quinta-feira, 8 de agosto de 2019
Recensear economia política
Da recessão democrática à democracia iliberal, muitos são os que agora diagnosticam uma crise das democracias ditas liberais de matriz ocidental. Estas estariam a ser postas em causa por uma antielitista raiva popular, fomentada por nacional-populistas. Nos Estados Unidos da América (EUA), tal tendência teria um nome óbvio: Donald Trump.
Em contraste com uma literatura superficial, o último livro de Robert Kuttner tem como título aquela que é talvez a questão mais importante da economia política internacional nas presentes circunstâncias históricas: “será que a democracia pode sobreviver ao capitalismo global?”.
Trata-se de um livro escrito por um economista, que é um intelectual público, de orientação vincadamente social-democrata; um “liberal”, na peculiar terminologia dos EUA, da ala esquerda dos democratas, um dos fundadores da revista American Prospect e do Economic Policy Institute, o principal think-tank ligado ao crescentemente frágil movimento sindical norte-americano. Enquanto jornalista, colunista e ensaísta, várias vezes premiado, tem escrutinado as perversas tendências no campo da economia política desde o seu primeiro livro, de 1980, sobre a revolta fiscal dos ricos, na altura só a começar. Os seus livros costumam de resto conter boas sínteses, combinando investigação aturada e divulgação da mais relevante literatura académica num estilo acessível, beneficiando também de ligações universitárias. Trata-se da versão crítica de um perfil habitual na enviesada esfera pública dos EUA, hegemonizada por intelectuais públicos neoliberais. Estes últimos têm há muito tempo a seu favor o maciço financiamento privado para cruzadas intelectuais e mediáticas.
O livro de Robert Kuttner inscreve-se numa linha que não separa – antes articula – as formas institucionais, ditas políticas, de que a democracia se tem de revestir e as formas institucionais que moldam as relações sociais no campo da provisão (a economia substantiva, como diria Karl Polanyi, uma das principais referências mobilizadas). A história da democracia e das suas crises não pode ser separada da história do capitalismo e das suas crises, bem como da história das alternativas sistémicas pós-capitalistas. A história da democracia é também e sobretudo a história da luta de classes e das suas cristalizações institucionais nacionais; uma história de economia política, em suma, contra uma abordagem puramente política ou economicista.
O resto da recensão, publicada na Revista Crítica de Ciências Sociais, pode ser lido no sítio da revista.
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30 comentários:
As democracias «postas em causa por uma antielitista raiva popular, fomentada por nacional-populistas».
Esqueçamos o ‘nacional’ que mais não é que instrumental na construção do populismo, tal como o internacionalismo já o foi, e ainda o é transformado em irrestrito acolhimento de ‘refugiados’.
Que qualquer Democracia funcionalmente eficaz pressupõe uma elite, é uma verdade desde a fundação grega até aos exemplos de sucesso conhecidos.
Uma elite sempre se define em relação a um conjunto de valores. Dir-se-ão populistas os que promovem “uma anti-elitista raiva popular”, se tal significar que negam a essas elites o direito de defenderem os valores que livremente foram definidos para a sociedade (processo democrático). Se uma tal raiva só exprime o repúdio a uma elite que ofende na sua acção tais valores, será justicialismo ou mera luta política conforme a razão invocada e o modo e grau da acção empreendida.
“será que a democracia pode sobreviver ao capitalismo global?”
Uma pergunta interessante em que História nos responde positivamente desde há um século: capitalismo e democracia liberal convivem salutarmente desde há pelo menos um século. Pelo contrário, a mesma História nos demonstra que a democracia jamais sobrevive nem com o nacional-populismo (nazismo, fascismo) nem com o comunismo (estalinismo), traços ideológicos tão bem venerados e aclamados pelos escribas e comentaristas da casa.
E sempre que um sistema liberal-capitalista e democrático escorrega para laivos populistas (república de Weimar para o nazismo ou Primeira República para o Estado Novo), laivos muito comuns nos anos 1930, não são os capitalistas que saem a perder, mas o povo.
O problema das 'alternativas sistémicas pós-capitalistas' é que elas ou não existem de maneira articulada (como o João Rodrigues admitiu num interessante artigo justamente sobre Polanyi), ou as que foram tentadas foram um desastre bem maior do que aquele que o Capitalismo é, e nem vale a pena andar a dizer que a URSS serviu ao menos para conter o capitalismo ocidental e obrigar a reformas que beneficiaram os trabalhadores do lado de cá do muro de Berlim.
Além de nos tomar por parvos (como se o objetivo primeiro de uma revolução pudesse ser o que se passa além-portas), quem assim fala insulta a memória das vítimas da repressão comunista...
Aliás, não deixa de ser curioso notar que se o Capitalismo passa muito bem sem a Democracia, como o exemplo da China 'comunista' demonstra, não se conhece nenhum regime não Capitalista que tenha respeitado o pluralismo político.
Quanto aos modernos nacional-populistas, existe um nome mais adequado na literatura para os classificar: neo-patrimonialistas, ou novos senhores feudais, se quiser. De facto, o uso do termo populista não é o mais adequado dado que se trata de uma tradição com alguns contornos honrosos nos EUA. mas que nos deu figuras sinistras como Heuy Long ou o Padre Coughlin mesmo nesse País (do resto do mundo nem vale a pena falar)...
Mas basta pensar naquilo em que se transformaram os nacionalismos progressistas do Terceiro Mundo, que deram igualmente origem a práticas neo-feudais, ou na prática de um direito consuetudinário na própria URSS, para percebermos que o dito neo-patrimonialismo não tem nada de novo...
Pois é, João Rodrigues, parece que, até ver, na prática, o Capitalismo é o único sistema económico capaz de evitar o regresso ao estádio histórico anterior e foi o único que levou, pela via reformista democrata-cristã/social-democrata, a melhorias reais nas condições das classes trabalhadoras...
Convinha primeiro esclarecer como se pretende reformá-lo em face das condicionantes existentes e em face de uma crise climática eminente, sem demagogias e promessas tolas de regresso à economia dos trinta gloriosos ou ao estado nacional. Aí, as organizações internacionais, a começar pela UE, podem revelar-se úteis... Depois, pode começar-se lentamente a tentar, pela via empírica e em pequena escala, a procurar alternativas ao Capitalismo.
Ou pode-se, claro, permitir por atos e omissões (veja-se a tragédia do Labour sob Corbyn) que populistas como Trump ou Johnson tenham sucesso e que transformem o mundo numa coutada mafiosa e numa espécie de Singapura global.
A URSS não derrotou sozinha o Nazismo (a que primeiro se aliou). Derrotou-o também graças à máquina capitalista americana. Por isso, não escarneça tanto dos Liberais, sim?
“será que O PLANETA pode sobreviver ao capitalismo global?”
Como escreveu Marx, o capitalismo é definido por uma necessidade de expansão ilimitada no tempo e no volume de capital acumulado.
Os recursos do planeta são limitados, mas nunca havíamos percebido os seus limites até à cerca de 30 anos atrás, quando os lucros das multinacionais (a maior parte delas americanas) começaram a baixar, devido à pressão asiática na economia global(até então centrada no eixo américa-europa).
Foi aí que entrou em ação o neoliberalismo, um sistema que envolve a maior parte da classe política, a maior parte dos media (em Portugal, até os canais públicos de TV aderiram) e todo um universo de minions, cujas motivações são, normalmente, a de manter um privilégio como, por exemplo, o emprego (o que não é pouco...).
As consequências são colossais: os eua passaram a viver de crédito, enquanto todos os recursos são desviados para manter os lucros das multinacionais (um governo que se limita a ser um mero agente comercial, advogado de defesa e guarda-costas das empresas).
Na europa, o falso estado chamado UE e as suas múltiplas entidades formais e informais limitam-se a manter bancos zombie em funcionamento, muitos deles predados por fundos abutre norte-americanos.
Será isto sustentável?
Qualquer criança de 10 anos dirá que não.
o planeta sobrevive a população do planeta é que se pode lixar
A crise política no mundo ocidental, só se pode dizer como ´presente crise’, por se ter tornado notória no mais emblemático país capitalista – os EUA – uma vez que na Europa ela tem largas décadas de crises variáveis em intensidade e local de acção.
Num ponto se define o essencial dessa crise no caso europeu: pretender que numa sociedade capitalista, os valores do empreendedorismo e do capital não integrem ou sejam representados nas suas elites.
É o contra-senso e a mais abjecta acção populista a que se vem dedicando uma multidão de supostos bem-pensantes.
Para estes, uma tal acção é executada visando tão só integrar a elite para aí melhor corromper os valores democraticamente estabelecidos. Uma tal acção só no grau e modo populista encontra caminho de algum sucesso. O lugar onde há mais tempo uma tal acção ainda vem sendo executada é obviamente aquele de mais escasso sucesso económico entre os que lhe são comparáveis – Portugal.
Resultado: escassa provisão…e arbitrária e inconsistente acção sobre o sistema capitalista, que balança da extorsão à sibsidiação!
A exploração do racismo, promovendo a ideia de que ‘deve ser erradicado’ contém provavelmente a mais oportunista, populista e estúpida argumentação do corretês corrente.
A treta do racismo é a alavanca para forçar um multiculturalismo irrestrito, ingovernável e suficientemente confuso para suportar todo o populismo, no pior sentido da palavra.
Nada de válido pode ser construído sem referência a um conceito que seja base referencial da argumentação.
Comecemos pela wiki.pt: racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos.
Muito ‘correcto’ começa por prescindir de um conceito para logo o definir como preconceito. Ora o conceito existe tal como existe o conceito de raça que segundo a mesma fonte se destina a ‘classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de acordo com suas características genéticas ou fenotípicas.
Que as raças permanecem é uma evidência. O que despareceu é a ignorância quanto à suposta relevância da diferenciação genética das raças.
O racismo define-se na base dessa presunção de diferenciação que permite hierarquizar as raças em capacidades nucleares do desempenho humano. No passado até a condição de humanos foi questionada a algumas raças. Tenhamos por irrelevante que tal conceito persista na cabeça de grunhos ignorantes. O que sobra? Fenótipo são as características observáveis ou caracteres de um organismo ou população, como: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou fisiológicas e comportamento.
Os asiáticos dizem que os brancos cheiram mal? Os brancos dizem que os negros cheiram mal. Vamos defini-los como racistas?
Um post bem estruturado, bem fundamentado, correcto e com uma elegância nos propósitos que apraz salientar, tem como resposta, nos 4 primeiros comentários, alguma indigência intelectual, de gente que infelizmente já nos habituou a tal
Um tal jose atira-se contra o "nacional" do nacional-populista. Pede que o esqueçamos, já que é instrumental na construção do populismo.
Ora bem. É no espaço nacional, no povo e nas elites, que surge o populismo. Não vale a pena esconder a realidade, como jose tenta fazer com os factos ( e as estatísticas) quando estes (estas) não lhe agradam
Jaime Santos como de costume equivoca-se quanto ás raízes do populismo americano. Vai buscar personagens sem projecção no actual populismo alt-right, passa pelo libertarialismo e pelo Tea Party como cão por vinha vindimada e subestima grosseiramente o papel pessoal de Donald Trump, de alguns dos seus conselheiros e da influência que sobre ele exerceram uma certa igreja na Quinta Avenida de NY e o reverendo Norman Vincent Peale.
Mas mais não digo. :)
Não há cá pão para malucos.
Usando as suas próprias palavras: "Vá morrer longe!"
S.T.
É confrangedor lermos os disparates tontos sobre as elites aí postadas em cima:
Cita-se o seu autor:
"Que qualquer Democracia funcionalmente eficaz pressupõe uma elite, é uma verdade desde a fundação grega até aos exemplos de sucesso conhecidos."
O que é isto? Uma defesa atabalhoada das "elites"? Temos assim que há democracias funcionalmente eficazes e outras não funcionalmente eficazes. Ou coisas eficazes que não são democracia. Ou que não pressupõem elites.
A trapalhada está instalada,como dizia o outro. Mas suspeita-se que é de propósito
Deixemos a fundação da Grécia e baboseiras associadas a esta. Poderíamos falar na "democracia ateniense" mas falar que o é desde a sua fundação é de cabotino. Também não adianta agora falar nas peculiaridades duma sociedade dita democrática em que a imensa maioria da população ateniense era escrava. Estima-se que para cada cidadão adulto chegou a existir até 18 (dezoito) escravos.
O que temos aqui é a defesa das "elites" , uma espécie de bênção escondida atrás dum "funcionalmente eficaz" que é uma treta
Todos sabemos que as "elites nacionais" na maior parte das vezes traíram os interesses nacionais..
Na crise de 1383-85 ( não, não era democracia) as referidas elites venderam-se a Castela e foi a arraia-miúda que tomou os interesses nacionais nas suas mãos.
Repete-se a mesma história na crise 1580-1640 ( não,não é democracia) Uma parte importante da nobreza bandeou-se para o apoio a Filipe II.
Saltemos por cima dos anos de chumbo do fascismo em que as referidas elites tinham o cheiro a bolor e a podre do próprio regime.
O que falar nas elites que nos governam? O que falar nas elites neoliberais que se governam, enquanto nos governam?
Não vale a pena continuar a desenvolver o que está à vista de todos
Como também não vale a pena chamar ao debate as nossas elites europeias, as tais da Comissão Europeia, e do BCE e dos donos do Euro. A mediocridade, o arrivismo, a corrupção são termos que se podem usar para definir estas "elites".Mas há outros mais pesados e mais graves.
Mais uma pérola
"Uma elite sempre se define em relação a um conjunto de valores"
A definição de "elite" referida a um conjunto de valores é uma coisa já de si curiosa. O "sempre se definir" ainda mais curioso é. Estamos no domínio da farsa linguística ou num exercício de ocultação de luzes?
Veja-se este arrazoado piedoso, quase lacrimoso sobre as elites:
"negam (-se) a essas elites o direito de defenderem os valores que livremente foram definidos para a sociedade (processo democrático).
Ah, coitadas das elites...
"Segundo Thomas Bottomore, a palavra elite (do francês élite, substantivação do antigo particípio passado eslit, de élire 'escolher, eleger', este do latim vulgar exlegere, do latim clássico eligere, 'escolher') era usada durante o século XVIII para nomear produtos de qualidade excepcional. Posteriormente, o seu emprego foi expandido para abarcar grupos sociais superiores, tais como as unidades militares de primeira linha ou os elementos mais altos da nobreza. Assim, de modo geral, o termo 'elite' designa um grupo dominante na sociedade ou um grupo localizado em uma camada hierárquica superior, numa dada estratificação social.
"Elitismo ou Oligarquismo (também conhecida como Teoria das Elites ou "Teoria do Poder") é uma vertente da ciência política baseada no princípio minoritário, segundo o qual o poder político está sempre nas mãos de uma minoria bem ajustada. Elitista é, portanto, o sistema baseado no favorecimento de minorias, normalmente constituídas por membros da aristocracia ou de uma oligarquia..."
Jose introduz aqui uma definição baseada num conjunto de valores...os das elites, claro está. Antes outorgados por poderes divinos.Agora disfarçados atrás dos "valores definidos para a sociedade"
Sem o querer este jose confirma o que já sabíamos. Os valores da classe dominante alcandorados aos valores definidos para a sociedade.
Lol.
Ou de como se tenta esconder a trampa destas elites e a sua responsabilidade pelo surgimento dos tais movimentos de raiva anti-elitista
Há todavia um dado mais a agravar o que diz jose.
Este defendeu a criação de quotas atribuídas em função do dinheiro para a entrada no ensino superior...
Numa tão trágica como cómica súmula do seu pensamento sobre o assunto dirá ( logo apoiado pelo aonio etc etc de forma tão eloquentemente anedótica) que "Quem tem mérito tem a vantagem de estudar à borla. Quem não o tem, paga."
https://www.blogger.com/comment.g?blogID=4018985866499281301&postID=2628704876054723502
A mediocridade aqui defendida por um paladino das elites e dos seus valores e doutras tretas abstrusas
"A admissão com base no dinheiro iria criar uma casta hereditariamente instituída incrustada em posições institucionais adquiridas graças a canudos comprados, acentuando ainda mais o já grave problema que o país tem com a mediocridade de uma grande parte das suas elites".
Do aonio eliphis pedro joão ferreira pimentel não vale a pena falar
A forma categórica como "caga" as suas sentenças, só tem comparação com as patetices que debita de forma assim tão categórica.
A pobreza com que grafa os seus conteúdos vai de par com a manipulação, um pouco grosseira, convenhamos
A pergunta “será que a democracia pode sobreviver ao capitalismo global?” é convertida para uma resposta em que alteram os dados da equação . Passamos a uma afirmação pomposa "que o capitalismo convive salutarmente com a democracia liberal".
Lol...a democracia convertida em "democracia liberal". E a sobrevivência transformada em convivência salutar
Tal como os proxenetas convivem com os negócios sujos?
(Mas ó pedro aonio pimentel ferreira. Já sabemos que o capitalismo e a democracia liberal convivem salutarmente desde há pelo menos um século. Confundem-se, têm projectos comuns e servem os mesmos interesses. E quando necessário a dita democracia liberal assume os contornos proto-fascistas a que todos assistimos)
Adjectivar o nazismo e o fascismo como nacional-populismo é francamente redutor.
Adiante.
Considerar que os escribas e comentaristas da casa têm os traços ideológicos referidos é que já não passa.
Temos de novo o aonio com a máscara do "pedro", o nickname usado pelo aonio (pimentel ferreira) para as provocações nauseabundas e para a xenofobia abjecta.
Um "democrata liberal" a pregar Mises e a sua ideologia?
Isso, mas ainda pior do que isso.
A anedota que confirma a anedota:
"E sempre que um sistema liberal-capitalista escorrega ... para o nazismo ou para o Estado Novo... não são os capitalistas que saem a perder, mas o povo".
Lolol...Isso sabemos todos nós. Ou quase todos
O ponto crucial é que do ponto de vista da direita conservadora um regime "musculado" representa business as usual, negócios como de costume. Para a direita conservadora o grande e fidagal inimigo será sempre a "esquerda radical", por muito moderadas que sejam as suas posições.
Não há melhor exemplo do que as constantes diatribes do senhor Jaime Santos nestas caixas de comentários. O verdadeiro inimigo é tudo o que cheire a justiça social ou remotamente a socialismo. As questões de democraticidade, igualdade de direitos e justiça são para Jaime Santos detalhes sem importância a entregar em "outsourcing" à (duvidosa) boa vontade da EU.
Até se farta de pedir que mandem as grilhetas de Bruxelas. Querem mais explícito?
Compreende-se. O encolher da democracia através da limitação de direitos fundamentais e dos rendimentos do trabalho não afecta os negócios, logo não representam um problema para as subservientes elites compradoras portuguesas. São a versão moderna dos fidalgotes tugas na corte filipina em Madrid pré-1640, mais preocupados com o tacho próprio do que com a soberania do país e o bem estar dos seus habitantes.
S.T.
Ilegível este Cuco, no seu imaginário diálogo ao soalheiro!
Muito gosta a esquerdalhadas de falar de justiça social como quem fala de socialismo e de socialismo como quem fala de justiça social.
O que não falam é de quando e onde houve um regime em que tais palavras fossem sinónimas.
«...a "esquerda radical", por muito moderadas que sejam as suas posições.» continua a ser radical, e a não ser que radical seja sinónimo de treteira e não de extrema, não é por o inimigo não atacar que deixa de o ser.
Os fidalgotes são do pior que há.
Já os fidalgos - Mestre de Avis, Duque de Bragança - têm lugar na História.
Quando não é na elite que se vão buscar dirigentes, a maior probabilidade é aparecerem Lulas, Bolsonaros e Trumps.
O que é esta treta sobre o racismo pespegada aqui?
Variações coloridas com pozinhos de Bonifácio, cheiro a João Manuel Tavares e com tiques de demagogo a ver se passa?
"Ilegível este Cuco, no seu imaginário diálogo ao soalheiro"
Com o devido respeito, o tema não é o umbigo de José ou os seus peculiares pesadelos.
Elevemos o nível do debate
"Quando não é na elite que se vão buscar dirigentes, a maior probabilidade é aparecerem Lulas, Bolsonaros e Trumps."
Este ignora que Trump pertence às elites
Precisamente aquelas pelas quais se lastima ,a dos "valores", aquelas do empreendedorismo e do capital
Aquelas pelos quais lamenta não serem integradas ou serem representadas no poder
Ahahahaha
"Quando não é na elite que se vão buscar dirigentes, a maior probabilidade é aparecerem Lulas, Bolsonaros e Trumps."
Este ignora que Bolsonaro pertence também às elites. Aquelas do poder. E mais além
Filiado ao Partido Social Liberal (PSL), foi deputado federal por sete mandatos entre 1991 e 2018, sendo eleito através de diferentes partidos ao longo de sua carreira.
Durante os seus 27 anos na Câmara dos Deputados, ficou conhecido por ser uma personalidade controversa,por conta de seu discurso de ódio e de suas visões políticas geralmente caracterizadas como populistas e de extrema-direita, que incluem a simpatia pela ditadura militar brasileira e a defesa das práticas de tortura por aquele regime.
Um membro efectivo das elites que governaram o país durante a ditadura militar.
Um membro efectivo das elites que escolhem fdp como este para governarem o Brasil
Caro Paulo Rodrigues, apesar de referir que "como escreveu Marx, o capitalismo é definido por uma necessidade de expansão ilimitada no tempo e no volume de capital acumulado", esquece-se todavia que o problema é que tendemos a correlacionar diretamente ativos financeiros com recursos naturais e isso é falacioso. Quando compramos um carro elétrico em vez de comprarmos um carro a combustão, pagamos mais pelo mesmo (logo, mais PIB, maior crescimento económico, mais expansão capitalista) e todavia o carro elétrico consome menos recursos naturais. O crescimento infinito do PIB, se considerados os limitados recursos do planeta, pode ser ambientalmente sustentável. Tem aqui um excelente exemplo para o caso da fiscalidade.
Pois é.
O socialismo e a justiça social.
Cuba e o Haiti. Lado a lado em 1959, agora veja-se onde está uma e outra.
“Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana” Fidel Castro
É bom ir lembrando algumas coisas
"Para a direita conservadora o grande e fidagal inimigo será sempre a "esquerda radical", por muito moderadas que sejam as suas posições."
A prova está nas tretas que alguém posta a 10 de agosto de 2019 às 20:18
(Embora se desconfie que no caso não seja apenas a direita conservadora)
A nobreza caduca e caducada tem destas coisas
Tenta esconder a História
A arraia-miúda foi decisiva na derrota dos planos de Castela e de uma parte significativa das ditas elites portuguesas
O fidalgo Miguel de Vasconcelos teve o seu lugar na História. E no lixo
Ah, estas elites que desconhecem a História e/ou que a tentam aldrabar desta forma tão digna de elites corruptas e medíocres
Cuidado com este link
Já foi denunciado como porta aberta a pirataria
Nem o grafado Platão escapou
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