domingo, 21 de março de 2010

Para um Estado estratega

"Ao prever a privatização de serviços públicos essenciais como a Rede Eléctrica Nacional (REN) e os CTT, ainda por cima rentáveis, não se está a pretender uma melhoria da sua gestão e uma resposta ao interesse público, mas apenas a querer obter rapidamente uma receita extraordinária. Estas privatizações, a concretizarem-se, comprometem talvez irremediavelmente o chamado Estado estratega, ou seja, a função estratégica do Estado. A via que se está a seguir, embora possa ter medidas positivas e outras inevitáveis, tem um custo social excessivo que vai recair sobre a classe média e média baixa. Perante desigualdades como as que hoje existem na sociedade portuguesa, é um risco muito grande para a coesão social do país. Dir-me-ão que se trata de medidas decorrentes de obrigações definidas no seio da União Europeia. Mas então é preciso repensar os critérios monetaristas que estão a contaminar a Europa."

Manuel Alegre

2 comentários:

feliz disse...

Há pouco mais de um ano era uma prodigiosa fantasia...

24m 45s

http://www.esquerda.net/mp3/podesquerda/convencao04.mp3

João Aleluia disse...

...Esses criterios monetaristas, economicistas, etc...

É claro que se os recursos fossem infinitos não havia necessidade de uma unidade monetaria para representar o valor dos mesmos.