segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Num país pouco generoso

O economia.info fornece-nos a conclusão de um estudo da OCDE: “Entre os 26 países da OCDE cujos Estados garantem um rendimento mínimo, Portugal é o sétimo com um apoio menos generoso e que equivale, no caso de uma pessoa solteira e sem filhos, a 31 por cento do rendimento médio da população, um valor que não chega às fronteira de rendimento que separam um pobre de um não pobre em termos oficiais. E, se forem considerados os apoios dados em vários países para assegurar a habitação (algo que Portugal não faz), o rendimento social de inserção português cai mesmo para o segundo lugar entre os menos generosos.” Um país pouco generoso e um país onde o risco de pobreza está acima da média da UE, tal como ainda hoje o Eurostat nos relembrou. Acho que as coisas não vão melhorar neste campo. Afinal de contas, o PS parece ter escolhido o CDS como parceiro privilegiado em matéria orçamental, ou seja, no que determina a orientação da maioria das políticas públicas. É preciso não esquecer que o CDS fez uma campanha eleitoral, que Vital Moreira considerou “civilizada e inteligente”, centrada no combate ao chamado rendimento mínimo em tempos de aguda crise social.

3 comentários:

Ricardo Lima disse...

Este post veio recordar que o PS e o CDS também se complementam bastante no campo das "histórias mal contadas". Essa dos submarinos é só uma entre muitas pérolas.

Anónimo disse...

"Impõe-se uma revisão transparente do Rendimento Social de Inserção."

Programa eleitoral do CDS


"combate ao chamado rendimento mínimo"

Post do João Rodrigues

Caro João Rodrigues,

Este enquadramento claramente populista e enviesado das coisas não beneficia em nada o seu discurso.. pagar RSI's fraudulentos não é justificável em nenhuma altura! Muito menos quando o imposto para a segurança social pago pelas empresas, que é indiscutivelmente elevado, é um dos principais aceleradores de falências em tempos pouco produtivos...

Bruno disse...

Subscrevendo por inteiro o comentário do anónimo, venho pedir que clarifique a sua opinião:

Em períodos de crise é assim tão pouco pertinente para um estado olhar para a justiça e eficácia dos subsídios que distribui?