quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Os comentadores do Financial Times estão cada vez mais parecidos com os Ladrões de Bicicletas (I)

Se gigantes financeiros como a AIG são demasiado grandes e/ou demasiado interligados ao sistema financeiro para falirem, mas não são suficientemente capazes para evitar ficar em situações em que têm de ser resgatados pelas autoridades públicas, então porque motivo se permite à partida que essas actividades sejam conduzidas por empresas privadas?

Willem Buiter, Financial Times.

5 comentários:

Planetas - Bruno disse...

Fantástico artigo!

tomei a liberdade de o plagiar.

Abraço,

Pedro Sá disse...

Pela simples e óbvia razão de que essa lógica ou conduziria à delimitação de sectores e à nacionalização de todo o sector financeiro, ou à paradoxal lógica de que uma empresa não poderia crescer acima de um X sob pena de ser nacionalizada...

L. Rodrigues disse...

"ou à paradoxal lógica de que uma empresa não poderia crescer acima de um X sob pena de ser nacionalizada..."

Não seria paradoxal, se for lógica.
Aqui há uns tempos li alguém, (não consigo recuperar a fonte, infelizmente) sugerir precisamente um sistema progressivo de controlo e fiscalidade. Basicamente, um empresário em nome individual teria impostos e regulações minimos, um monopólio natural seria (virtualmente ou de facto) nacionalizado.

Pensando bem, faz sentido.
Liberdade individual, responsabilidade proporcional ao poder. Melhor não diria Stan Lee.

Anónimo disse...

E que tal nacionalizar e encerrar Off-Shores

João Dias disse...

Eu iria mais longe, sendo que a AIG é uma empresa que vende produtos financeiros, qual a razão porque não é o Estado a fazer isso desde sempre?
Não faz porque não quer, não faz porque isso seria democrático.
Nem era preciso preocupar com gigantes e gigantinhos, se o Estado assumisse o seu papel não havia consumidor que optasse por companhias menos seguras como são as privadas. Não é por acaso que em Portugal se luta pela desmantelamento do SNS, é porque as pessoas escolhem mesmo os serviços públicos.