quarta-feira, 28 de agosto de 2019

O governo defende os ricos em prejuízo dos pobres (II)

“O governo civil, na medida em que é instituído com vista à segurança da propriedade, é, na realidade, instituído com vista à defesa dos ricos em prejuízo dos pobres, ou daqueles que possuem alguma propriedade em detrimento daqueles que nada possuem.”

Adam Smith*

* Este post tinha sido prometido aqui. Adicionalmente, uma terceira parte será publicada oportunamente.

65 comentários:

Stardust disse...

O Adam Smith também diz:
"It is only under the shelter of the civil magistrate, that the owner of that valuable property, which is acquired by the labour of many years, or perhaps of many successive generations, can sleep a single night in security. He is at all times surrounded by unknown enemies, whom, though he never provoked, he can never appease, and from whose injustice he can be protected only by the powerful arm of the civil magistrate, continually held up to chastise it."

Geringonço disse...

Que rasteira!


Mais do "Estalinista" Adam Smith.

„É injusto que toda a sociedade contribua para custear uma despesa cujo benefício vai a apenas uma parte dessa sociedade.“ — Adam Smith


„Um homem enriquece empregando uma multidão de operários e torna-se pobre mantendo uma multidão de serviçais.“ - Adam Smith


„A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes.“ — Adam Smith


Copiado daqui:

https://citacoes.in/autores/adam-smith/


O liberal Adam Smith sentiria nojo dos neoliberais!

Jose disse...

Não sendo o Adão comuna passam a merecer atenção as expressões ‘em prejuízo’, ‘em detrimento'.
Vai-se a ver e no original a palavra é em ambos os casos AGAINST
Em ambos os casos o sentido é o mesmo: EVITAR A ROUBALHEIRA
Nada como um tradutor esquerdalho para esquerdalhizar!!!!

All the inferior shepherds and herdsmen feel, that the security of their own herds and flocks depends upon the security of those of the great shepherd or herdsman; that the maintenance of their lesser authority depends upon that of his greater authority; and that upon their subordination to him depends his power of keeping their inferiors in subordination to them. They constitute a sort of little nobility, who feel themselves interested to defend the property, and to support the authority, of their own little sovereign, in order that he may be able to defend their property, and to support their authority. Civil government, so far as it is instituted for the security of property, is, in reality, instituted for the defence of the rich against the poor, or of those who have some property against those who have none

Paulo Coimbra disse...

O tradutor esquerdalho https://www.evernote.com/l/AFPSCu8oTA9ForqcudX6h_ZIf6wrUI9dKOI é este senhor https://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%B3v%C3%A3o_de_Aguiar.

Anónimo disse...

Ahahah

Uma pérola. Até têm pesadelos


Excelente

Jose disse...

Não conheço.
Se não é esquerdalho é pelo menos incompetente.

Anónimo disse...

Pobre jose

Tão atarantado ficou que começou por colocar em causa a excelente tradução

A luz dos factos é demasiado para o coitado?

E a verticalidade e a coragem somem-se atrás da sua ideologia de porno-rico

Parabéns ao autor do post

Anónimo disse...

Confessemos que José nunca foi muito adepto de Adam Smith O tal Adão referido desta forma tão pesporrenta.

Gosta mais do salazarismo puro e duro.

Anónimo disse...

Os tradutores que jose não conhece, ou são esquerdalhos ou incompetentes

...mais uma vez se confirma a pungente mediocridade do patronato português. Aliada a esse tom tão característico à moda de caceteiro frustrado

Anónimo disse...

Jose queria ter sido censor.

Agora quer ser tradutor. E já fez provas. À viva força quer que AGAINST seja traduzido por
EVITAR A ROUBALHEIRA

( assim aos berros, naquele seu jeito um pouco destemperado (ou, traduzindo, histérico)

Lowlander disse...

Oh Ze, nao conheces? Ou nao te lembras por causa da vinhaca?
Mas nao seja por isso, tens sempre a wikipedia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%B3v%C3%A3o_de_Aguiar

Ja agora, e o pai do Luis Aguiar-Conraria (esse ja deves conhecer bem... ate escreve na cloaca do Observador).

Larga o vinho, ze!

PS. e ve la se aprendes algum ingles - que isto assim parece que andaste a estudar na mesma faculdade do Relvas... Vai estudar oh Ze!

Jose disse...

Das cavernas da ignara estupidez agitam-se os seus mais notáveis espíritos que da óbvia contrariedade sempre querem tirar desforço.

Ide levar no déficite ide disse...

o Adam disse também muita coisa a favor da propriedade acumulada

Anónimo disse...

Aqui os ladrões deve ser um dos poucos sítios onde além dos artigos vale também a pena, quase sempre, ler os comentários.

Lowlander disse...

Ze, presta bem atencao: larga o vinho e vai estudar ingles!

Anónimo disse...

O Jose é um dos mais notáveis?

Agitado já nos tínhamos apercebido

Anónimo disse...

Mas continuo sem perceber muito bem

A contrariedade do Jose tem a ver com:
A frase do Adam Smith?
A claudicação no Inglês?
Uma descompostura do observador pela sua qualificação do pai do seu colaborador?
Algum problema de outra índole?

estevesayres disse...

Para aquele, que passam o tempo todo a dizer bem dos despóticos, para esses o meu contempto!
Para os outros, aquele que trabalham e trabalharam anos e anos, sendo muitos deles explorados até ao tutano. Vós declarais Isto: “ Um dia destes tudo muda, só não sei qual é o ano, o dia e a hora”! Mas vai mudar

Um democrata e patrióta






Anónimo disse...

Há mais uma coisa que continuo sem perceber em relação ao Jose

Que tipo de inglês é que aprendeu:
Dos EUA?
Do Reino Unido?
De Hong Kong?
Do bar francês?

Caso tenha sido no bar francês, podemos combinar num sitio que conheço muito bem e onde não existem inibições nem complexos. Um sitio em que nos possamos encontrar para nos conhecer melhor. O Jose mostra-me o seu "inglês" que eu mostro-lhe "o meu" ;)

Marco disse...

O Adam revolve num sistema autoritário, onde existem mestres e senhores de um lado e subjugados e explorados do outro. Independentemente da cor política, esses mestres mostram-se sempre como iluminados e completamente lúcidos quanto ao que defendem. Não passam de vendedores de ideias.

Quanto ao José, acho que podemos discordar em muita coisa no que toca à política mas no que toca a lidar com Trolls, creio que temos algo em comum. De qualquer forma, fica este link com várias dicas para lidar com "personagens" como o "Anónimo" e afins. O diagnóstico assenta-lhes que nem uma luva. No fim, não passam de indivíduos com vidas tristes, cheias de irritantes e com muito tempo para mostrar o quão inúteis as suas atitudes iradas conseguem ser, gerando oposição só porque sim e mostrando uma raiva desproporcional. Por último, indivíduos como o Anónimo desgraçam a zona de comentários de blogues como este. Temos pena ...

https://lifehacker.com/how-to-stop-caring-about-trolls-and-get-on-with-your-li-5854053

Anónimo disse...

Marco aonio eliphis pimentel ferreira rao arques vem ao que mais gosta.


Mas o que é que você acabou de dizer sobre Adam Smith ? Pare de falar sobre o que não sabe.

Primeiro dá uma de anarquista iluminado escusando-se no mau português. Para depois se vir queixar que o estão a tratar mal. Neste caso, dando um link a justificar precisamente o quê ? Trolls ? Qualquer semelhança é pura coincidência.



Se não gosta, ponha no canto do prato. É tão simples quanto isso. Não sei se já reparou mas chega-nos o Jose para podermos existir neste contexto soberbo e sem contraditório.

Os outros que por cá passaram foram indo, um a um ... e ficou o Jose. Entre outros que mandam uns bitaítes muito de vez em quando.

Mas quando mostram a cabeça, Pimba ! Foste ! Haja quem lhes mostre quem está (sempre) certo e quem está errado. Até acho que deviam fazer disto serviço público.


Pena não ter aderido à nossa trupe. Teria vantagens fenomenais, como um botão que adivinha quem anda a criar contas falsas. Acha que o Mister Multinick conseguiria escapar ? Depois é dar conta deles até se fartarem e deixarem este lugar bem limpinho.




Portanto, "marco", ou lá como se chama, já sabe: ou torna-se o nosso novo animal de estimação ou então, não vale a pena.

Trolls ... é com cada pérola !

Anónimo disse...

Pobre aonio eliphis pimentel Ferreira pedro marco and so on

Um vendedor da banha da cobra acobertado por tantos nicks. Mas profundamente empenhado na manipulação e na vigarice

Anónimo disse...

Mas repare-se nesta incontestável verdade, marco aonio eliphis pimentel Ferreira pedro, e todos os outros heterónimos do mister multinick, não são tão divertidos como o Jose.


Pelo menos o Jose não se importa com a nossa brilhante condescendência. Pobre marco aonio eliphis pimentel Ferreira pedro, não sabe o que perde.



Aqui a verdade é conduzida de forma imparável. Nem que seja à paulada. Sendo assim, veja-se a diversidade de comentadores por estes lados. A sua alegria em continuar a aprender é insofismável.

S.T. disse...

Dá gosto ver que este blog está a melhorar na sua autodefesa e que intrujas europeístas como o aónio-pimentel-pedro-marco e até o pet-troll José recebem as devidas respostas.

Bem utilizado o espaço de comentários pode servir para formar a opinião e criar capacidade argumentativa que farão o seu caminho no exterior do blog.

S.T.

Anónimo disse...

Não tenha qualquer dúvida S.T., esses europeístas de pacotilha não têm o nível necessário. Quando fizermos o nosso caminho no exterior do blog, levamos tudo à frente.

E já agora, quem não gosta de ser corrigido com tamanha inteligência e de uma forma condescendente ao mesmo tempo ? Basta olhar para o Jose. Volta sempre para levar ainda mais. Agora, imaginemos como será lá fora e com tantos aónio-pimentel-pedro-marcos e Joses à solta ?

Jose disse...

Capacidade argumentativa num blog infestado de não-argumentadores, empestado de retorcedores de declarações, de armados-em-parvos?

E mesmo p mestre-escola ST raramente atreve um argumento, prefere recomendar leituras!

Anónimo disse...

Eis o exemplo magnífico dum comentário à moda de josé

“Uma infestação de não comentadores mais os retorcediores e os armados em parvo”

Será que ninguém diz a este pobre coitado que uma colecção de etiquetas é habitualmente uma colecção de idiotices?

Passar estas como argumento é que nem nas leituras dos salmos claros e lúcidos daquele seu pervertido ídolo

Anónimo disse...

( já agora. Será da idade, da impotência argumentativa ou da pesporrencia ideológica ? O recomendar leituras não pode fazer parte de qualquer argumentação límpida e adequada?

Este tipo até nisto assume uma mediocridade néscia e enjoativa)

S.T. disse...

"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo"

Não é preciso ser-se muito esperto para perceber que se um artigo exprime uma opinião sobre um assunto complexo se ganha em eficácia em não se precisar de se reinventar a roda.

Os artigos têm ainda outras funções como por exemplo abrir as perspectivas para outros países e experiências, mas, acima de tudo, mostram que não estamos sozinhos e que descobrimos e partilhamos uma mesma forma de ver o mundo com uma verdadeira elite de pensadores por esse mundo fora.

Podemos não coincidir a 100% nas nossas opiniões e conclusões, mas o que nos une, a paixão pela verdade, pelo belo, pelo bom e pelo útil é mais forte do que o que nos separa.

Os LdB, longe de serem um gueto de esquerdalhos, estão pelo contrário em sincronia com muitas das melhores cabeças da economia a nível mundial.
Citar e apontar para bons textos é também uma medida de poupança de energia e de reconhecimento do trabalho de outros.

Infelizmente não há garantias de que as opiniões de boas cabeças da economia sejam aplicadas pelos decisores políticos, como tantas vezes aconteceu no passado, mas o tempo se encarregará de nos dar razão. Fica-nos apenas com que alimentar o nosso complexo de Cassandra. LOL

Ao contrário de outros, não confio que a razão prevaleça por simples evidência. São poucos os seres humanos que podem aprender por intuição. Na maior parte das vezes os decisores políticos só perante o abismo de uma crise com todas as suas contradições e impasses estarão dispostos a ouvir a voz da razão. Normalmente o economista é como a mulher a dias que só é chamada para apanhar os cacos e limpar as borradas dos políticos.

Dito isto, e como bónus, dois artigos:
Um de Nassin Taleb, AKA "Dr. Doom"

https://www.zerohedge.com/news/2019-08-26/drdoom-exposes-anatomy-coming-recession

O outro sobre os mecanismos de apodrecimento de um sistema político, no caso vertente o da Alemanha. Extremamente didático e cheio de exemplos que encontram paralelos também entre nós.

https://braveneweurope.com/mathew-d-rose-germany-political-corruption-in-the-age-of-neo-liberalism

Boas leituras

S.T.

Jaime Santos disse...

Touché :), Paulo Coimbra, vale sempre a pena verificar a origem das citações antes de tecer comentários.

Mas não retiro nada do que disse. Antes do mais, cabe esclarecer que Smith era um acérrimo defensor da propriedade privada (posição que o Paulo até pode querer utilizar em defesa do seu próprio ponto de vista).

Só que a citação de Smith (que poderia ser secundada por Marx, mesmo se este último daí inferisse que a resposta política a dar seria bem distinta) representa apenas um ponto de vista. Não um facto ou ainda menos uma tautologia.

Só segue que a defesa dos direitos de propriedade se faz em detrimento dos direitos dos que a não possuem se se admitir que a Economia é um jogo de soma nula, que a perda de uns é o ganho dos outros, opinião essa que provavelmente Smith e Marx partilhavam (afinal, Marx inspirou-se nos filósofos liberais para as suas teorias económicas, em Ricardo em particular).

Sucede que está plenamente demonstrado pela prática política mais recente (leia-se Social-Democracia ou Democracia Cristã) que o Capitalismo é um jogo em que podem ganhar todos. Já as alternativas económicas implementadas pelos discípulos de Marx revelaram-se, sem exceção, um jogo em que todos perdem.

Quando alguém exprime um ponto de vista moral, algo que é legítimo, a primeira pergunta que se deve fazer é, muito bem, e agora o que se faz em concreto? E os resultados em concreto não são nada brilhantes... Mais, quem defende o Marxismo nem sequer o reconhece, fixando-se justamente na suposta demonstração de factos (que não o são)...

Anónimo disse...

Sucede que está plenamente demonstrado?

Ora bem, vamos aguardar a demonstração plena do que Jaime Santos afirma

A sua não demonstração ( plena, ao que parece), conduzirá Jaime Santos ao rebanho dos aldrabões de feira. Igual a um trump de pacotilha, apenas com o tom mais soft condizente com a feira que nos quer impingir

Anónimo disse...

Quanto a Jaime Santos ter sido apanhado com a boca no trombone, a agitar o espantalho marxista, os factos falam por si.

Tal como é de cabo de esquadra essa de tentar justificar as suas atoardas, com a pretensão que entre Marx e os filósofos liberais não há uma diferença abissal

Para agitar o papão, Marx é aquilo que JS diz que Marx é. Para tentar justificar-se das figurinhas que andou a fazer, Marx é quase um Ricardo

É pobre. É medíocre. É feio

Adam Smith provavelmente seria, para JS, um perigoso esquerdista, com um ponto de vista moral.

(Essa do ponto de vista moral é todo um tratado.)

(Tal como é um tratado ouvir alguém falar assim em tautologia. Logo JS que nos tenta convencer de forma tão primária das virtudes do Capitalismo e do Win-win com que o tenta pintar.

Revelações divinas que são a fonte do “plenamente provado” de JS?)

Já percebemos. O “ganharem todos” ê a conversa do bandido para que apenas uns poucos continuem a ganhar tudo.

É a defesa do status quo, que permite este mundo de trumpa em que JS gosta de se rebolar


Jose disse...

Quero deixar claro que a recomendação de leituras não é erro nem mal algum.
Mas a economia de uma curta recensão ou, tão só de uma citação a propósito, seria contributo adequado ao que aqui se espera encontrar.

Algo mais disse que não passou na edição, mas o sentido era todo dirigido à necessidade de desencorajar a não argumentação, como é o caso abundantemente servido pelo Cuco.

S.T. disse...

Eu até sou só um turista neste blog, mas a defesa de direitos absolutos de propriedade não tem em conta a forma como essa propriedade por vezes foi adquirida.
"Nem tudo o que é legal é justo..."

Respigado de um artigo no "Les Crises":

(Fala-se da acumulação de riqueza pelos "robber barons" na América do fim do século XIX e princípios do séculko XX.)

"Les excédents de richesse que se sont appropriés les propriétaires des chemins de fer les ont rendus incroyablement riches. Dans une liste des soixante-quinze personnes les plus riches de l’histoire, douze d’entre elles ont acquis leur fortune principalement par la propriété de chemins de fer américains.

Quelqu’un est-il prêt à soutenir que les millionnaires du chemin de fer (milliardaires en dollars d’aujourd’hui) ont créé la richesse qu’ils ont accumulée ? Ils n’ont pas créé la technologie. Ils n’ont pas fait le travail physique ni produit les matériaux nécessaires à la construction des chemins de fer. Tout ce qu’ils ont fait, c’est acquérir la propriété légale des chemins de fer, ce qui leur a permis de se transférer les excédents de richesse à eux-mêmes.

Les barons voleurs de l’âge d’or étaient des hommes d’affaires impitoyables, résolus dans leur quête de richesses, sans scrupules juridiques ou moraux, et doués d’un environnement politique et juridique où la cupidité et la survie des plus aptes étaient les principes directeurs. De manière réelle et concrète, ils ont volé la plus grande partie de leur fortune au grand public en créant des monopoles qui leur ont permis de fixer des prix injustement élevés."

...//...

"Internet est l’exemple le plus convaincant et le plus significatif des fortunes découlant de l’appropriation privée des excédents de richesse. Par souci de concision, seul l’exemple d’Internet est examiné ici en détail, mais l’examen des fortunes découlant des innovations financières et de la mondialisation des échanges conduirait à des conclusions similaires."

...//...

"Il convient de souligner une fois de plus que l’excédent de richesse est l’excédent de la richesse actualisée sur tous les coûts d’actualisation (qui comprennent un rendement du marché sur le capital investi). Les coûts d’actualisation compensent pleinement et équitablement les actualisateurs pour leurs services. Les excédents de richesse sont des retombées qui proviennent de facteurs externes et non du travail, du capital et des autres ressources utilisées pour transformer le potentiel en richesse réelle.

La richesse potentielle d’Internet devrait sans doute être considérée comme un bien commun. Aucun individu ou entreprise n’a créé plus qu’une minuscule fraction du réseau complexe de connaissances et d’équipements que constitue Internet. Aucun particulier ou entreprise individuelle n’a développé à partir de rien la technologie d’Internet. Internet est la conséquence de cinquante ans d’inventions, d’innovations, de développements et de marketing réalisés par d’innombrables individus, des universités et instituts de recherche privés et publics, et des entreprises.

Les activités qui ont donné naissance à Internet et qui en assurent la pérennité ont été et sont inextricablement imbriquées dans le tissu de notre société. La société dans son ensemble a droit à tous les excédents de richesse provenant d’Internet."

Todo o artigo aqui:

https://www.les-crises.fr/recuperer-la-richesse-des-milliardaires-par-vince-taylor/
(Français)

Ou aqui:

https://consortiumnews.com/2019/06/03/reclaiming-billionaires-wealth/
(English)

S.T.

Anónimo disse...

Desencorajar é a especialidade de jose

Desde há quanto tempo?

Anónimo disse...

Quanto ao “ aqui se espera encontrar”

Lol. Mais uma vez a traição das palavras. Quem espera o quê? O Jose? Os viúvos do que quer que seja? O tal amado cuco da infância de jose! Ou o cuco causador de problemas digestivos para o vetusto jose?

Anónimo disse...

( essa história das leituras e das suas recomendações fez-me lembrar o sujeito que defendia os tempos em que bastava saber ler, contar e escrever.

Os tempos de Salazar.

Tempos defendidos por jose, que também fez a defesa do quanto baste na educação de um povo.

Assim dessa forma maneirinha do “ tão só uma coisinha”

A pide, a legião e Salazar encarregavam-se do resto)

Jose disse...

Les excédents de richesse ...proviennent de facteurs externes - transformer le potentiel en richesse réelle».

Esse transformer não é um processo químico nem alquímico; alguém foi capaz de promover e fazer acontecer essa transformação.

Que a passividade ou cumplicidade das estruturas estatais viabilizem ganhos obscenos, é tão só o resultado de quase nunca serem alternativa e de não ser fácil antecipar o que a inovação vai efectivamente trazer. Mas deem-lhes tempo, que o Estado acaba por ir abocanhar parte substancial; e não raro só a tempo de a transformar em fase de prejuízos.

Anónimo disse...

"Que a passividade ou cumplicidade das estruturas estatais viabilizem ganhos obscenos"

Jose está a referir-se também às fortunas arrecadadas pelos donos de Portugal sob as botas de salazar e com a prestimosa colaboração da Pide e da Legião

Usadas para domar as lutas sindicais e para assassinar trabalhadores


Os ganhos obscenos que foram transmitidos por herança aos novos donos de Portugal

Que são afinal os mesmos donos

Anónimo disse...

O Estado fascista era(( é ) defendido por jose

Agora dá numa de neoliberal empenhado. Num jeito um pouco panfletário e primário, convenhamos


Confirma-se: uma coisa está ligada umbilicalmente à outra. E vice-versa

Anónimo disse...

"Alguém foi capaz de fazer promover e acontecer esta transformação"

Isto parece um slogan de uma qualquer industria transformadora a promover a transformação de porcos em salsichas.

Com dívidas fiscais perdoadas,com fugas para paraísos fiscais abençoadas e com o "apoio" de banqueiros terratenentes e de patifes do governo de passos a roubar quem trabalha. E a engordar os néscios

S.T. disse...

Se estou a interpretar correctamente estamos a viver um momento histórico nos LdB.

É que José, o troll-que-faz-parte-da-mobília acaba de conceder magnânimamente "que a passividade ou cumplicidade das estruturas estatais viabilizem ganhos obscenos".

Embora logo a seguir enrole e levante a suspeição de que o estado acabe por ir "abocanhar parte substancial"

Por acaso historicamente não se passa assim. As crises que se seguem aos "Booms" são normalmente pagas pela classe média e as subsequentes guerras necessárias ao relançamento da procura são combatidas pelos pés-rapados. Na prosperidade do pós-guerra os robber-barons e os seus descendentes também não se saíram mal.

Cabe perguntar se essa "passividade ou cumplicidade das estruturas estatais" não terão que ver com a compra das estruturas partidárias como este artigo sobre a corrupção do sistema partidário alemão exemplifica.

https://braveneweurope.com/mathew-d-rose-germany-political-corruption-in-the-age-of-neo-liberalism

S.T.

Jose disse...

"que a passividade ou cumplicidade das estruturas estatais viabilizem ganhos obscenos" nem é concessão nova nem novidade.
E se a passividade é o ponto de partida das estruturas burocráticas, a cumplicidade vai desde a reverência ao investimento à corrupção.

Sempre o horror ao lucro de alguns mobiliza as almas indiferentes à corrupção institucional e larvar de sistemas estatizantes. O horror aos corruptores vai de par com a entronização de sistemas corruptos.
A trilogia - livre, independente e honesto - define um ideal que dizem burguês e que sempre que requerido a políticos logo se ouvem vozes reclamando que juízos de carácter não devem ser carreados à análise política!

S.T. disse...

Interessante "mindset" o do José.

Primeiro porque relativamente ao artigo sobre os "robber-barons" não é possível invocar "corrupção institucional e larvar de sistemas estatizantes". De facto estamos na América ultra-liberal dos fins do século XIX e princípios do século XX. Logo o argumento não colhe.
Não havia um pingo de estatizante na sociedade capitalista da América dessa época.

Segundo, também não se vê como no último artigo citado ( https://braveneweurope.com/mathew-d-rose-germany-political-corruption-in-the-age-of-neo-liberalism
) acerca da compra de poder por parte dos capitães de industria alemães se pode invocar quaisquer tendências estatizantes nos governos dos neoliberais da CDU ou de coligações com o FDP. A CDU alemã são os conservadores de direita e a FDP os liberais. Querem mais pró-business do que isso?

Logo, como vai o José explicar a corrupção ao mais alto nível numa Alemanha neoliberal e que apesar dos factos tenta manter uma aparência impoluta?

Eu, por mim, tenho uma explicação muito mais simples. Como se costuma dizer, "a ocasião faz o ladrão". E sempre que a regulação do poder económico falha a corrupção é a consequência inevitável. A trilogia - livre, independente e honesto - definiria um trilema em que o último termo sai sempre a perder dada a fraqueza inata da natureza humana. Resta a meu ver a limitação do poder económico através da regulação e da fiscalidade que tão bem funcionou nas sociais-democracias nórdicas até à sabotagem operada pela globalização.

Ou não será?

S.T.

Anónimo disse...

"que a passividade ou cumplicidade das estruturas estatais viabilizem ganhos obscenos" nem é concessão nova nem novidade."

Mais um dado histórico. Jose a fazer por esta via o mea culpa de ter andado a apoiar as estruturas estatais fascistas que tanto viabilizaram ganhos obscenos


"a cumplicidade vai desde a reverência ao investimento à corrupção"

Mais um momento histórico. Jose a admitir por fim que a reverência ao estado novo por um patronato medíocre e caceteiro vai de par com os proventos obscenos dos meninos de coro habituais. Mas não só "reverência". Isso e muito mais

Mas também não só no tempo do fascismo. A recuperação dos grandes grupos empresariais (abalados provisoriamente pelo 25 de Abril), pela mão dos governos das direitas e de "socialistas" permitiu o incremento rápido de tais lucros obscenos

Mas também ainda não só. Na governança criminosa de Passos Coelho, o poder estatal ( sob as garras de Coelho, Portas , Cavaco) chegou a criar uma secretaria de estado para permitir a passagem rápida e incógnita de fundos para os paraísos fiscais

Anónimo disse...

Ouvir falar assim em sistemas estatizantes, por um adepto firme e hirto do sistema ultra-estatizante do Estado Novo é confuso?

Não, traduz apenas a adaptação, transitória mas necessária, para se singrar nestes tempos por alguém que pensava que com o consulado de Passos Coelho e da troika tinha chegado a hora do ajuste de contas e do fim dos "direitos adquiridos" como salivarmente jose proclamava

A coisa fia fino e é particularmente perversa.

Já lá iremos ao "horror ao lucro", forma idiota (mas cúmplice e desculpabilizadora) de esconder a realidade-

O falar-se apenas em "almas indiferentes à corrupção institucional e larvar dos sistemas ditos estatizantes" esconde uma outra coisa. Por detrás do breviário religioso está toda uma prática oficial e oficiosa de quem se apropriou do Estado para os seus negócios e negociatas particulares. Está afinal o modus faciendi do Capital, que não hesita em comprar os partidos politicos adequados. Na Alemanha e aqui.

Esta também todo o processo de privatizações levado a cabo por elites políticas e empresariais, que compartilham mesa, cama e roupa suja. Sob os aplausos curiosamente deste mesmo jose

Anónimo disse...

O casamento às claras e às escondidas entre o poder político e o económico é usado de acordo com o que se pretende na ocasião.

Fazem-se estas fitas de ultrajados guardiães do sistema ( privado, claro) ocultando-se as relações pornográficas entre os dois. Tudo a bem do processo de concentração do Capital. Servido por direitas e por "socialistas" que nem sequer sociais-democratas são. O neoliberalismo conjuga-se em vários idiomas. O papão estatal serve apenas para esconder que afinal uns e outros não passam de proxenetas em busca daquilo que lhes é mister

Anónimo disse...

Um exemplo desta promiscuidade que envolve figurões da direita caceteira ( aquela defendida precisamente por jose). Eque revela a manipulação informativa que oculta os factos e fomenta a demagogia

2014. Novembro. Um ano em que o Estado etc etc etc...estava nas mãos de Passos e Cavaco. E dos patrões, banqueiros ou não. Um texto precisamente de ...Novembro de 2014

" Passos Coelho acusou o PS(estamos em Novembro de 2014) de «relação muito pouco transparente» com PT e BES, porque se sabe que «a PT funcionava como tesouraria do Grupo Espírito Santo (GES)». Ora o que se sabe hoje ( já em 2014, donde é este texto) é algo muito diferente do que Passos Coelho diz: foi durante a vigência desse governo que a PT aplicou quase a 100% os seus excedentes de tesouraria no Grupo Espírito Santo.

Esta mistificação não impediu o pantomineiro-mor de afirmar que pôs fim a uma cultura política de favorecimento do Estado a «grupos de influências»: «Deve-nos orgulhar saber que pusemos um ponto final nessa maneira de estar, nessa cultura política, nesse abuso sobre os portugueses que foi perpetrado durante mais de dez anos». Deduz-se que inclui os governos de Barroso e Santana Lopes, talvez porque Barroso esteve a marinar no BES até se alçar a São Bento e o governo de Barroso & Portas envolveu o BES na aquisição dos submarinos.

Acontece que Passos Coelho não tinha um pingo de vergonha na cara. Só essa circunstância permite a alguém — que tem fama de «abrir todas as portas» e que se envolveu numa ONG fantasma — ter o descaramento de falar nestes termos.

Acresce que, se há alguém que durante anos apareceu associado à família Espírito Santo, é precisamente Pedro Passos Coelho. Já (alegado) primeiro-ministro, recebeu dez (10) telefonemas de José Maria Ricciardi, que foram interceptados pelo Ministério Público: «as escutas estão relacionadas com alegados crimes de tráfico de influências, corrupção e informação privilegiada no caso das privatizações da REN e da EDP.» Acontece que Pedro e José Maria, como as escutas o comprovam, se tratam por tu, algo que revela uma intimidade que não joga com as declarações actuais do alegado primeiro-ministro"

Anónimo disse...

Se houvesse memória no jornalismo, alguém recordaria a Passos Coelho que a única vez na história do regime democrático que um banqueiro se sentou à mesa do Conselho de Ministros para discutir um orçamento do Estado ocorreu precisamente com Passos Coelho. E o banqueiro convidado para o efeito chamava-se Ricardo Salgado.

Mas só estranhará esta intimidade com a família Espírito Santo quem não conheça o percurso de Pedro Passos Coelho. Andava ele a «abrir portas» quando alguém se lembrou de o colocar na Fomentinvest, onde pontificavam Ilídio Pinho e Ângelo Correia — a par dos primos Espírito Santo Ricardo e José Maria. O jovem Pedro deu então um salto monumental sem saber ler nem escrever: de abridor de portas a director financeiro. E, no ano seguinte, Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi renunciaram a ser vogais da Fomentinvest (embora o BES continue a ser accionista) e o jovem Pedro ocupou uma das vagas deixadas pelos primos. É só ter perdido alguns minutos a consultar o site do Ministério da Justiça, comparando os dados recolhidos com o percurso do alegado primeiro-ministro enquanto jovem..."

O Estado (deles) e os banqueiros.O Estado e a fiscalização ( deles). A incompetência do Estado (deles). Os capitalistas a viverem do Estado (deles) .

Eis o retrato impiedoso do Capital, dos grandes capitalistas, do seu séquito e dos seus próceres.

Jose disse...

ST, se «Não havia um pingo de estatizante na sociedade capitalista da América dessa época» isso significa liberalismo, que tem por regra única: o preço que alguém está disposto a voluntariamente pagar é um preço justo.
Assim sendo, a que propósito há que falar em corrupção?
Um serviço não existia; alguém organizou os meios de torna-lo disponível a um preço que as pessoas estão dispostas a pagar, e por tal forma que gera lucros 'obscenos'.
Quem define o obsceno? O ST dois séculos depois?

Jose disse...

Quanto à Alemanha, não li os links porque a Alemanha é a última das minhas preocupações em termos de corrupção.
E uma forte razão é saber os seus trabalhadores profissionalmente responsáveis, com boa formação e representados a nível significativo nas estruturas de avaliação das empresas e integrados por sindicatos que assumem responsabilidades nas profissões que representam.

Quanto a: «E sempre que a regulação do poder económico falha a corrupção é a consequência inevitável» é uma contradição nos seus termos: a corrupção tem por consequência a falha da regulação
- o que pode eventualmente dizer-se é que quando a regulação se deixa corromper, não regula; ou quando muito, uma má regulação tende a deixar-se corromper; e até haverá casos em que há regulação destinada a gerar corrupção.

Anónimo disse...

O silêncio de jose sobre os corruptos que entopem as sociedades liberais vai de par com definições de menino da instrução primária a aprender em escola salazarista

Ao que parece a definição de liberalismo afasta a hipótese de corrupção

Tudo rodeado pelo preço justo e pelo serviço a oferecer.

Estamos no reino da treta. Com as características da obscenidade

Anónimo disse...

A tentativa de dar um ar de seriedade por parte de jose dá nisto

Na propaganda néscia e na mais desmazelada argumentação.

Temos uma sociedade parida nos cadernos da propaganda liberal. Esta começa a oferecer serviços que não existem. Por um preço dito justo.

Está afastada a corrupção.

Essa sociedade era assim como a definição de salazarismo que jose empregava na defesa da salazarista?

Será que a culpa é da regulamentação?

Ou de como um salazarista convicto se transforma num pudico neoliberal

S.T. disse...

Mais uma vez José passa pelas questões que são realmente relevantes como cão por vinha vindimada.

O que é realmente significativo em termos de apropriação de riqueza é a forma como os preços são formados numa economia de mercado e quais as distorções que a natureza da mercadoria, bem ou serviço aliadas a todos os outros factores que introduzem assimetrias nas relações de poder que se estabelecem no mundo da economia e criam desigualdades extremas.

Por exemplo, se um serviço é um monopólio natural como é que numa economia liberal se pode assegurar um preço justo e não distorcido visto que a concorrência não pode funcionar?

Claro que o link sobre a corrupção na classe política alemã é incómodo porque contraria todas as imagens do mito do alemão honesto que nos são falsamente fornecidas.

E precisamente por isso é que é importante porque desvenda os mecanismos sofisticados que escapam às formas grosseiras de combate à corrupção que se concentram naqueles casos mais óbvios e de baixo nível. Por isso a percepção do público é de que na Alemanha a corrupção é baixa, quando a realidade é que se situa a um nível e numa escala descomunal, mas que o público não alcança. Mas existe!

Parte do problema alemão, que também se tornou um problema europeu, foi a compra de quadros sindicalistas por parte de partidos e associações patronais criando um vazio na defesa dos interesses dos assalariados e desviando recursos, poder e riqueza para o topo da pirâmide de rendimentos na Alemanha.

Quanto à definição de obsceno, está hoje muito mais próximo de nós nos relatórios de contas (públicos!) das empresas de topo, GAFA, por exemplo. E as mesmas distorções monopolisticas estão presentes e são notórias.

S.T.

JE disse...

Continuemos a discussão:

A propósito desta bondade natural do "liberalismo" e da "sua regra única"

"Andrew Jackson era o presidente do Estados Unidos no momento em que Tocqueville fez a viagem que levou à publicação da “Democracia na América”. É verdade que este presidente liquida em grande parte a discriminação censitária dos direitos políticos. Mas, paralelamente, encontramo-nos com um proprietário de escravos que, igualmente, ordena a deportação dos Peles Vermelhas (os cherokees). Foram homens, mulheres, velhos, crianças: um quarto morreu durante a viagem. Deveríamos considerar que Jackson é um democrata? Os autores da Declaração da Independência e da Constituição de 1787 são igualmente proprietários de escravos, logo, durante trinta e dois dos primeiros trinta e seis anos de existência dos Estados Unidos, a função de presidente é ocupada por proprietários de escravos, muitas vezes implicados na expropriação e deportação dos Peles Vermelhas.

Em geral, afastam-se estas questões através do recurso a um historicismo vulgar: as sociedades liberais teriam herdado práticas e relações sociais universalmente difundidas. Mas os factos são inteiramente diferentes. Tocqueville publica o primeiro livro da “Democracia na América” em 1835. Nesta data, a escravidão havia desaparecido em grande parte do continente. Na esteira da Revolução Francesa, a revolução dos escravos negros em São Domingos dá o impulso do processo de emancipação. Depois a revolução da América Latina explode a dominação espanhola: ela também se conclui com a abolição da escravatura. A revolução dos colonos ingleses que conduziu à fundação dos Estados Unidos é a única do continente americano a manter e mesmo reforçar e estender a instituição da escravatura: depois de ter arrancado o Texas ao México, a república norte-americana ali reintroduz a escravatura anteriormente abolida. Mais uma vez coloca-se a questão: os Estados Unidos daquela época eram uma democracia?

É mais adequado falar de Herrenvolk democracy, ou seja, de democracia que vale somente para o “povo dos senhores”. Quando este regime acabou nos Estados Unidos? Com o fim da Guerra de Secessão e a abolição da escravatura que se seguiu? Na realidade, um dos capítulos mais trágicos da história dos afro-americanos foi escrito entre o fim do século XIX e princípios do século XX. O linchamento era um horrível espectáculo de massa"


Qual o preço justo que alguém estava disposto a pagar por um escravo?
E iam acentando num livrinho os proprietários esclavagistas ou a corrupção também passaria pela marcação às escondidas do negro com o logotipo do senhor?

JE disse...

Interessa que nos debrucemos um pouco mais sobre a "corrupção" e o modo como se tentam fazer passar as coisas, de acordo com os ventos que vão soprando

Nos dias de hoje, pela necessidade da assumpção de um carácter mais sério e mais civilizado, jose exprime-se assim:

"Sempre o horror ao lucro de alguns mobiliza as almas indiferentes à corrupção institucional e larvar de sistemas estatizantes. O horror aos corruptores vai de par com a entronização de sistemas corruptos."

Só uma leitura um pouco mais atenta permite ver que jose mal esconde uma certa desculpabilização dos corruptores


Acontece que há pouco mais de 4 anos, em plenos anos de chumbo do revanchismo troikisto-passista, jose se sentia suficientemente à vontade para exprimir o que lhe ia na alma. Perante os escândalos de corrupção, cujo conhecimento se ia acumulando na sociedade, eis como reagia jose:

"É estúpido ignorar que se há corruptores é porque há corruptos, e pelo que sei são os corruptos que promovem a corrupção e não o contrário."

De caras e de frente, a desculpabilização dos corruptores
A "absolvição" destes, atribuindo a responsabilidade da corrupção... aos corruptos.

Andara anos a fio a defender os, ainda desconhecidos para a época, corruptores. Este era afinal um certo modus faciendi do Capital.A cumplicidade de classe dá nisto


(O esquema ficou-lhe avariado perante a evidência que muitas vezes os corruptores de ontem são os corruptos de amanhã. E vice-versa)

JE disse...

Quando Ricardo Salgado começou a andar nas bocas do mundo, o que se ouviu foi o silêncio de jose.

O prolixo autor de encómios aos terratenentes banqueiros calara-se

Quando a situação se tornou tão insustentável, até mesmo para o autor dos cânticos aos banqueiros, jose expressou-se inicialmente desta forma:

"se roubou, foi porque foi roubado"

JE disse...

Não interessa, por agora, desmontar as tretas sobre a "regulação" e sobre a regulação que se deixa corromper, que assim não é regulação, é apenas corrupção ( da regulação, claro) e outras patacoadas para ver se assim baralha e foge.


Interessa sim, porque é paradigmático dum certo tipo de pessoas, a referência a este fechar de olhos e ouvidos, quanto à corrupção na Alemanha.

Não lhe interessa porque segundo jose: desde que "os seus trabalhadores profissionalmente responsáveis, blablabla..."


Com as devidas distâncias, não parece mesmo uma frau alemã, contemporânea do nazismo, a fechar os olhos e ouvidos à realidade do nazismo, porque o que lhe interessava mesmo era a grandeza do povo alemão e o seu espaço vital e o carro do povo construido a mando de hitler?


Jose disse...

A noção de preço justo tem como única referência objectivamente identificável a remuneração a preços de mercado do recurso - capital investido.
Já quanto à remuneração do trabalho, o que seja o salário justo é matéria a que a noção de mercado repugna a muito boa gente e é muito frequentemente indexado ao nível de 'obscenidade' dos lucros alcançados, e disso vemos a todo tempo proclamações justicialistas. Até os funcionários públicos reclamam participação na crescente extorsão fiscal!
Já quanto à remuneração do esforço e risco da iniciativa, a determinação do seu justo valor é campo de debate que vai desde a aversão ideológica a semelhante liberdade de acção, a uma supervalorização que reclama o monopólio perpétuo.

Atente-se no moderno exemplo das tecnológicas: iniciam os Estados o seu processo de apropriação e crescente regulação, como sempre ocorre...

Anónimo disse...

Estranho

Não é que José deixou a pauta de saudoso salazarista, para se assumir como homem de negócios liberal com pretensões a dar lições sobre o liberalismo?

Sinal dos tempos e da cobardia que acomete geralmente estas pessoas

Perguntem-lhe pelos fundos sociais europeus e pela corrupção que abalou até ao tutano a sua confederação patronal

Anónimo disse...

...não se detecta aquela solidariedade patronal com as tecnológicas?

Essa história da regulação é só para as forças repressivas do Estado.
Mas isso sabe bem o Jose quando as defendia até ao desvario, mais a “ação social” da legião

Anónimo disse...

Também não se detecta aquele ódio de estimação a funcionários públicos, algo que corre de forma paralela a todos os verdadeiros neoliberais?

Quando a esta qualidade se soma às qualidades de um assumido falangista português, percebemos qual o verdadeiro programa de acção de Jose

Parece que o seu idolatrado ídolo também se queixava de extorsão fiscal. Atitude de resto bem traduzida na solidariedade com o amigo:

“ Se roubou, foi porque foi roubado”

Jose disse...

O Cuco acabará por notar a sua irrelevância...

Anónimo disse...

Os fundos sociais europeus eram a remuneração pelo esforço e pelo risco de iniciativa , não se está mesmo a ver?

Anónimo disse...

Se este jose quiser um placard para registar as suas angústias pessoais, pode sempre fazê-lo no recato das suas (i)relevâncias

Agora seria de bom tom ater-se ao que se debate, que é a protecção dos mais ricos. A que se associam outros temas relevantes como a corrupção e os corruptores e a defesa de uns e de outros

Francamente, alguma dignidade em vez de comentários ao lado, com a (i)relevância aí em cima patenteada