terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Esquerda e direita nas opções orçamentais


Curioso o debate sobre o orçamento na TV 1. Já não se discutiu se o défice era grande ou pequeno. O défice vai ficar igual, menos uns pós simbólicos. A direita, contra tudo o que tem dito do despesismo, cala e consente. Fica mal no retrato. Perde a face. Estamos sempre a ser surpreendidos: o que ontem parecia impossível, deixa de o ser da noite para o dia.

Mesmo assim ficou claro que há critérios para distinguir entre esquerda e direita nas questões orçamentais: antes do mais os critérios de repartição (na receita e na despesa). Decência: é o que vai faltar no orçamento da convergência à direita. E não tinha de ser assim porque a decência ajudava muito. Até a reduzir o défice.

1 comentário:

Rogerio Pereira disse...

Concordo! Claro que há critérios que pedem para a dtª ou para a Esqª. Sobre taxar ou não os ganhos da banca tenho uma dúvida. Prometi no meu blog - http://conversavinagrada.blogspot.com/ - que comentaria o que Nicolau Santos escreveu no último Expresso o “Orçamento de que o país precisa…mas que não vai ter”. Podem ajudar? Escreveu o Nicolau: que o pais precisaria que fosse fixado “um plafond mínimo para os lucros da banca (há bancos que pagam taxas de IRC entre 8 e 10%).” Vamos ter isto ou não? A medida que o Nicolau diz não ser a aspirina para o doente grave está inscrita no orçamento?
Outra questão: veja se desempata? O Nicolau diz uma coisa e a Associação Portuguesa de Bancos diz outra. (em declarações à Agência Lusa, a porta-voz da APB diz que "o sector bancário paga 25% de IRC, tal como todos os outros sectores" e rejeitou qualquer tratamento de favor). Alguém me dá uma dica ou esclarecimento?