quarta-feira, 9 de maio de 2007

Um rasgo de lucidez

«(...) este país não avança enquanto as teias de homens de poderosos dominarem o seu ambiente de negócios. (...) Na verdade, não são verdadeiros homens de negócios - desses que, arriscando, ganham e perdem. São homens de poder - desses que só ganham. Portugal ficaria melhor se esses homes poderosos aprendessem a aceitar derrotas. (...) Aí sim, Portugal teria verdadeiros homens de negócios e talvez fosse um país mais competitivo e melhor

Quem o diz é Martim Avillez Figueiredo, Director do Diário Económico. Às vezes até das vozes mais absurdamente liberais, que insistem a atribuir todos os males do mundo às políticas públicas e aos direitos sociais, vêm frases lúcidas como estas.

2 comentários:

L. Rodrigues disse...

É verdade, uns quantos liberais até conseguem assumir que o jogo não é jogado com regras limpas.
O que eles não conseguem perceber é que a tendencia para a distorção das regras do mercado teórico é endémica.

A. Cabral disse...

E' um comentario que fica no dominio da "moralidade". Os empresarios tem que ter outra cultura, quando puderem... nao ha pressa...

Ja fazer uns cortes nessa rede de poder nao e' contemplado, pois nao?