sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Finança em roda livre



Este é um dos sintomas mais evidentes da libertinagem financeira a que o capitalismo nos conduziu desde que o neoliberalismo se tornou hegemónico (traduzi daqui):

“As bolsas são hoje uma zona de guerra em que computadores operam algoritmos que lutam uns contra os outros na disputa de cêntimos, milhões de vezes por segundo,” escreve Felix Salmon na sua coluna mais recente para a Reuters e BuzzFeed.
O argumento de Salmon é baseado na figura animada que mostra o volume de transacções de alta frequência [TAF] nas bolsas, entre Janeiro de 2007 e Janeiro de 2012.
Notem a explosão da actividade total à medida que se aproxima do presente. Para Salmon, isto é motivo para grande apreensão.
Em particular, Salmon questiona o valor que esta actividade possa ter criado. "Os spreads ter-se-ão apertado um pouquinho relativamente ao que seriam sem esta actividade?", pergunta. "Talvez, mas isso não tem qualquer efeito nos rendimentos dos investidores de longo e mesmo de médio prazo."
Então, por que devem ser defendidos os lucros de uns quantos especuladores quando essas actividades não produzem nenhum benefício real para a sociedade? Não devem, sugere Salmon. Nunca mais. Qual a proposta? Uma taxa sobre as transacções financeiras - uma solução a que o próprio Salmon se opôs em 2007. A razão para a sua mudança de opinião é simples. O custo potencial [das transacções de alta frequência] é enorme; os benefícios de curto prazo são minúsculos" escreve Salmon. "Façamos às TAF o funeral que merecem."

3 comentários:

Sim é verdade, mas é duvidosa a extinção disse...

Agora casos práticos, em que poderiam intervir, obviamente apenas banalidades e partidarismos.
E cegueira ideológica.


Há protestos que devem ser feitos, o da Finex é um deles, é uma mancha nas políticas europeias de emprego e devia ser denunciada como tal.

Força Força Camarada Vasco disse...

Logo, até pode ser preciso dar tempo, mas dar tempo não é esquecer todos os erros e falhas de estratégia, não é arrastar até ao fim as patinhas, sem ter um tio do mesmo nome e ir engolindo tudo sem protestar.
Mas protestos que façam sentido e não demagogia vã e assuntos além das nossas fracas possibilidades de afectá-los minimamente.

era pra outro lado disse...

abrir muita caixa dá nisto
finança em queda livre na europa e amanhã no mundo...a seca continua e com as reservas em baixo e a especulação tendencialmente a aumentar até ao natal...
deve ser a 21 de Dezembro tal como o bug de 2000, datas predestinadas a acontecerem