
Nota: a firmeza do contribuinte alemão (não cedendo à pressão exercida internacionalmente...) é fundamental para salvar a Europa!
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P.S.4.
-> Um caos organizado por alguns - a superclasse (alta finança - capital global) pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
{uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse: emissão de dívida e mais dívida, IMPLOSÃO DA IDENTIDADE AUTÓCTONE, etc}
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