Por que é que teve de recorrer, muito recentemente, a Keynes para «explicar» a actual crise financeira? Onde é que está a sua economia ortodoxa povoada de agentes omniscientes, de pequenos deuses, e de mercados sem falhas relevantes? Ainda acha que Keynes é neoclássico? Por que é que nunca refere que Keynes defendia, e bem, que a instabilidade financeira é um atributo necessário de mercados financeiros desenhados de acordo com as prescrições liberais? Será que mantém as suas posições a favor do incremento do papel dos mercados financeiros liberalizados (por exemplo, na área da Segurança Social)?
As perguntas multiplicam-se. Para a próxima não se esqueçam de convidar também um economista crítico dos desvarios neoliberais. João Ferreira do Amaral é dos poucos que, como académico e intelectual público, sempre resistiu ao que era até há pouco «a ideologia intransponível do nosso tempo». Ali onde era mais difícil. Na macroeconomia e na política económica. Muitos beneficiámos com isso. JCN, pelo contrário, sempre esteve muito entretido a escrever as vulgatas da ideologia dominante.
3 comentários:
Então aparece logo, pá!
A reflexão que decorre nos EUA, em particular em Princeton é muito interessante e parece-me que este link e docs que se podem ver são verdadeiro serviço público. Aqui vê-se as universidades a discutir a realidade pungente que nos atormenta, e não a mçada das reorias soporiferas de nos lembramos das aulas do curso... o link é : http://econ.princeton.edu/news/crisis-panel.html
Alguns dos investigadores fazem parte da equipa restrita que está a investigar bolhas financeiras, com modelização econométrica e outros instrumentos de análise, desde a 2 anos a esta parte.
Correcção: maçada das teorias sporiferas. the same as before
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