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A Dinamarca, a Suécia e o Reino Unido, por exemplo, fazem parte da União Europeia mas não fazem parte da união monetária. Não há nenhuma razão para que o projeto europeu não prossiga e que a UE não prospere, sem o euro.
E há boas razões para esperar que seja isso que aconteça. O problema é que a união monetária, ao contrário da própria UE, é um ambíguo projeto de direita. Se isto não era claro no início, tornou-se agora completamente evidente, numa altura em que as economias mais fracas da zona euro estão a ser sujeitas a punições que antes estavam apenas reservadas para os países de baixo – e médio – rendimento, apanhados nas garras dos Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos líderes do G7. Em vez de tentarem sair da recessão através de estímulos fiscal ou/e monetário, como fez a maior parte dos governos do mundo em 2009, estes países estão a ser obrigados a fazer exatamente o contrário, com enormes custos sociais.
Vale a pena ler o artigo todo (aqui).
2 comentários:
Muito bem.
Caro Jorge
Quanto à UE, sinceramente, devo confessar que não sei. É verdade o que dizes, mas teríamos de acrescentar à discussão dimensões como a da ligação-atrelagem aos EUA via NATO e outras... Mas enfim, admito que isso é de facto uma longa conversa.
Agora bem, quanto à UEM, completamente de acordo contigo. Mais: sem um esclarecimento prévio desse assunto, o debate político fica completamente inquinado à partida. Trata-se duma ilusão que é absolutamente necessário desfazer, e infelizmente vejo quase toda a gente mergulhada nisso até aos cabelos...
Obrigado pelo post.
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