O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, anunciou uma proposta de alteração aos regulamentos dos fundos estruturais europeus, tendo em vista diminuir a comparticipação nacional que é exigida aos Estados-Membros como contrapartida dos fundos.
O tom do anúncio não podia ser mais exaltado: trata-se de "uma resposta excepcional a circunstâncias excepcionais", a qual contribui "para uma espécie de Plano Marshall para a recuperação económica".
Saberá Durão Barroso o que foi o Plano Marshall? Saberá que as verbas aprovadas em 1948 representavam 5% do PIB americano?
Nem que a totalidade dos fundos europeus previstos para o período 2007-2013 fossem agora disponibilizados se atingiria um valor equivalente a 0,5% do PIB da UE. Na verdade, o que está em causa com a proposta agora anunciada não vai muito além de 0,02% do PIB - ou seja, duzentas vezes menos (para ser optimista) do que esteve em causa com o Plano Marshall.
Num período em que as instituições da UE se revelam incapazes de lidar com a crise das dívidas soberanas (como antes se revelaram incapazes de evitar a crise financeira que esteve na origem daquelas), qualquer medida que vise estimular as economias europeias é útil (assumindo que os Estados usarão os recursos disponibilizados para esse fim). Mas a tentativa de transformar este modestíssimo passo num momento histórico é próprio de quem não tem o sentido do ridículo.
Num período em que as instituições da UE se revelam incapazes de lidar com a crise das dívidas soberanas (como antes se revelaram incapazes de evitar a crise financeira que esteve na origem daquelas), qualquer medida que vise estimular as economias europeias é útil (assumindo que os Estados usarão os recursos disponibilizados para esse fim). Mas a tentativa de transformar este modestíssimo passo num momento histórico é próprio de quem não tem o sentido do ridículo.
2 comentários:
ok metemos digamos 12 triliões
ou biliões (na escala longa)
de euros na economia
isto é um valor cerca de 70 vezes a nossa dívida
seriam perdidos provavelmente em projectos improdutivos
pois reconstruir a industria europeia dos anos 90 de forma a ser competitiva
custaria muito mais
e necessitaria de energia muito barata
e o carvão só funciona na china
Não,não é só o não ter o sentido do ridículo.
É mais do que isso.
É ter o sentido da propaganda muito apurado
E é ser assim para o...aldrabão
Perdoe-se a franqueza
De resto este foi e é o homem de mão dos potentados europeus e por isso foi eleito
Perdoe-se de novo a franqueza..
Quanto ao comboiadas...não foi este que optou por escolher três oficiais nazis como fotografia do seu blog?
Entretanto estrategicamente retiradas?
Os projectos que esta gente terá para a europa...são comuns aos do terrorista de extrema-direita norueguês?
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